Histórias de Évora: uma ficção do erotismo, amor e saudade
O mistério das letras tem isso de atraente: torna-se mais espesso à
medida que se tenta dissipá-lo.
Tzvetan Todorov, As
estruturas narrativas.
Cunha e Silva Filho
PRELIMINARES.
Mais conhecido como um respeitado poeta no seu Estado, o piauiense Elmar Carvalho não poderia
se considerado um estreante no gênero da prosa de ficção.
Há tempos tem
escrito pequenos textos que se poderiam chamar de
contos, narrativas regionais que misturam “realidade’ ficcional e imaginário popular e folclórico, adentrando-se até, em grau menor, em textos de cunho fantástico ou mágico que contribuem para
um pitoresco painel dos costumes, hábitos
da paisagem interiorana piauiense,
de cidades do interior de seu
estado natal. Lendo muitas deles, não me furto a fazer uma analogia com alguns textos narrativos de
viés sobrenatural com algumas narrativas do
escritor Bernardo Guimarães (1825-1884). Penso aqui no seu conto
modelar que é “A dança dos
ossos.” Extraído do livro Lendas e romances (1871).
Elmar Carvalho é
um autor
que há muito tempo venho lendo não só
analisando-lhe a poesia que, -
ninguém pode negar – é de ótima qualidade,
tendo mesmo sido agraciado, pelo
seu livro Rosa dos ventos Gerais (poesia reunida, 20002) com o importante prêmio “Ribeiro Couto” da União Brasileira de
Escritores (UBE). Ademais, Elmar incursionou
elegantemente pelo memorialismo e
por algumas pesquisas de natureza
histórica, pelo ensaio da pesquisa histórica, pela crítica literária,
pela crônica.
Diria, em
síntese, que o conjunto de textos em prosa que, até hoje, produziu já lhe garante um lugar definitivo
entre os escritores mais prestigiados da literatura piauiense contemporânea.
Agora, Elmar Carvalho nos surpreende mais uma vez com uma novidade: a escrita de
um romance, Histórias de Évora.O autor a classificou como
romance; eu, porém a definiria
como novela, pois se ressente de um
componente forte no romance: a simultaneidade dramática.”[1]
Deixo
explícito, no entanto, que, nesta análise de alguns ângulos da linguagem e da sua estrutura ficcional, levarei em conta a sua íntima aproximação
com o gênero do romance e até o tratarei
com tal, sobretudo tendo em vista o cunho ensaístico desta
introdução, o que equivale a
dizer, que meu julgamento ou minhas
concepções não são dogmáticas nem
definitivas em terreno tão controvertido
quanto a classificação de gêneros
nos dias de hoje.
Tampouco divergi
dele porque seja uma obra não muito extensa, mas por um romance ser uma narrativa que propicia uma visão
totalizadora, da existência, da qual se poderia depreender melhor a cosmovisão do narrador sobre o mundo e seus
problemas mais diversificados e complexos.
A novela, não.
Tendo elementos praticamente semelhantes do romance, seu alcance narrativo é
menor no tratamento destinado à trama, ao enredo, às personagens. A novela não
seria um romance em ponto pequeno, mas seria um “romance incompleto,”
suscetível de se prolongar indefinidamente em nosso episódios.
Por outro
lado, esse espaço de introdução da obra
em exame não objetiva levar-me a uma
discussão teórica, genológica, mas apontar vias seguidas por Elmar nesta corajosa
empreitada de se desincumbir bem no
seu projeto de escrever ficção e estrear como romancista em
Histórias de Évora.
Preferindo seguir
a linha de uma ficção de
corte mais tradicional, até na
linguagem, com ressonâncias de
autores portugueses ou brasileiros do século XIX, mas ao mesmo tempo incorporando ao seu texto
contribuições da narrativa
contemporânea, segundo veremos mais
adiante, Elmar Carvalho logrou êxito
nessa combinação do antigo
com o novo, o que, de certa
maneira, sem forçar, se poderia
aduzir que na obra em questão
existem traços distintivos
inegáveis de pós-modernidade.
Tal estratégia do
autor o salva da pecha de uma
narrativa em modos envelhecidos ou
anacrônicos. O próprio autor, nas “Advertências” de abertura da obra, de certa maneira criteriosamente antecipa alguns pontos comuns entre o que ele pensa e o que
eu penso acerca da construção de seu
romance no que tange a algumas
estratégicas e técnicas
narrativas por ele usadas. Desta forma,
chama a atenção do leitor para sua opção pelo não utilização, na
arquitetura de sua obra, do experimentalismo ou
vanguardismo: “Deixo logo bem claro que não desejei fazer uma obra de
vanguarda. Quis apenas contar histórias, pois sempre entendi que um romance ou
conto deve narrar algo.” (grifos meus).
A QUESTÃO DO NARRADOR. Existem dois narradores nas Histórias
de Évora. O narrador 1 e o narrador 2.
O narrador 1 relata as
exuberantes e ousadas
experiências erótico-amorosas de
Marcos Azevedo, protagonista do
romance, desde a sua iniciação
sexual com a famosa madame
Doralice, até o final feliz do romance,
à moda romântica, já casado com a auditora fiscal, Lívia Maria.
O narrador 2,
que é interno, quer dizer, inserido numa
narrativa primeira, é um
narrador-personagem, só que, agora, na condição de escritor. Este, a partir do capitulo XI, será incumbido de narrar
textos extraídos de suas obras na
fase adulta e madura. São as obras
Histórias de Évora, Mitologia de Évora e Memórias. Pelo que se viu, o narrador I, de terceira pessoa, emprega
o recurso digressivo e
metaficcional, ou seja, a quebra do ilusionismo
realista do chamado romance
burguês do século XIX ao mostrar que o leitor está diante de uma história inventada, de
“criatura de papel” no dizer de Roland Barthes e, por conseguinte, não
referencial, não empírica.Na
realidade, esse recurso metaficcional ou metalinguístico, desponta mais de uma vez na narrativa tanto sob o domínio do narrador
1 quanto do narrador 2. Daí advertir o leitor de que os relatos de Marcos Azevedo virão (...) em itálicos e
entre aspas”(.... ) Importa acentuar que
relatando, com minúcias, os saudosos
grandes momentos de seu passado, os seu relatos tornam-se, por assim
dizer, tanto ficcionais quanto fragmentos de memórias do
escritor. E mais: a função narratológica
do narrador 2 tem um caráter de complementaridade no conjunto do enredo
do narrador 1.
Além
disso, enquanto narrador 2, Marcos Azevedo se distancia um pouco
do que conta, tornando, assim, sua narrativa mais objetiva e mais interessada em outras realidades não
descritas nem expostas e nem
discutidas pelo narrador em terceira
pessoa, o que, para a engenharia do romance, evita descambar para uma tautologia. No
conjunto geral do romance, essa segunda narrativa (narrador 2) em
alguns capítulos, conseguem chegar a
competir, em qualidade literária, com a
narrativa primeira (narrador 1).
A condição de
Marcos ser um escritor não deixa, dessa asneira,de funcionar como um recurso
metanarrativo ou metaficcional, de vez
que os textos dele, inseridos no texto maior (narrador 1), tendo como narrador
central na primeira pessoa, segundo já frisei, são, em grande parte, narrativos
memorialísticas de Marcos Azevedo.
Portanto, os dois planos narrativos
dialogam entre si posto que
indiretamente, i.e., sem fazer explícita menção à narrativa primeira.
Não há paira
dúvida de que, nos dois planos narrativos, tem-se um alter ego do autor ( e
isso é muito frequente em alguns autores), sobretudo evidente para quem, como eu, conhece a produção literária do autor e, além
disso, mantém com ele laços de amizade. Entretanto, em literatura, a realidade, esse mundo referencial,
sofre deformação ao se transmudar
em obra de arte, ou seja, vira a mímesis da concepção aristotélica e não
há senão que aceitar essa metamorfose, com toda a sua
“astúcia” na criação literária.
Cumpre
assinalar mais um recurso narratológico
de Histórias de Évora de cunho
metaficcional. Refiro-me a exemplos, ao longo do romance, considerados
os dois mencionados narradores
principais, de um deles estar reportando
alguma história ou causo, fato ou acontecimento
pitoresco ouvidos ou de que tenha
tido conhecimento pela boca de terceiros, ao invés de delegarem a
palavra a estes, preferem resumir o narrado
e manter as rédeas da narração.
Ora, em exemplos como este se poderia bem falar aqui de recurso que mantém alguma semelhança do mise
en abime, [2] notadamente quando, no mesmo
capítulo se encaixam outras histórias, outras narrativas ou fragmentos
autônomos de narrativas.
Num exemplo
último, no romance pude observar
que, em alguns capítulos, se poderia
identificar traços de
polifonia ou dialogismo, sobretudo quando a narrativa se presta a introduzir duas ou mas versões ou depoimentos visando à
elucidação ou não de um relato
misterioso ou fantástico. São exemplares as histórias “A terra encantada (1)”
(capítulo XXII) e a sua conclusão, no capítulo XXII., e “O lendário Zé Lolô”
(capítulo XVIII).
Vê-se que a
composição do romance de Elmar só
aparentemente é simples. Ao
contrário, ele exige redobrada atenção do leitor especializado no que se refere ao inventivo
modo de elaboração formal
do romance.
Superada essa
dificuldade de natureza teórica, o romance Histórias de Évora vai, sem
dúvida, agradar o leitor, seja o leitor
comum, mais despertado pela sequência das aventuras erótico-amorosas do
protagonista Marcos Azevedo, seja o leitor mais exigente por outras
dimensões e leituras sugeridas pela
obra.
Sabe por quê?
Porque há na obra um chamariz contagiante da ordem do escatológico: o lado
erótico, a sensualidade, de resto, não exagerados, não resvalando para uma
baixa voltagem neo-naturalista, mas não deixando de aguçar a curiosidade e o espanto do receptor diante de algumas cenas do coito. Comparado a outros romances que
tematizam esta dimensão escatológica, por exemplo, com o romance Pilatos (1973), de Carlos Heitor
Cony, a ficção de Elmar é quase
virtuosa. Elmar tem, na representação de cenas de sexo, uma habilidade narrativa especial e é
criativo nesse ponto.
ROMANCE DE FORMAÇÃO. Histórias de Évoras, por suas característica
estruturais, é mais um romance de formação
a ser acrescido a esta
linhagem de ficção na literatura brasileira que já conta com O Ateneu (1888),
de Raul Pompeia, Amar, verbo intransitivo (1927), de Mário de Andrade, os
romances ‘ciclo do açúcar’ (1933-1937), de José Lins do Rego, Mundo dos mortos
(1937), de Otávio de Faria, e, na
literatura portuguesa, Fanga (1942), de Alves Redol, Manhã submersa (1955), de
Vergílio Ferreira e o ciclo de A velha Casa (1945-1966), de José Régio.[3]
Na literatura de
outras línguas, sobretudo no alemão,
onde mais se cultivou, temos o Agathon
(1766), de Wieland, e o celebérrimo Wilhelm Meister, que (1795-1796), de
Goethe. Na esteira da tradição em alemão,
podem-se citar autores que cultivaram esse tipo de romance, chamado de
Bildungsroman, igualmente denominado
künstleroman, como Tieck, Novalis,
Jean-Paul, Eichendorf, Keller, Stifter, Raabe, Herman Hesse. Na língua inglês
citar-se-iam Charlotte Brontë, Charles Dickens, Samuel Butler, Somerset Maugham[4],
James Joyce, este último com o
famoso Portrait of the artist as a young man (1916). Na
França, Romand Rolland.[5]
O enredo dessa
obra relata a formação de Marcos Azevedo , desde a infância em
Évora, um topônimo com ressonâncias de Portugal, de Eça de Queirós (não é
gratuito o título do capítulo XXXI: “O
crime do Padre Amaro, romance realista de Eça
com título homônimo)
passando pela adolescência, mocidade e maturidade e abordando sua iniciação sexual,
educação escolar e intelectual, sua orientação familiar,
suas amizades, seus hábitos e preferências, sua vida agitada e tórrida vida amorosa na adolescência e mocidade, suas
alegrias, frêmitos e frustrações, seus relacionamento sociais, seu amigos mais íntimos, seus
familiares, sua atividade
profissional e, no caso
dele, sua atividade de escritor.
Por fim, o seu reencontro proustiano pela memória
voluntária com seus correspondentes
lugares nos quais fez o seu aprendizado sexual e – por que não? – amoroso,
espaço irremovível da suas mil
lembranças de situações vividas, sonhadas, de fatos pitorescos,
decepcionantes, constrangedores,
humorísticos, melodramáticos e tragicômicos.
Lugares da sua
velha e afetivamente distante Évora, uma
cidade modificada, agora, diante dos seus olhos
saudosistas, românticos, sentimentais, segundo se constata com o
capítulo final da obra. Ali se narra e se descreve tanto quanto se medita o
tema do ubi sunt naquela atitude de flâneur deambulando pelos antigos, decadentes e amados lugares e tempos da juventude. Uma
Évora modificada no seu antigo traçado
urbanístico com novos prédios, que substituíram algumas antigas moradias
levadas pelo progresso e pela ganância
dos homens. Esse monólogo
silencioso e elegíaco de Marcos
para sempre o acompanhará até os seus últimos dias.
OUTRAS QUESTÕES DO
ROMANCE. Histórias de Évora, no que se propôs o autor, se desenvolve
com uma simplicidade de linguagem, correção, um leve sabor clássico e
arcaizante de vocábulos, moderação
no plano poético (traço corrente no conto, novela e no romance)
desenvoltura nas descrições e
trechos dissertativos do espaço
literário, conhecimento da natureza, atilado
poder de observação dos costumes e hábitos do interior, da sua cultura,
da sua história, dos seus habitantes e
da vida social estratificada.
O núcleo fulcral da história - não custa enfatizar –
a vivência e as vicissitudes de um adolescente e seus arroubos amorosos
assim como sua fase da mocidade e do início da velhice em cidade do interior
piauiense entre os anos 1970 e finais de 1980. O ficcionista domina toda essa
ferramenta que se faz necessária
à articulação na escrita
Todavia, a sua capacidade narrativa não termina aí
e, sob a superfície da enunciação/enunciado, o texto
literário sinaliza para muitos artifícios
retóricos que só elevam a sua
qualidade textual.
Quero significar
aqui a riqueza de diferentes recursos
intertextuais, na obra, tais como
as inúmeras alusões a autores e poeta
de épocas diferentes, às citações de música popular, de obras de cordel, de filmes, da
época da história narrada, assim como as autorreferencias de versos
do próprio autor, as nomeações de
figuras importantes da vida cultural e
literária do Piauí ou fora dele (traços
de roman à clef ), como a referência ao
próprio nome do autor no corpo da narrativa.
Ora tais riquezas
alusivas, paródicas, tornam o texto, em nível de leitura mais
profunda uma narrativa de amplo
espectro e alta taxa informativa.O narrador 1 não
somente remete a objetos de uso
pessoal, usos de comunicação do tempo
da narrativa, mas inclui também
os meios de comunicação da
atualidade, como a internet, os CDs,
e outras formas de comunicação da
sociedade de massa.
Desta forma, a vida social
daqueles jovens das décadas de 70 e 80 do século passado é reconstruída
com rara acuidade : os lupanares, a
prostituição, sobretudo no ápice do desabrochar da adolescência.
A vida das
madames de cabarés, na “Zona Planetária,”
um dos redutos de prostituição, tão bem visitada pela poesia de Elmar Carvalho, as carraspanas de jovens e velhos, as brigas
por ciúmes, as traições
conjugais, as tragédias amorosas, os subtérreos da sexualidade, os desencantos amorosos,
o romantismo da época, tudo isso
é pintado com fortes cores e com
fidelidade e verossimilhança nas descrições dos ambientes internos e
externos das diferentes situações da realidade
local, da sociedade alta com seu
ricaços, seus coronéis, seu apego
ao dinheiro, suas hipocrisias e seus
preconceitos, recriadas com muito vigor.
A passagem entre
o período da riqueza extrativista da carnaúba e sua decadência é outro
ponto alto no romance muito
bem narrada no capítulo XXXVI, de título “E assim se
passaram os anos.”
Por outro
lado, em
questões ideológicas na fase do final da adolescência, da mocidade e
maturidade, não há sequer nenhuma indicação na narrativa à fase
aguda da ditadura militar no país. Levando em conta que o personagem é
um escritor, pessoa de visão, culta, sensível,
bem informada, que produz artigos
em jornais locais e, vivendo intensamente
o seu tempo, em tal contexto histórico-social-cultural, seria quase
inescapável alguma referência,
posto que velada, aos anos duros do regime discricionário. É bem verdade que
há dois parágrafos (o terceiro e o quarto)
no romance, capítulo XVI, de título
“Gracinha”, nos quais o narrador
alude ao jornal O Liberal, fundado
por ele e pelos amigos Fabrício, Mário Cunha, Cazuza, e outros companheiros. Contudo, seria um
periódico apartidário, mas não dispensando críticas aos governos federal, estadual e
municipal.
No meio de tantos
ângulos de visão propiciados por essa
narrativa múltipla, o que me encantou
como leitor foram os incidentes por que passaram Marcos e seus companheiros de juventude,
ressaltando-se o Fabrício, o Milton Ferreira, o Cláudio Bastos, o
Cazuza, entre outros. E, para concluir essa já prolongada introdução,
ficarão também na minha
memória de leitor aquelas mulheres da
vida, desde as mais requintadas até as mais
desprezadas.
Do ponto de
vista de organização dos capítulos,
julgo que o “Anexo” inserido após o epílogo, com pequenos fragmentos de
um outro livro de Marcos Azevedo, de
título Outras histórias de Évora, escrito aos 62 anos, melhor destino teria se
fosse inserido como mais um capítulo da
obra, circunstância que levaria o ficcionista a mudanças na ordem dos capítulos. As explicações que o narrador
em terceira pessoa fornece ao leitor evidenciam
seu viés metalinguístico. Os
mencionados fragmentos descrevem a
fisionomia, os traços físicos e
psicológicos desse conjunto de tipos
populares de Évora, alguns engraçados,
alguns excêntricos, outros dignos de piedade, alguns patéticos, patéticos,
desse tipos de seres, que, por
seus defeitos ou até qualidades, passam
a fazer parte da memória urbana e do seu anedotário. A caracterização desses tipos populares já tinha sido empregada por Elmar na sua poesia. Reporto-me à seção “PoeMitos de
Parnaíba,” uma seção da quarta parte do livro linhas atrás citado, Rosa dos ventos gerais.
Outras
ponderações teóricas e formas de
leitura deixarei para analistas e
intérpretes de literatura. Para
os leitores não especializados, convido-os ao prazer da leitura
simplesmente. Porém, a uns e a outros direi que a maior atração na leitura
dessa obra foram as aventuras amorosas do Marcos Azevedo
e seus desdobramentos felizes ou fracassados.
O amor nem sempre é completo na vida tanto quanto na arte literária. Com as
Histórias de Évora, o Piauí ganha mais um
romancista. Que esta obra
encontre muitos leitores.
NOTAS
[1] MOISÉS, Massaud. A criação literária – poesia e prosa..
Edição revista e atualizada. São Paulo: Cultrix, 2012. Ver capítulo X: A Novela
(p.334-380; Ver também capítulo XI: O
Romance, p. 381-547.
[2] MARTIN, Gray.
Dictionary of literary terms. 2nd edition, third impression, 1994,p.181.
[3] MOISÉS, Massaud., op. cit. Ver verbete “Bildungsroman”,
p. 63.
[4] _______________. Op. cit., p.63
[5] GRAY, Martin. Op. cit., p. Ver verbete “Bildungsroman,”
p. 43.
Bibliografia consultada:
1. AGUIAR E SILVA,
Vítor Manuel de. Teoria da
literatura, 8 ed. Coimbra: Livraria
Almedina, 2011.
2.BOURNEUF, Roland e QUELLET, Real. O universo do romance.
Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Livraria Almedina, 1976.
3.BRASIL, Assis. Vocabulário técnico de literatura. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1979.
4.CHALUB, Samira. A metalinguagem. São Paulo: Editora Ática,
1986
5. KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra
literária. – Introdução à Ciência da Literatura. Coimbra: Armênio Amado
Editora, 1985.
6.PAES, José Paulo e MOISÉS, Massaud. Pequeno dicionário da
literatura brasileira. (Org.) . São Paulo: Cultrix, 1980.
7.REIS, Carlos. O conhecimento da literatura – introdução aos
estudos literários. 2. ed. Coimbra: Livraria Almedina, 1999.
8.____________.M. LOPES, Ana Cristina Dicionário de teoria da
narrativa. São Paulo: Editora Ática,
1998
9.SCHÜLLER, Donald. Teoria do romance. São Paulo: Editora
Ática, 1989.
10.TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. Trad. de Leyla
Perrone-Moisés. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.
Nenhum comentário:
Postar um comentário