sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não brinquem com a Profecia



José Maria Vasconcelos, cronista
josemaria001@hotmail.com

De repente, chuvas torrenciais e fortes ventos desabaram, desde início de outubro aos primeiros dias de novembro, rompendo a tradição, por essas bandas, o intenso estio e canícula de 40 graus. A natureza revestiu-se de intenso verde, porém os cajueiros e mangueiras despiram-se das flores e frutos. O fenômeno repete-se, em geral, de dez em dez anos, e pode prenunciar seca de lascar, a partir de janeiro.

Contemplar a natureza e seus segredos é aproximar-se dos mistérios divinos. Faltavam poucos dias para Jesus deixar o planeta. Acompanhado dos apóstolos e de grande multidão, Ele, de jumento, contemplou, do alto do Monte das Oliveiras, a cidade de Jerusalém e o belíssimo templo, talhado a ouro e púrpuras, fincado sobre imensa fortaleza. O Mestre chorou, profetizou: "Oh! se também tu, ao menos neste dia, conhecesses o que te pode trazer a paz! Mas não, pois teus olhos se obscureceram. Por isso, virão dias em que teus inimigos te cercarão, te sitiarão de todos os lados, destruirão a ti e a teus filhos, e não deixarão pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada.” Depois, já recolhido no mesmo monte, prenuncia, detalhadamente, o fim da cidade de Jerusalém, a saga e diáspora do povo judeu. O cronista Flávio Josefo acompanhou as legiões romanas, durante o cerco e destruição de Jerusalém, no ano 72, e forneceu detalhes que comprovam o cumprimento da profecia.

Jesus mescla episódios da destruição de Jerusalém com os transtornos e abalos de nosso sistema solar, seguidos da parusia, isto é, da gloriosa vinda de Cristo, o arrebatamento dos adeptos do bem. Fantástica descrição encontrada nos evangelhos de Mateus(24), Lucas(21) e Marcos(13). A Igreja Católica, antes do Natal, lembra a grande profecia, mas evita a exploração da tragédia cósmica. Falsos profetas, por aí, confirmam até a data, e "seduzem a muitos, enquanto nem os anjos celestiais sabem o tempo exato", segundo Jesus Cristo.

Cientistas já se espantam com "as dores de parto de nosso planeta" - como anteviu e epistolou apóstolo Paulo - um mote para a Campanha da Fraternidade deste ano.
Jesus resume assim: "No tempo de Noé, os humanos se banqueteavam e se acasalavam alegremente, tripudiando sobre a construção da arca para sobrevivência ao dilúvio. Assim ocorrerá naqueles dias de esfriamento do amor, da desagregação familiar, dos desmandos morais..."

Meu caseiro olhou para o tempo esquisito de trovoadas e chuveirão, em pleno br-o-bró, e disparou: " Seu Zé, isto é o fim do mundo!" É não, Carlos. As intempéries servem-nos apenas para avaliarmos os nossos limites de conhecimento diante das sábias regras do Criador. E O louvamos e lhe agradecemos. A desarmonia é causada, principalmente, pelos homens que trocam a inteligência pela ambição e ousadia de desafiar os planos de Deus. Aí começa o fim.

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