O HISTORIADOR DO SÉCULO XXI
Herculano Moraes
Da Academia Piauiense de Letras
Em
1879 Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco, após algumas experiências,
biografando personalidades ilustres da História Provincial, publica Apontamentos Biográficos de Alguns
Piauienses Ilustres. Era o inicio da saga inventarial que tem consagrado e
perenizado a memória de figuras emblemáticas do Piauí, na política, educação,
cultura, sacerdócio, empresa e governabilidade, exaltando feitos e mantendo
viva a memória dos que se destacaram por ações praticadas em suas vidas.
Esse
desafio iluminou outros pesquisadores, dentre os quais podemos citar, numa
ordem cronológica, Clodoaldo Freitas, Anísio Brito, Esmaragdo de Freitas, Monsenhor
Chaves, Wilson Brandão, Padre Cláudio Melo.
Graças
à dedicação desse abnegado grupo de pesquisadores, tornou-se possível preservar
a memória de luminares que honraram suas trajetórias contribuindo para o
desenvolvimento sociopolítico, administrativo e cultural na educação, saúde,
ciências humanas, governabilidades, voluntariado, entre outros segmentos de
atuação.
No
final do século XX e neste inicio do século XXI o nome do advogado, historiador
e acadêmico Reginaldo Miranda se impõe e se afirma como principal sucessor de
todos os demais historiadores que cumpriram a difícil tarefa de registrar fatos
e episódios da vida de personalidades notáveis, cujas histórias precisam ser
preservadas.
Ingressando
bem jovem na Academia Piauiense de Letras e assumindo pouco tempo depois a
Presidência da entidade, Reginaldo Miranda, fortaleceu suas convicções,
percebeu o elevado nível de responsabilidade da exposição de ideias e
pensamentos e esmerou-se na percuciente investigação de fatos e episódios da
história em versões não inteiramente esclarecidas.
Cuidadoso,
meticuloso e responsável, Reginaldo Miranda procura a verdade na origem,
vasculha bibliotecas e arquivos, mergulha nos porões dos museus
historiográficos de Coimbra e Lisboa, de onde retira valiosas informações.
Este
primeiro tomo de VULTOS DA HISTÓRIA DO PIAUÍ consagra a Colônia, e incorpora
figuras centrais desse espólio, como o Ouvidor Moraes Durão, a organização
social e política do ciclo colonial, os conflitos, a documentação definidora do
território, de sesmarias, o processo de ocupação e o jogo de interesse no
coração do Poder.
A
influência de Félix do Rêgo fecha o ciclo de poder, incluindo nessa restauração
histórica, a exposição de fatos demolidores e a luta cruenta pelo domínio
territorial, com o massacre de nações e aldeias, o aldeamento e a resistência
dos habitantes da terra devassada.
Não
tenho dúvidas em afirmar que Reginaldo Miranda é o grande historiador piauiense
do século XXI.
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