Juiz Auxiliar da Presidência
lançará livro no dia 18 de novembro
Com o título “Jurisdição
Constitucional: Diálogos Institucionais como Terceira Via entre o Ativismo e a
Autocontenção Judicial”, o Juiz Auxiliar da Presidência do TJPI, Antonio
Oliveira, lançará livro no auditório do Tribunal de Justiça no próximo dia 18 de
novembro.
A obra, na sua essência, reproduz
sua dissertação de mestrado, defendida no ano de 2015, em Lisboa, Portugal.
Nela o autor presta contribuição à magistratura e ao meio acadêmico, tendo em
vista que aborda, entre outros, temas que continuamente se encontram em
delicada tensão, tais como constitucionalismo versus democracia, Poder
Judiciário versus Poder Legislativo, supremacia Judicial versus supremacia
Parlamentar, além de ativismo judicial versus autocontenção judicial.
O evento contará com a presença
do Presidente do TJPI, Desembargador Erivan Lopes – responsável pela
apresentação do livro -, além de Desembargadores, Magistrados, Servidores do
TJPI, Membros do Ministério Público, Advogados, Professores, alunos, amigos e
familiares do autor, além de convidados diversos.
Confira trechos da apresentação do
livro:
“O leitor, doravante, tem à sua
disposição uma das mais instigantes e arrojadas obra de Direito Constitucional
contemporâneo. O livro de Antonio Oliveira é fruto de adaptações pontuais da
sua dissertação de mestrado, defendida no dia 11 de setembro de 2015, junto à
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), em Portugal, perante a
seleta banca composta pelos Professores Doutores Marcelo Rebelo de Sousa
(Presidente da banca e atual Presidente da República Portuguesa), Luís Pedro
Pereira Coutinho (orientador), Alexandre Sousa Pinheiro (arguente) e Alexandra
Leitão (vogal), que lhe atribuíram a festejada e merecida nota máxima!
Antonio Oliveira, em seu
“Jurisdição Constitucional: diálogos institucionais como terceira via entre o
ativismo e autocontenção judicial”, não submete o leitor a uma narrativa
enfadonha acerca do papel assumido pelas diversas Cortes Constitucionais mundo
afora, tampouco se restringe a conceituar e descrever os famigerados fenômenos
da judicialização e do ativismo judicial.
Cuida-se, na realidade, de ousada
obra pautada numa densa e refinada pesquisa científica, na qual o autor,
lastreado em diferentes teóricos nacionais e estrangeiros, apresenta reflexões
críticas sobre o ativismo e a autocontenção judicial, associando esses
fenômenos aos modelos de supremacia judicial e supremacia parlamentar,
respectivamente.
[...]
Pautado num estilo de escrita
suave e de marcante tessitura lógica, Antonio Oliveira consegue abordar com
muita clareza o atual comportamento dos Poderes Constituídos no Brasil quanto
às suas funções constitucionais – nomeadamente em relação à interpretação
constitucional -, demonstrando que o descrédito da população perante os Poderes
Políticos tem “legitimado” o Poder Judiciário a preencher os “vácuos” deixados
pelos atores políticos, sobretudo o Poder Legislativo. Lado outro, alerta para
o perigo de uma instância hegemônica, reivindicadora da pretensa última palavra
na interpretação da Constituição, despertando reflexão sobre a adoção de
mecanismos que possibilitem o diálogo institucional na construção do melhor
sentido e interpretação dos direitos.
As argumentações do Autor,
conquanto bastante balizadas no meio acadêmico, não se esgotam unicamente na
ótica doutrinária, haja vista que se espraiam por diversos precedentes de
distintos Tribunais do país, destacadamente, polêmicos julgados do Supremo
Tribunal Federal (STF), que, chamado a se manifestar acerca de uma miríade de
demandas, não apenas se contenta em decidir, mas reivindica abertamente o
status de último intérprete da Constituição.
[...]
Fica evidente, pelas pistas até
aqui deixadas, que o livro do Professor e Magistrado Antonio Oliveira
transcende a ciência do Direito Constitucional, porquanto seu conteúdo transita
facilmente entre o Direito, a Ciência Política e a Filosofia. Conquanto
elaborada em apurado âmbito acadêmico, sua obra não fica adstrita a alunos de
pós-graduação e graduação, servindo de preciosa fonte de consulta para profissionais
de distintas áreas – jurídica ou não -, ávidos por conhecer e entender assunto
tão caro e relevante em tempo coetâneo, mas que escapam das lentes míopes e
tradicionais que não vislumbram a expansão global do Poder Judiciário e seus
desdobramentos numa sociedade pluralista como a brasileira.
[...]
O Autor é Juiz de Direito no
Estado do Piauí – atualmente Juiz Auxiliar da Presidência do TJPI -, onde
exerce com escorreita vocação seu mister. Ao lado da judicatura, exerce com
elevado entusiasmo e paixão o magistério, no qual se notabiliza na área do
Direito Público, designadamente o Direito Constitucional, Direito Processual
Penal e Direito Penal, tendo vasta contribuição na pós-graduação lato sensu da
Escola Superior da Magistratura do Estado do Piauí (ESMEPI), nos cursos
institucionais promovidos pela Escola Judiciária do Piauí (EJUD), além de
experiências exitosas na graduação e em cursinhos da área jurídica, sendo
reconhecido por seus alunos como docente que alinha com destreza conteúdo,
didática e humildade.”
Fonte: ASCOM - TJPI
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