sexta-feira, 4 de março de 2016

ENCONTROS E REENCONTROS NO CAFUNDÓ




ENCONTROS E REENCONTROS NO CAFUNDÓ

Elmar Carvalho

            Mais uma vez estive no sítio Cafundó. Mais uma vez foi um dia muito agradável. Os seus proprietários, os amigos José Luís Carvalho do Vale e sua esposa Francilene, nos receberam de forma inexcedível, com a lhaneza de sempre. A cerveja não estava estupidamente gelada, pois isso seria simplesmente estupidez. Estava no ponto certo: um leve véu de noiva recobria as garrafas. Outros diriam que elas se assemelhavam a um níveo pescoço de águia americana. O churrasco de carneiro made in Cafundó, cevado com boa pastagem e ração, era um verdadeiro manjar dos deuses olímpicos.

            Além dos anfitriões, estavam presentes os seus familiares (sanguíneos e por afinidade) Antônio Neto Bringel, Roberta Bringel, Danilo Costa, Sônia Marques, Ana Carolina e Pedro Faust. Também compareceram José Carlos Fontenele e sua esposa Regina, a filha Carla e seu namorado Júnior; José Francisco Marques, sua esposa Rosinha e o filho Júlio, ao qual, em pronúncia espanhola, costumo chamar de Julio Iglesias. Foi uma espécie de reencontro com o Zé Carlos, pois ele foi meu colega do curso de Direito (UFPI), na década de 1980, e Fátima, minha mulher, o conhecia desde Parnaíba, quando ambos cursaram o segundo grau.

            Zé Francisco cantou belas melodias, algumas da Jovem Guarda, outras da mais seleta MPB, acompanhando-se com toda maestria ao violão. O Zé Luís, de forma exímia, fez a percussão, e o Zé Carlos exibiu os seus dotes de cantor. Amante da boa música, mas não tendo dom musical, limitei-me a aplaudir os melódicos amigos. Um deles observou que nós quatro tínhamos José como primeiro prenome, de sorte que foi um encontro de Zés, como só acontece na Paraíba.

            Zé Luís propôs uma rodada de pequenos discursos, em que inevitavelmente houve uma verdadeira “troca de confetes”, com enaltecimentos recíprocos. Afinal, todos éramos amigos, e não amigos da onça. Entretanto, lembramos e homenageamos os saudosos Gerson Marques, pai de Zé Francisco e amigo dileto de meu pai, e Júlio Carvalho do Vale, médico humanitário e caridoso na verdadeira acepção do termo, irmão de Zé Luís.

Fiz uma rápida sessão de autógrafo, ao destinar o livro “Retrato de meu pai” a vários presentes (e ausentes). Alcunhei o José Luís Carvalho do Vale, pelos seus atributos de perfeito anfitrião, estilizando a pronúncia do l, de “o último fidalgo”, cujo título nobiliárquico mereceu a concordância de todos. Zé Carlos, templário eminente da Confraria do Cafundó, sugeriu a realização, numa noite de plenilúnio, do que denominou “Cafundó Night”. A proposição mereceu acolhida unânime dos confrades.

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