ESPERANDO O TREM
Elmar Carvalho
Na pequenina e mimosa estação de Floriópolis, restaurada para ficar – como monumento e obra de arte – a denunciar o desperdício da estrada de ferro abandonada, o cão, deitado pachorrentamente à sua sombra, parecia um passageiro à espera do trem que não vem, que não vem, que não vem... – contrariando a feliz e otimista onomatopeia de “Pedro Pedreiro”.
Quase todo mundo que tem um cachorro de estimação deve ter se perguntado como será que o cão enxerga o mundo. Pelo olhar merencório e lastimoso do cachorro: "tenho que olhar pra frente pra ver onde vou...como Pedro Pedreiro, sofrendo...esperando...esperando o trem..."
ResponderExcluirhl/sp