Renato Castelo Branco e a renovação de
literatura piauiense. Esse foi o tema desenvolvido em conferência pelo escritor
e professor Dílson Lages Monteiro durante a I Feira do Livro do TRE-PI,
ocorrida na primeira quinzena de dezembro, em Teresina. Renato é um dos
primeiros a renovar a prosa de ficção na literatura piauiense com o livro
Teodoro Bicanca, que foi alvo de detida análise na fala do professor Dílson
Lages.
Para o conferencista, embora o
regionalismo tenha dado sinais de vigor com João Pinheiro, Dr. C. de Moura
Baptista (Capueiros do Piauí, 1939) e Permínio Asfora (Sapé, 1940), é com
Renato que o ideário regionalista tanto do ponto de vista formal quanto
temático se materializa. "Encontraremos, em Teodoro Bicanca, um forte
grito contra a injustiça social da Parnaíba das primeiras décadas do século XX,
com a incoorporação das ideias socialistas muito presentes em autores como
Graciliano Ramos e Jorge Amado, por exemplo. Encontraremos nessa obra um autor
em sintonia com a literatura que é produzida a seu tempo no Brasil, embora
tenha mudado o viés de seus romances em seguida, produzindo uma literatura de
romances históricos que narram a história do poder no Piaui", diz o
professor Dílson Lages Monteiro.
A conferência do autor é parte de
livro que o escritor escreve atualmente e em breve será publicado em Entretextos.
Fonte do texto e da foto: Portal Entretextos
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