ATO
Rogério
Newton (1959)
p a
lavra
lavra lavra
lavra
lavra lavra
lavra
lavra lavra
com
puta dor
escrevo
prazer
na
máquina de
escrever
minha
alma
pátio
de colégio abandonado
meninos
jogam bola
andam
de bicicleta
esquecem
o tempo
sinal
vermelho
chicletes
olhar
giletes
não
te queixes
pássaros
têm signo
de
peixes
cigarra
farpas
de canto
na
estaca da cerca
vagalume
na
escuridão
me
ascende
o
vento age
na
folhagem
no
quadro negro
escrevo
a giz
sou
feliz
sinto
que sou
sinto
que vou
sinto
que vôo
paciência
ímpar
ciência
que
é tudo?
quietude
a
b c d f g h i j k l m o p q r s t u v w x y z e n
meu
corpo lateja
minha
alma diz
assim
seja
velho
jardim
gotas
de orvalho
na
folha da taioba
as
cidades devim ser
sempre
pequeninas
como
tuas mãos
nas
minhas
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