AMARANTE FAZ
ANIVERSÁRIO NO DIA 4 DE AGOSTO - 143 ANOS DE EMANCIPAÇÃO
POLÍTICA
Luís Alberto Soares (Bebeto)
Origem e evolução
AMARANTE tem sua origem num aldeamento
indígena. Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, 2º Governador da Província do
Piauí, em 1771, aldeou os índios Acaroás e Guegueses perto
da nascente do riacho Mulato, no mesmo lugar onde hoje é a cidade de Regeneração,
dando a essa missão o nome de São Gonçalo de Amarante, em homenagem ao santo de
seu nome. A história de Amarante está ligada ao então propósito do Governador
da Província, utilizando mercenários em busca de ouro e consequentemente
acumulando riquezas, aldeavam e na maioria das vezes trucidavam índios que
viviam às margens do Rio Mulato na antiga Vila de São Gonçalo (hoje
Regeneração). Devido à navegação do Rio Parnaíba e o consequente avanço
comercial que já se fazia notório, em 16 de julho de 1861, em conformidade com a lei nº. 506 de 10 de
agosto de 1860, a sede foi transferida para o Porto de São Gonçalo de Amarante,
ficando a atual Regeneração reduzida a uma simples povoação denominada de São
Gonçalo Velho.
AMARANTE fica na Zona
Fisiográfica do Médio Parnaíba, Microrregião 4 e ocupa uma área de 1.150 Km2,
limitando-se ao NORTE com Palmeirais – ao LESTE, Angical do Piauí e Regeneração
– ao SUL, Francisco Ayres e Floriano e a OESTE com São Francisco do Maranhão. O
município de Amarante foi formado com território desmembrado de Jerumenha e de
Valença. Desmembrou terras para a formação de outros municípios, como: Angical
do Piauí, Francisco Ayres e Arraial. Atualmente o município de Amarante é
constituído por sete Datas: Boa Esperança, Muquilas, Araras, Sítio do Meio,
Saco dos Melo e Conceição. A cidade de Amarante está encravada na Data de Boa
Esperança. Assentamentos do INCRA: Flor
de Maio, Santa Helena, Araras, Ararinha, Mimbó, Salobro, Nova Conceição e Ponta
da Várzea. Do Crédito Fundiário: Vila Feliz, Chapada dos Marcos, Chapada do
Filomeno e Chapada do Bacuri. População do município: 17.316 (CENSO/2010).
Amarante ocupa a trigésima primeira posição dos municípios mais populosos do
Piauí.
Na segunda metade da
década de trinta, do século XX, os hidroaviões da Companhia “Condor” faziam
escala semanal em Amarante. Pousavam no rio, frente à cidade, e atracavam ou
paravam em local apropriado. Transportavam
passageiros, encomendas e
malas do Correio.
Traziam muita vida à cidade
e promoviam o
intercâmbio sócio-cultural. Era um dia
movimentado. A presença do
hidroavião atraia e motivava o comparecimento de muitas pessoas, levadas pela
curiosidade.
O PRIMEIRO RÁDIO a ser
instalado na cidade de Amarante foi o do movimentado Bar do Antônio Costa. Para
muitos, era coisa de outro mundo. Vinha gente de todos os lugares de Amarante
somente para escutar a grande invenção sonora. O bar ficava superlotado de
curiosos, que o diga a senhora Clotildes Ribeiro da Silva, popular Coló, 103
anos de idade, mãe de José Pereira, o conhecido Zé Besouro. Ela presenciou a
novidade e diz para a nova geração que teve muita gente que quando escutou o
rádio, fazia o sinal da cruz, dizendo que aquilo era uma “pintura do cão”.
RUAS E VÁRIAS CASAS DE AMARANTE recebiam
iluminação através de lampiões a querosene ou a “petromax” (estilo Aladim). Em
07 de setembro de 1933, a empresa Morais & Cia, de Parnaíba, instalou em
nossa cidade, a energia elétrica movida por máquina a vapor (caldeira à lenha e
água), das 06 às 11 horas da noite. Anos depois, a Prefeitura de Amarante foi
responsável pelo fornecimento da energia elétrica gerada pelo mesmo processo da
Morais & Cia. Em seguida, o fornecimento de energia foi gerado por máquinas
a óleo por conta da CERNE, instalada no prédio hoje pertencente ao Iate Clube
Amarantino, também das 06 às 11 horas da noite. Havia prorrogação de energia
nos acontecimentos especiais. Por último, a CEPISA – respondendo pelo atual
abastecimento em todo Estado do Piauí.
AMARANTE é uma fonte de riqueza natural. A
cidade é de porte médio, mas a sua posição geográfica, entre três rios,
circundada nos versos de nosso poeta maior, “Da Costa e Silva”, que a
cognominou de “uma ilha alegre e linda”. A coroa do Rio Parnaíba, especialmente
aos domingos do mês de julho, há grande aglomeração de banhistas, observadores
e comerciantes de vários municípios do Brasil. Tem também o morro de São
Benedito, defronte à Rua Antonino Freire, onde há o velho “ESCORREGA BUNDA”, que muitas gerações de amarantinos
ilustres, na sua infância, ali se entretinham brincando. Tem ainda as
principais atrações turísticas: o panorama do alto da Escadaria “Da Costa e
Silva”, casarões em estilo colonial, o Sítio Floresta, a Casa Odilon Nunes que
abriga a Biblioteca e o Museu da Cidade, O Museu do Divino Espírito Santo, a
Pousada Velho Monge - onde se descortina a bela paisagem das serras de São
Francisco do Maranhão.
O HINO E A BANDEIRA MUNICIPAL DE
AMARANTE são de autoria do heraldista e vexilologista, professor Arcinoe
Peixoto de Faria, da Enciclopédia Heráldica Municipalista com sede em São Paulo
– Capital. Oficializados pela Lei
Municipal nº 411, de 28 de março de 1977.
Administração: Emília da Paixão Costa (Bizinha). O Hino Municipal de
Amarante com letra de Monsenhor Isaac José Vilarinho e música do maestro Luís
Santos. Oficializado pela Lei Municipal nº 411, 28 de março de 1977.
HISTORIADORES contam nos seus
arquivos que na época da transferência da Vila de São Gonçalo para o Porto
(cidade de Amarante), surgiu a 1ª professora de nosso município. Logo mais,
foram criadas duas escolas públicas estaduais: uma para meninos, dirigida por
um professor e outra para meninas, dirigida por uma professora - denominadas:
Escola Pública do Sexo Masculino e Escola Pública do Sexo Feminino.
VIA PÚBLICA - A primeira rua da
cidade de Amarante chamava-se Rua Grande, devido sua ampla largura, partindo no
Morro do Pontal à margem do rio Parnaíba. Foi o caminho da Vila de São Gonçalo
para o Porto. Hoje, nomeada Avenida Desembargador Amaral em homenagem ao
primeiro juiz de Direito de Amarante, Desembargador José Mariano Lustosa de
Amaral. Havia uma arborização muito frondosa de “mamoranas”, árvores de origem
portuguesa. Nas laterais, iluminação por lampiões a querosene. As árvores são
as que o nosso poeta maior, “Da Costa e Silva” se refere no soneto Saudade. Em
1932, um projeto do amarantino, engenheiro, Dr. Manoel Sobral (alto
comerciante), a Avenida foi transformada com figueiras e fícus benjamim. Em
seguida iluminada por petromax. Em 07/09/1933, a Avenida recebia luz elétrica
da usina Morais & Cia., trazida por Zeca Correia, que implantou outros
benefícios no município.
A NAVEGAÇÃO FLUVIAL A VAPOR teve início com
a chegada do vapor Uruçuí ao porto da então Vila de São Gonçalo, ocorrida a 10
de junho de 1862. Foi o avanço para o progresso, o comércio desenvolveu-se
rapidamente. Em 04 de agosto de 1871, a Vila passou à cidade, com o nome de
AMARANTE e seu porto fluvial logo se tornou de importância semelhante ao de
Parnaíba, tornando Amarante o empório comercial da região sul do Piauí e
Maranhão, estendendo sua influência a Goiás. Tudo ia bem, era o progresso,
Amarante chegou a manter transações comerciais internacionais. Esteve em franco
progresso até o surgimento de Floriano que lhe arrebatou essa força comercial.
A partir daí, começou a decadência de Amarante. Carneiro da Câmara, Dr.
Archimedes Nogueira Paranaguá, Dr. Rogério de Castro Matos, Dr. Thomaz Gomes
Campelo, Dr. Geraldo Magella de Carvalho, Dr. Alair Rocha, Dr. Luís Fortes do
Rego, Dr. José Arimathéa Tito Neto, Dr. Raimundo Fortes de Oliveira, Dr.
Francisco Isaias de Arêa Almeida, Dr. Henrique Oliveira do Vale, Dr. Herbet
Belisário dos Santos, Dr. José Raimundo Belo, Dr. Atenor Barbosa de Almeida
Filho, Dr. Fernando Lopes da Silva Filho e Dr. Netanias Batista de Moura, desde
outubro de 1997.
OS PRIMEIROS PROFESSORES DE AMARANTE:
Efigênia Maria de Azevedo, Odilon Nunes, Cunha e Silva, Luiz Moura da Cunha,
Amora Cunha e Silva, Ditosa Fonseca, Raquel Costa (Quesinha), Júlia do Monte
Lustosa, Júlia Leitão, Zilda Sampaio, Nair Conde, Carolina Freire, Nailde
Ribeiro, Joca Vieira, Arysnede Cavalcante Corrêa Lima.
OS PRIMEIROS JUÍZES DA
COMARCA DE AMARANTE: (1861 a 1900): Dr. Higino Cunha, Dr. José Mariano Lustosa
de Amaral, Dr. Gastão Ferreira de Gouveia Pimentel Beleza, Dr. José Piauhilino
Mendes Magalhães, Dr. Umbelino Moreira de Oliveira Lima, Dr. Sesostris Silvio
Mendes de Moraes Sarnamento, Dr. Pedro Emigdio da Silva Rios, Dr. Antonio Martins
da Silva Porto, Dr. Jesuino José de Freitas, Dr.Joaquim Ribeiro Gonçalves, João
Leopoldino Ferreira, Dr. César do Rego Monteiro, Dr. Ernesto José Batista, Dr.
Eduardo Olímpio Ferreira. Os quinze últimos: Dr. Ausônio Carneiro da Câmara,
Dr. Archimedes Nogueira Paranaguá, Dr. Rogério de Castro Matos, Dr. Thomaz
Gomes Campelo, Dr. Geraldo Magella de Carvalho, Dr. Alair Rocha, Dr. Luís
Fortes do Rego, Dr. José Arimathéa Tito Neto, Dr. Raimundo Fortes de Oliveira,
Dr. Francisco Isaias de Arêa Almeida, Dr. Henrique Oliveira do Vale, Dr. Herbet
Belisário dos Santos, Dr. José Raimundo Belo, Dr. Atenor Barbosa de Almeida
Filho, Dr. Fernando Lopes da Silva Filho e Dr. Netanias Batista de Moura, desde
outubro de 1997.
OS PRIMEIROS MÉDICOS QUE CLINICARAM EM AMARANTE:
Manoel Joaquim Rodrigues Macedo (22-02/1862); Júlio César Audreíno - amarantino
nato (1883); Bonifácio Ferreira de Carvalho - amarantino nato (1890); Manoel
Rodrigues de Carvalho (1891); Antonio Sobral - amarantino nato; Antonio Ribeiro
Gonçalves – amarantino nato; Francisco Ayres Cavalcante - amarantino nato
(1915); Evanilda Neiva Pacheco (1959); Misael Dourado Guerra (1964).
VELHA ECONOMIA - Há várias décadas,
a economia do município de Amarante era voltada à cana de açúcar plantada com
abundância nas margens do riacho Mulato.
A historiadora Maria Santana Vilarinho Santos, recentemente fez um
documentário sobre a importância desse precioso produto agrícola. Havia vários
engenhos. Dois deles, movidos a vapor e caldeiras alimentadas pelo bagaço da
cana moída. Os outros engenhos eram movimentados por bois. Fabricava-se açúcar,
rapadura e cachaça. Esses produtos eram exportados para diversos municípios
através de animais e balsas que trafegavam no rio Parnaíba. A velha economia de
Amarante estendia-se ainda na geração de muita mão-de-obra. A historiadora
amarantina menciona no seu belo documentário o Engenho do Sítio Santa Rosa de
propriedade de seu saudoso pai, Pedro Gonçalves Vilarinho. Ela relata que era
servido um café com paçoca e que os trabalhadores eram divididos em grupos:
cortadores de cana e cambiteiros que levavam a cana cortada nas costas de
animais. Havia ainda aqueles que exerciam atividades diversas. A lenha era
transportada para aquecer as caldeiras por carros de madeira puxados por bois.
VELHOS CABARÉS. - A cidade de Amarante viveu
por várias décadas num movimentado clima de prostíbulo, reverenciado em nosso
meio como Cabaré e Tabocal. Os ambientes para a prática sexual ocorriam
especialmente à noite com maior movimentação nos finais de semana. As
prostitutas, populares raparigas, eram de várias localidades e os
frequentadores de todas as classes sociais. Existiram três agitados setores de
cabarés na cidade: “Cai N’agua”, à margem do rio Parnaíba, próximo do Hotel
Pousada. Teve vários proprietários. Entre eles, os populares João Garapeira
(falecido) e Raimundinho da Dorica. Lá era promovido o Baile Cor de Rosa e o
Forró Pé de Serra. Na conhecida Rua do Fogo tinha várias casas do ramo: Os
cabarés das populares Marizô, Carmozina (falecida), Chica Preá (falecida) e
Irene Casadinho (falecida) e tantas outras. Havia também muito forró e muitos
bares com músicas bregas e apaixonadas, tocadas em radiolas ou em vozes de
bêbados, acompanhados por um violão. Próximo à Rua do Fogo, na beira de um
grotão, teve o movimentado cabaré “Casa Amarela” de propriedade do popular
Estevão Galinha D´gua (falecido), onde também havia muito forró e o Baile
Amarelo. Tinha ainda o ponto: “As Meninas dos Olhos” do engraçado Quixaba,
localizado no “Sovaco do Cão” à margem do rio Parnaíba. “Inferno Verde” foi o
apelido dado pelo popular Reis Felix, considerado uns dos maiores frequentadores
de cabarés de Amarante, a um animado setor da prostituição, localizado na Rua
São Benedito, perto do Clube Os Quarentões. Teve vários donos de cabarés, neste
setor, como: Cecílio Dias (falecido), as populares: Chicuta, Ducarmo Tataira,
Rita Macambira, Biluca e Helena Preta. Tinha ainda Nazaré Cambão, a “Rainha da
Panelada”. Havia ainda nos prostíbulos de Amarante outros nomes de bailes, o
Branco e o Azul. Vale esclarecer que as prostitutas eram muito discriminadas:
não podiam estudar em colégios, frequentar igrejas e nem de participar de
muitos atos da sociedade. Em várias ocasiões, muitas mulheres casadas foram
atrás de seus maridos nos cabarés. Existem ainda em nossa cidade, três
prostíbulos: “Paraíso do Amor” do popular Doutor do Cícero Casadinho (bairro
Dois Coqueiros), BR 343; Casa de Encontros da popular Ducarminha, Rua Da Costa
e Silva, perto do rio Parnaíba (Cai N´agua) e o da Chiquinha Sousa, Rua do
Fogo.
REVOLUÇÃO - Os inesquecíveis amarantinos
contam que Amarante viveu momentos de terror com a passagem da Coluna Prestes
na cidade, no período de 20 a 27 de dezembro de 1925. Foram várias colunas das
forças revolucionárias que deixaram o povo do município assustado. A 1ª Coluna,
a do Capitão João Alberto, chegando à meia noite em nossa cidade. Logo após, os
revoltosos arrombaram as portas do Telégrafo, onde se instalaram. Horas depois,
chegaram os grupos chefiados pelo Coronel Dutra e Capitão Euclides. Em seguida,
outras caravanas comandadas pelo Cel. Juarez Távora e Sr. Bernardino. No mesmo dia, chegaram também à nossa cidade
as colunas do Cel. Carlos Prestes e a do Sr. Siqueira Campos. As forças
revolucionárias arrombaram portas de comércios e saquearam grande estoque de
mercadoria. Os estabelecimentos comerciais de Abdon Moura e Joaquim de Castro
Ribeiro (Quincas Castro), avô materno da ilustre amarantina Maria Cirene de
Castro Sousa, de grande movimentação e sortimento, foram os mais afetados com
os roubos dos revoltosos. Eles ainda forçaram comerciantes em geral, pagarem
uma conta altíssima de guerra. Dizem que os revoltosos derramaram perfumes em
toda a cidade. Houve, também, invasão residencial, de onde os revoltosos
levavam tudo que encontravam e
determinaram o fuzilamento dos expressivos Senhores de Amarante: Abdon
Armindo de Moura, Cel. Luiz Gonçalves Ribeiro, Major Sátiro de Castro Moreira,
Capitão Francisco José de Lima, Miguel Arcoverde Vieira, Amâncio José Pereira
Lopes, Raimundo Gonçalves Vilarinho,
Acilino Neiva, Eugênio Barbosa, Gerson Ernestino de Sousa, João Ribeiro
de Carvalho (João Pinga), José Maria Gonçalves, Gonçalo S. Antônio Costa.
Felizmente ficou só na ameaça. O saudoso Francisco Felix da Silva testemunhou
toda ousadia dos revoltosos com o povo amarantino, a exemplo do inesquecível
Odilo de Sousa Queiroz, pai do professor e jornalista Virgílio Queiroz, que
sabia das ações das forças revolucionárias em vários lugares do Brasil. A
secular Clotildes Ribeiro da Silva, a popular Coló, residente em Amarante,
conta com detalhes as atrocidades dos revoltosos em nossa cidade.
CONEXÃO - A cidade de Regeneração a 18 km do
centro de Amarante, historicamente conectada à nossa cidade desde o início de
sua povoação. Vale ressaltar que a conceituada Regeneração quando era pequeno
povoado, recebeu outros nomes: São Gonçalo de Amarante, São Gonçalo Velho, e
São Gonçalo de Regeneração. Ela também foi muito chamada de Vila. Ainda hoje,
existem pessoas que pronunciam esse apelido. Para suprir sua necessidade
comercial através de transporte fluvial no rio Parnaíba, a nossa vizinha Regeneração,
fez estabelecer o “Porto”, origem do município de Amarante. Regeneração passou
por um bom tempo, vinculada em nossa municipalidade. Continua a influência
mútua comercial, educacional, cultural, social e política desses municípios.
MINÉRIO EM AMARANTE - Segundo o geólogo
amarantino João Castor do Nascimento Silveira, há grande possibilidade da
existência de minério na Serra da Arara, município de Amarante, devido à
formação sedimentar da área, principalmente por arenito. A Petrobrás esteve no
local onde perfurou há longos anos, um poço pioneiro. O resultado constituiu
uma ligeira emanação de gás. Esclareceu ainda o geólogo João Castor que no
lugar Canto, neste município, limitando-se com Francisco Ayres, há uma boa
quantidade de GIPSITA (sulfato de cálcio), matéria prima para obtenção de
gesso. Análise já foi feita em laboratório de São Paulo por intermédio do
geólogo João Castor da Silveira.
AMARANTE às vezes é chamada por
este Brasil afora como “Terra do Papagaio”. Por quê? A historiadora Maria
Santana Vilarinho Santos, um dos membros de nossa cultura, tem uma versão do
motivo desse chamamento. “Há muito tempo... Numa grande enchente dos rios
Parnaíba e Canindé, desciam enormes blocos de terra, contendo árvores, animais
e outros. Num desses blocos vinha um papagaio. Ao chegar na cidade de Amarante,
a ave perguntou - onde estou? Responderam – em Amarante. Ele deu uma risada e disse: prefiro a morte.
Aqui, é terra de poetas, escritores, governadores, não há lugar para papagaio...
Ah! Ah! Ah!”.
AMARANTE, berço de grandes nomes:
Dirceu Mendes Arcoverde, Antonino Freire, Waldir Arcoverde, Eduardo Neiva, “Da
Costa e Silva”; Luís Mendes Ribeiro Gonçalves, Osvaldo Da Costa e Silva, Dr.
Antonio Ribeiro Gonçalves, Taumaturgo Sotero Vaz (poeta), Odilon Nunes, Cunha e
Silva, Clóvis Moura, Carvalho Neto, professor Antonio Veríssimo de Castro
(Tonhá), historiadora Raimunda Nonata de Castro (Nasi), Coronel Joaquim
Vilarinho, Coronel Miguel de Almeida Lira, Geraldo de Sousa Vilarinho (oficial
superior do Exército), Dr. Francisco da Cunha e Silva Filho, Dr. Francisco
Ayres Cavalcante, professor Afrânio Nunes, Homero Castelo Branco, Dr. Antonio
Pereira Lopes, Dra. Eulália Maria Ribeiro Gonçalves do Nascimento Pinheiro, Coronel
Clidenor Lima, Coronel Walker Prado, Coronel Manoel Mendes de Melo, Cel.
Solange Maria Macedo Lima, Major Antonio Soares Ribeiro, Capitão Deodato Lopes
da Silva, Dr. Eleazar Moura, José Moura Lima,
Dr. Adoniais Carvalho, Dr. José Moacy Leal, João Elias Teixeira e Silva,
Rafael Sousa Fonseca, Dra. Maria Celestina Mendes da Silva, José Dias Feitosa
(Capitão Zeca) e outros famosos. Amarante, por vários motivos, é apelidada: a
Capital da cultura piauiense.
TÍTULO A AMARANTE. O sistema Meio
Norte de Comunicação, por meio do Portal Meionorte. com, via rede social, abriu
concurso em 2012, através de votos, para eleger os novos sete locais mais belos
de nosso Estado. A riqueza arquitetônica de Amarante e sua tradição histórica,
o fator principal para que nossa cidade recebesse o título de Sétima Maravilha
do Piauí.
Textos do livro
AMARANTE, PERSONALIDADES E FATOS MARCANTES, da autoria de Luís Alberto
Soares (Bebeto).
Meu caro Luís Alberto Soares:
ResponderExcluirMuito nobre a sua ideia de homenagear em livro o que a minha (nossa ) Amarante tem a oferecer não somente de memória histórica, de sua topografia, da passagem fluvial do "Velho Monge" a que lhe cabe, belíssima por sinal, de seus locais aprazíveis, da beleza de suas paisagens, de sua história cultural, de ser o berço do maior poeta do Piauí, Da Costa e Silva, de seus grandes vultos com destaque em várias áreas do saber humano, de sua riquezas naturais, de seu papel de cidade por tantos motivos merecedora de singularizar-se como um centro de referência cultural do Piauí.
Amarante, diante dessas características diferenciadoras, é digna, sim, de ser laureada com o título sugerido por V. de "Sétima Maravilha do Piauí."
Ainda posso sugerir mais alguma coisa: que o Museu de Amarante pudesse acolher, através de doações das famílias de filhos ilustres, parte de acervos das figuras homenageadas pelos filhos da terra, seja livros, seja, outros objetos que legarão às futuras gerações da cidade como material de pesquisa a todos os piauienses e não piauienses, enfim, portentosa parte da memória material e espiritual de seus grandes filhos.
Espero que seu livro, quando for publicado, me chegue às mãos, pois terei o prazer e a honra de alinhá-lo na prateleira de minha biblioteca onde, com carinho, conservo outras obras dedicadas a Amarante e escritas por amarantinos ilustres como as de Nasi Castro, Eleazar Moura, Homero Castelo Branco, Olemar de Souza Castro, ou seja, das que chegaram ao meu conhecimento.