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O lago
Isabel Vilhena (1896 – 1988)
Na superfície azul das águas
transparentes
Sereno e calmo vive o lago a
refletir
A grandeza do Céu, os astros
reluzentes
E a renda do arvoredo ameno a
refletir.
E quem o vê assim na placidez
dormente,
Sem um murmúrio vago ou leve
proferir,
Nessa aparência mansa e doce de
um demente,
Terá brasão demais, de certo, em
se iludir!
Revolvei o seu leito! E o tendes
já turvado,
Desfeito, emaranhado a renda do
arvoredo,
E o calmo adormecer em vagas
transformado!
Como o lago também há corações! E
quantos!
De aparência feliz, guardando com
segredo,
Na placidez de um riso um
vendaval de prantos!
Fonte: Antologia dos Poetas
Piauienses, de Wilson Carvalho Gonçalves
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