Fonseca Neto
Desde
a década de 40 do século passado, somente cresceu, em nomes,
estabelecimentos e diversidade de ramos, o empreendedorismo comercial
dos Evangelista na capital do Piauí. Né Evangelista, o pioneiro da
família por estas bandas, é esse abridor de portas do qual tanto se
tem falado.Casado em 1936 com a prima Maria Doralice, seus primeiros
filhosnasceram no Maranhão e os demais em Teresina: Maria Esperança,
Manoel Filho, Maria Erlinda, Maria Eva, Lidinalva, Josué, Eva Maria,
Adalberto, Reginaldo, Lindalva, Humberto, Maria Doralice.
De
chegada, Neto Rêgo e seu amigo Né se fazem sócios, em “A
Brasileira”, uma loja de variedades, de Teresina, que seria a mãe
dos negócios de um e de outro. Separam-se, depois, ficando o segundo
com a loja fantasiada com esse nome, enquanto Neto constituiria a
sua, chamada “A Nacional”, depois e até hoje reconstituída como
“Casa Regente”.
É
pertinente lembrar que dos filhos dos patoenses Narcisa e Torquato –
Manoel, Maria, Almira, Rosa, Cornélio, Alzira e José Sobrinho –,
além do próprio Né, seu irmão, Cornélio Evangelista da Costa,
seria mais tarde uma conhecida referência no comércio do centro de
Teresina, inicialmente titular do bazar Tupã, depois, inspirado por
sua mulher, Adélia Murad (de Coroatá, MA) de uma
lanchonetetipificada por seu pão com queijo. E são vários dos
filhos de Né, além de primos, sobrinhos, cunhados e genros, com
envolvimento na atividade mercantil, mantendo essa família em seu
senhorio o lugar da Malhada d’Areia, com a parentela que por lá
ficou.
São
João dos Patos da infância, juventude e primeiras aventuras de Né,
é um próspero município no contexto daquela nesga de sertão dos
Pastos Bons primevo, colada ao Parnaíba e assim parte de sua calha
de mais de mil quilômetros. Município constituído em 1892 –
separado do de Passagem Franca –, mesmo ano de nascimento de Joana
da Rocha Santos, “Dona Noca”, que, em 1933, ascende ao poder
municipal, líder forte e laboriosa prefeita, cuja família também
teve na indústria e no comércio um diferencial naquele meio social
em que predominava o latifúndio da roça agregada e do curral de
bois olhando a si mesmos. Nesse sentido, Noca e Né, mais que
simbolizando, encarnam, um diferencial de positiva ruptura na vida
local, baldadas certas altercações entre ambos. Em certo momento da
intensa luta política dos Patos, Né se aproxima do capitão Antonio
dos Reis da Fonseca, de nutrida obstinação anti-Noca.
Além
da Malhada, Porto Seguro, Várzea do Meio e Teresina, sempre com um
pé na Fazenda e mão na Loja, Né expandiu seus negócios ao
município de Caxias, com usinagem, erguendo um animador ponto de
trocas no lugar “Paiol”, porto fluvial no rio Itapecuru. Na
própria Teresina, assinalando essa dupla paixão – terra/gado e
praça de comércio –, foi proprietário do sítio “Redonda”,
margem direita do Poti, então zona rural da capital, hoje área
urbana, com conjuntos habitacionais –Parque Jurema, e vilas de nome
Manoel Evangelista I e II, um com o qual a capital o homenageia.
Bem
posto com negócios em Teresina, e prova de seu apego à terra natal,
Né será um fator agregador de conterrâneos migrados para cá,
bastando registrar que nos empreendimentos dos Evangelista, em geral,
há um predomínio de colaboradores patoenses. Aliás, nesse
propósito, intencionado no congraçamento dos conterrâneos aqui
moradores,concorre decisivamente para viabilizar a iniciativa de
criar, em 1957, uma associação representativa deles,a Colônia
Patoense de Teresina, de relevantes serviços prestados, da qual é o
presidente de honra.
Convém
também anotar que, além dos Evangelista, mais negociantes oriundos
do citado município ergueram seus empreendimentos, aqui e em Timon,
invariavelmente no ramo dos tratos comerciais: mais conhecidos,
Augusto Ferro (pioneiro do bairro-feira do Mafuá); Abrahão Gama;
Sabino Porto; Napoleão Guimarães (este da Sucupira do Riachão,
estabelecido em Timon) e seu filho Paulo Delfino.
Diz-nos
Adalberto Evangelista, filho de Né, sero seu pai “um homem
simples, humilde, sem muita instrução, mas que soube se fazer na
vida, deixando todos os filhos bem encaminhados, não lhes deixando
faltar nada: VEIO AO MUNDO NÃO POR PASSEIO, MAS A SERVIÇO”.
Adorei a matéria. Sou da cidade Cristino Castro, Me chamo Calebe Temporal, sou professor de História e fã do grande historiador Fonseca Neto. Parabéns blogueiro poeta Elmar, gostei muito, também tenho um blog - CATINGA-DE-PORCO. Meu email: prof.calebetemporal@Yahoo.com.br
ResponderExcluirAdorei a matéria. Sou da cidade Cristino Castro, Me chamo Calebe Temporal, sou professor de História e fã do grande historiador Fonseca Neto. Parabéns blogueiro poeta Elmar, gostei muito, também tenho um blog - CATINGA-DE-PORCO. Meu email: prof.calebetemporal@Yahoo.com.br
ResponderExcluir