Juiz Batista Rios, filho de Nestor Rios |
NESTOR RIOS – A BONDADE ENCARNADA
Elmar
Carvalho
Conheci-o
na agência da ECT de Parnaíba, vinte anos atrás. Apesar de não o
ver há muitos anos, lembro-me dele sempre, e sempre como um homem
bom e de bem. Ele é, por assim dizer, a encarnação da bondade, da
bondade simples e natural e humilde, sem ostentação, mas também
sem a dissimulação dos hipócritas e fariseus.
Não
obstante sua humildade, sua modéstia natural, sua presença era um
acontecimento em nosso local de trabalho, quando aparecia para
recolher nossa pequenas contribuições financeiras, para os seus
velhinhos, amparados pela sociedade dos Vicentinos, de que é membro
assíduo e atuante, mesmo com a sua alongada idade. Como ele ficava
feliz com os modestos donativos! Parecia haver recebido uma vultosa
importância para si mesmo.
A
sua bondade, sua lhaneza, sua alegria espontânea e sincera pareciam
formar uma aura poderosa em torno de si, como a emoldurar o belo
quadro de sua velhice digna e honrada, fazendo com que todos se
sentissem bem ou melhor diante de sua pessoa. Talvez fosse um anjo
sem a consciência de sua condição de ser angélico, e que por isso
mesmo se locomovesse entre nós com tanta e natural simplicidade. Seu
carisma era tanto que ficávamos felizes com o seu aparecimento
ocasional em busca das esmolas para os seus velhinhos, e por isso
dávamos como se estivéssemos recebendo.
Muitos
anos depois descobri, através de minha mulher, que um amigo, o Dr.
João Batista Rios, que lhe herdou a bondade e a simpatia, era seu
filho. Prometi-lhe escrever uma crônica sobre seu pai, crônica
aliás que pretendia fazer há muitos anos, mas que,
inconscientemente, sempre adiava, talvez porque a personalidade
bondosa e simples de Nestor Rios dela não precisasse, o que de fato
é verdade.
Por
intermédio do Dr. Batista Rios fiquei sabendo que o bom Nestor havia
construído um conjunto de casinhas para os seus anciãos. Fiquei
imaginando o mistério de como as irrisórias esmolas haviam-se
transubstanciado naquelas casas, que acolhem, dando abrigo e amparo,
os pobrezinhos. Fiquei imaginando qual o fermento milagroso que
fizera crescer as esmolas nas mãos caridosas de Nestor Rios.
E a
resposta é simples. É que Deus atua através de nós mesmos, de
maneira sutil e suave, sem os alardes da mídia e da propaganda
enganosa da falsa caridade.
Deus
se manifestara em Nestor Rios, um anjo travestido em pele de ser
humano.
Não conheci Nestor Rios, porém, conheço seu filho João Batista, uma pessoa do bem e que sabe fazer amigos, certamente, dons herdados de seu genitor, além de magistrado íntegro, culto e imparcial.
ResponderExcluirOrador fluente,certa vez, na cidade de Bertolínia, o Dr. Batita proferiu belo discurso sobre a Assunção de Nossa Senhora, demonstando sua capacidade oratória e a cultura geral de que é portador.
Muito oportuna e justa a matéria.
Parabéns.
Reginaldo Miranda.
Nos tempos hodiernos, é comum ouvir noticías de ações desonestas, corrupção, individualismo, ganância e a desvalorização da moral e dos bons costumes. Por isso, é surpreendente e revigorante saber de casos como o do protagonista da sua homenagem. Destaco o trecho que julgo como frase temática na sua narrativa: "É que Deus atua através de nós mesmos, de maneira sutil e suave, sem os alardes da mídia e da propaganda enganosa da falsa caridade." Outro fator que me chamou a atenção foi o seu sobrenome. Me dá ainda mais orgulho de carregar o mesmo.
ResponderExcluirConcluo que viveríamos num mundo bem melhor se as pessoas se preocupassem um pouco mais com o bem estar dos outros. Sobretudo daqueles que aparentemente são mais indefesos que os demais.
Acrescento que o juiz Batista Rios é do mesmo quilate do pai, o velho Nestor, caro Nelson Rios.
ResponderExcluirPrezado vate,
ResponderExcluirEu presumi que fosse. Embora não seja regra geral, mas tenho observado que os homens de valor costumam primar pela formação moral dos seus. Aliás, defendo até que de nada adiantaria um homem ser caridoso se não oferecesse a atenção e orientação necessária para sua família.