Poeta, contista, cronista, romancista, memorialista e diarista. Membro da Academia Piauiense de Letras. Juiz de Direito aposentado. *AS MATÉRIAS ASSINADAS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES, E NÃO TRADUZEM OBRIGATORIAMENTE A OPINIÃO DO TITULAR DESTE BLOG.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
ARTE-FATOS ONÍRICOS
ÁLCOOL E SANGUE
O homem, muito grande e muito gordo, obeso mesmo, encontrava-se no barzinho da casa a tomar diferentes tipos de bebida. No momento, empunhava um coquetel, feito com aguardente e diferentes frutos do mar, inclusive búzios, ostras, hipocampos e estrelas do mar. O grande copo de cristal mais parecia um aquário. Ofereceu ao visitante o estranho e belo coquetel. A mulher do homem gordo perguntou se ele já não bebera o bastante. As feições do homem se transformaram imediatamente, num esgar diabólico de ira. Empunhou uma grande faca e marchou em passos trôpegos contra a mulher. No golpe que lhe ia desferir, terminou por se ferir no outro braço. Tomou-se de maior fúria ainda, e novamente ia atacá-la, quando chegou o seu irmão, um homem muito maior e muito mais gordo, um verdadeiro gigante, que, enquanto o espancava com uma chibata, o repreendia com muita severidade, impedindo que mais uma tragédia grega se consumasse. O bêbado se retirou humilhado, com o rabo entre as pernas, e caiu grotesca e ridiculamente sobre uma poltrona da sala.
Este texto foi comentado pelo escritor e crítico literário Cunha e Silva Filho, professor universitário e doutor em
ResponderExcluirLiteratura Brasileira. Entretanto, a direção do blog achou de melhor alvitre publicar o texto no corpo do próprio blog.