terça-feira, 6 de outubro de 2015

O HISTORIADOR DO SÉCULO XXI


O HISTORIADOR DO SÉCULO XXI

Herculano Moraes
Da Academia Piauiense de Letras

            Em 1879 Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco, após algumas experiências, biografando personalidades ilustres da História Provincial, publica Apontamentos Biográficos de Alguns Piauienses Ilustres. Era o inicio da saga inventarial que tem consagrado e perenizado a memória de figuras emblemáticas do Piauí, na política, educação, cultura, sacerdócio, empresa e governabilidade, exaltando feitos e mantendo viva a memória dos que se destacaram por ações praticadas em suas vidas.
            Esse desafio iluminou outros pesquisadores, dentre os quais podemos citar, numa ordem cronológica, Clodoaldo Freitas, Anísio Brito, Esmaragdo de Freitas, Monsenhor Chaves, Wilson Brandão, Padre Cláudio Melo.
            Graças à dedicação desse abnegado grupo de pesquisadores, tornou-se possível preservar a memória de luminares que honraram suas trajetórias contribuindo para o desenvolvimento sociopolítico, administrativo e cultural na educação, saúde, ciências humanas, governabilidades, voluntariado, entre outros segmentos de atuação.
            No final do século XX e neste inicio do século XXI o nome do advogado, historiador e acadêmico Reginaldo Miranda se impõe e se afirma como principal sucessor de todos os demais historiadores que cumpriram a difícil tarefa de registrar fatos e episódios da vida de personalidades notáveis, cujas histórias precisam ser preservadas.
            Ingressando bem jovem na Academia Piauiense de Letras e assumindo pouco tempo depois a Presidência da entidade, Reginaldo Miranda, fortaleceu suas convicções, percebeu o elevado nível de responsabilidade da exposição de ideias e pensamentos e esmerou-se na percuciente investigação de fatos e episódios da história em versões não inteiramente esclarecidas.
            Cuidadoso, meticuloso e responsável, Reginaldo Miranda procura a verdade na origem, vasculha bibliotecas e arquivos, mergulha nos porões dos museus historiográficos de Coimbra e Lisboa, de onde retira valiosas informações.
            Este primeiro tomo de VULTOS DA HISTÓRIA DO PIAUÍ consagra a Colônia, e incorpora figuras centrais desse espólio, como o Ouvidor Moraes Durão, a organização social e política do ciclo colonial, os conflitos, a documentação definidora do território, de sesmarias, o processo de ocupação e o jogo de interesse no coração do Poder.
            A influência de Félix do Rêgo fecha o ciclo de poder, incluindo nessa restauração histórica, a exposição de fatos demolidores e a luta cruenta pelo domínio territorial, com o massacre de nações e aldeias, o aldeamento e a resistência dos habitantes da terra devassada.
            Não tenho dúvidas em afirmar que Reginaldo Miranda é o grande historiador piauiense do século XXI.

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