Pacamão, o peixe
ANCHIETA MENDES
Figura legendária de Parnaíba, Pacamão deixou nome como personagem do romance de Assis Brasil (Beira Rio, Beira Vida) e com as suas tiradas literárias, dizia ser poeta, jornalista e orador sacro. De sua imaginação, a famosa carta dirigida ao Bispo da Diocese, que publico para a apreciação dos amigos e amigas.
Ei-la:
“Exmo. Sr. Bispo Diocesano de Parnaíba,
Tenho a subida honra de comunicar a V. Exa. Reverendíssima que, em virtude de consequências matrimoniais, a minha extremosa consorte houve por bem trazer à luz, no dia 7 do mês em jogo, a décima edição de nosso lar, em caráter masculino, cujo animalzinho se acha competentemente arquivado e ainda permanecendo em consequências anônimas, a fim de aguardar a respectiva epígrafe nas sagrações da pia batismal e nos aparatos burocráticos do Registro Civil, depois do que poderão surgir os escândalos festivos, com sacrifícios de aves domésticas e galináceos, com prévias e posteriores consequências químicas aquosas e etílicas, para escandalizar o estômagos dos convidados.
Respeitosamente, Francisco Pereira de Sousa – Pacamão”
O legendário Pacamão, na charge de Gervásio CastroPACAMÂO
Elmar Carvalho
– Eu sou um monumento
anatômico e biotônico
onde a lenda se mistura com a realidade;
onde o homem se confunde com o mito.
E neste instante, sinto-me
forte como um elefante!
– Cadê a tromba? – perguntou um gaiato.
– Está aqui – retrucou Paca/mão na braguilha.
Pacamão: pacamônicos folclores
de ditos repetidos pela boca
do povo – arma de repetição
deflagrando gargalhadas.
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