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Foto antiga de Campo Maior. Fonte: blogue Bitorocara/Google |
Barão de Campo Maior: uma vida e muitas lutas *
Reginaldo Miranda
Da Academia Piauiense de Letras
Em 25 de março de 1839, no sítio Alagoa da Mata, então
situado no Município de Campo Maior, depois de José de Freitas, nascia Augusto
da Cunha Castelo Branco, futuro Barão de Campo Maior. Era o primogênito de uma
série de oito filhos do comendador Francisco da Cunha Castelo Branco, abastado
fazendeiro e líder do Partido Conservador, agraciado com a ordem de Cristo, e
de D. Raimunda Joaquina da Conceição Castelo Branco, todos oriundos de velhas
estirpes do centro-norte do Piauí.
Estudou as primeiras letras na casa paterna, com mestres
convidados, conforme o costume da época, prosseguindo depois em São Luís do
Maranhão, onde cursou preparatórios. Com vocação para a carreira jurídica,
seguiu para Recife, a fim de matricular-se na Faculdade de Direito em busca do
bacharelato. Porém, não pôde prosseguir nos estudos porque mal completara
dezenove anos de idade, recebeu a infausta notícia da morte do genitor. E, na
qualidade de primogênito, teve de retornar à casa paterna, a fim de consolar a
desventurada mãe, ajudá-la no encaminhamento dos sete irmãos menores e assumir
a administração dos bens deixados pelo genitor. Então, a obrigação falou mais
alto, tornando insustentável qualquer possibilidade de permanecer no Recife.
Em 1858, está de volta à fazenda, onde, sem perda de tempo,
para compensar as dores e frustrações advindas do infausto acontecimento
lança-se de corpo e alma ao trabalho. De espírito empreendedor e inteligência
invulgar, não demora a aumentar o rebanho e ampliar as fazendas, construindo
considerável fortuna (Pacotilha, 12.9.1883; Diário do Maranhão, 13.9.1883,
10.6.1887 e 9.1.1889).
Também, ingressa na Guarda Nacional, adquirindo a patente de
capitão, depois passando a tenente-coronel e, por fim, coronel.
De família tradicionalmente política, desde cedo seguiu os
passos do saudoso pai filiando-se nas fileiras do Partido Conservador, a fim de
continuar seu trabalho na região. E para defender sua agremiação política não
media esforços, empregando os recursos necessários.
Por essa legenda, foi eleito deputado provincial para as
legislaturas iniciadas em 1862 e 1872, noutras tantas apoiando parentes e
correligionários.
Segundo Relatório da Repartição dos Negócios do Império
(1832 -1888), o então tenente-coronel Augusto da Cunha Castelo Branco, ofereceu
ao governo imperial uma casa de sua propriedade, na Praça Saraiva, capital da
província, para ali estabelecer-se um pequeno seminário ou instituto de
humanidades, destinado a alunos internos e externos para estudarem os
preparatórios, ainda que não desejassem seguir a vida eclesiástica; ou então,
em segunda hipótese, caso não se fundasse o seminário, poderia ser estabelecido o Liceu Provincial,
que ainda não tinha edifício próprio. Foi então a dita casa colocada à disposição
do governo da província, a fim de dar-lhe o destino conveniente, tendo em vista
que o oferecimento fora feito no sentido de auxiliar a instrução secundária.
Em 16 de janeiro de 1875, foi agraciado com o título
nobiliárquico de Barão de Campo Maior, tendo em vista os relevantes serviços
prestados à instrução pública.
Por esse tempo, Augusto da Cunha Castelo Branco tinha
grandes plantações de cana e algodão, cujos preços desse último gênero caíram
bastante. Por essa razão, inicia plantações de café, sendo pioneiro dessa
lavoura no Piauí. Segundo o noticiário da época, “a par de sua lavoura de cana,
cultiva 6.000 pés de café, com pretensão de duplicá-los anualmente” (Diário do
Rio de Janeiro, 16.10.1875).
Na mesma época, no plano político foi indicado para o cargo
de 3.º vice-presidente da província, assumindo de fato a presidência no período
de 21 de novembro de 1877 a 9 de janeiro de 1878, por pouco mais de um mês e
meio.
Esse curto período em que governou o Piauí coincidiu com a
terrível seca de 1877, em que morreram as pastagens e seu imenso rebanho foi
dizimado. Por outro lado, a cisão do Partido e as constantes despesas para
manter o seu grupo político agravaram a sua situação financeira, levando-o a
enfrentar dificuldades para manter a família numerosa, constituída
aparentemente por 23 filhos.
Sobre esse assunto assim esclarece Monsenhor Chaves:
“Depois da seca de 1877, o Partido Conservador cindiu-se em
dois. De um lado ficaram figuras exponenciais, como Coelho Rodrigues, Simplício
de Sousa Mendes, Odorico de Sousa e outros, defendendo intransigentemente a
ortodoxia partidária, sem abertura para as liberalidades que se faziam sentir
em seu seio. Do outro lado ficaram o cônego Tomás de Morais Rego, o coronel
Augusto da Cunha e outros, que aceitavam as ‘ligas’ e certo modus vivendi com
os liberais. No Piauí a luta entre os dois grupos, os Padeiros e os Batinas,
foi feroz e sem quartel. O Barão de Campo Maior jogou-se inteiramente nela e
como era o que possuía mais fortuna foi o que arcou com a responsabilidade
financeira do entrevero, acabando por arruinar-se completamente” (CHAVES, Mons.
Joaquim. Obras Completas. Teresina: FMCC, 2013. P. 532).
Então, abandonou a política partidária e retornou com garra
e determinação à administração de seus negócios particulares. Entregando a
fazenda Lagoa da Mata ao filho Rodrigo, estabeleceu-se na fazenda Boqueirão, no
município de Livramento, hoje José de Freitas, onde à frente de escravos,
iniciou o árduo trabalho de plantar pastagens e legumes, assim como recuperar o
rebanho. Todavia, com a abolição da escravatura e consequente perda de seus
escravos, novo baque veio abater-lhe as forças, inviabilizando essa iniciativa.
Porém, era um espírito inquebrantável nunca se curvando às
adversidades. Buscando implementar nova iniciativa, contrata alguns empregados
e interna-se em matas do Maranhão, em busca de seringais para explorar a
borracha, então muito valorizada. Embora tenha conseguido algum êxito inicial,
paralisa as atividades por falta de capital, sem resultado prático. Sobre esse
assunto, assim noticiou o jornalDiário do Maranhão:
“Exploração – No dia 15 passou nesta cidade o Sr. Barão de
Campo Maior, acompanhado de 26 homens com destino a Pinheiro, onde vão explorar
os seringais. Também têm seguido muitas pessoas d’esta cidade como mesmo fim”
(Diário do Maranhão, 27.12.1887).
A essa altura da existência, com a fortuna arruinada, mas a
responsabilidade com numerosa família, inclusive 10 filhas inuptas, o Barão de
Campo Maior não tinha tempo para esmorecer nem para lamentar. É quando seu
parente Fileto Pires Ferreira, assume o governo do Amazonas em 23 de julho de
1896. Escreve-lhe o barão, contando sua situação e dizendo que não queria
emprego público, apenas uma oportunidade de trabalho. Assim entendido e sem
perda de tempo viaja para Manaus, onde monta uma pequena indústria cerâmica às
margens do rio Negro. Porém, o afastamento de seu parente do governo em agosto
de 1898, coincidiu com um surto de impaludismo e beribéri que o atacou,
tirando-lhe, assim, qualquer perspectiva de ali continuar, razão pela qual
abandonou a pequena empresa com as poucas economias aplicadas.
De regresso para casa, onde desejava tratar seus males em
meio aos familiares, desembarca em São Luís do Maranhão já muito doente.
Encaminhado para uma enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, vem a óbito em
28 de novembro de 1898. Segundo Monsenhor Chaves, seu óbito deu-se “sem a
presença de um parente, de um amigo, sequer um conhecido que lhe assistisse os
últimos instantes. Foi inhumado como um desconhecido no cemitério público da
capital maranhense”, no entanto “por sua movimentação política a serviço da
comunidade, por sua tenacidade no trabalho e por sua grandeza moral no
infortúnio, merece a nossa consideração”(CHAVES, op. cit. P. 533).
Apesar dessa informação do notável historiador que nos
antecedeu, as notícias da imprensa maranhense contrariam esses fatos, de que
tenha morrido como um desconhecido e sem a presença de amigos. Augusto da Cunha
Castelo Branco, Barão de Campo Maior era uma figura muito conhecida na capital
maranhense, onde estudara na mocidade e, posteriormente, estivera por inúmeras
vezes, no trato de seus negócios. Ali vendera muitas boiadas e gêneros
alimentícios aos grandes comerciantes do lugar, onde mantivera boas relações
comerciais. São inúmeras as notas de sua presença ali veiculadas nas colunas
sociais da imprensa local. Assim, mesmo nesse momento de infortúnio jamais
passaria por um desconhecido. De fato, assim noticiou o jornal Diário do
Maranhão:
“Nesta capital faleceu o Barão de Campo Maior (Augusto da
Cunha Castelo Branco), natural do Piauhy, onde foi fazendeiro.
‘Havia chegado ultimamente do norte, por estar com a sua
saúde alterada.
‘Será agora à tarde o enterro sahindo da caza à rua do
Trapiche, onde estava hospedado.
‘Foi encarregado dos funeraes a caza de armador C. Banco”
(Diário do Maranhão, 28.11.1898)
No jornal Pacotilha, consta o seguinte anúncio divulgado por
seu filho primogênito:
“Missa - Barão de
Campo Maior – Rodrigo da Cunha C. Branco, manda no dia 5 do corrente, sufragar
na Igreja do Carmo a alma do seu pae e amigo Barão de Campo Maior, falecido
n’esta capital no dia 28 do mez findo, e para esse acto solemne convida os seus
conterrâneos” (Pacotilha, 3.12.98).
Portanto, essas notas deixam evidente que seu óbito e
velório foram noticiados na imprensa maranhense, por um jornal vespertino; que
seus funerais foram feitos por amigos; que, assim, não fora sepultado como
desconhecido; e, por fim, que seu filho esteve em São Luís, ao menos para e
missa de sétimo-dia e, certamente, para tratar de despesas advindas do
tratamento e funerais.
Na vida familiar, cumpre esclarecer que Augusto da Cunha
Castelo Branco, contraiu matrimônio em 1861, com Maria do Nascimento Elvas
Castelo Branco, falecida em 15 de outubro de 1872, filha do comerciante e
coronel do 1º Batalhão da Guarda Nacional de Teresina, José Rodrigues Elvas,
presidente da Câmara Municipal de Teresina(1869) e chefe local do Partido
Conservador e de sua esposa Teodora Elvas. Deste consórcio teve diversos
filhos, entre os quais:
1. Tte-Cel Rodrigo da
Cunha Castelo Branco, nascido em 1862, residente na fazenda Alagoa da Mata, do
Município de Teresina, casou-se civilmente em 10 de julho de 1900, com Ignez de
Castro Cavalcante, nascida em 1870, no Estado do Ceará, filha de Reinaldo
Bezerra Lima e Ana Maria Cavalcante de Albuquerque; foram filhas deste casal:
1.1) Dalila Castelo Branco (n. 1889); 1.2) Elody Castelo Branco (n. 1890,
residente no lugar Boca da Mata, de Teresina, em 14.1.1926, casou-se com
Antônio Pereira da Silva, cearense, lavrador, de 34 anos de idade, filho de
José Pereira da Silva e Maria Pereira da Silva); 1.3) Ester Castelo Branco (n.
1891); 1.4) Denista Castelo Branco(n.1892); 1.5)Iracema Castelo Branco (n.
1895); 1.6) Olinda Castelo Brando (n. 21.10.1897 ); 1.7) Guiomar Castelo Branco (n. 1898 – 7.12.1963);
1.8)Samuel Castelo Branco (n. 1899); 1.9) Augusto Castelo Branco (n. 1900);
1.10) Diva Cavalcante Castelo Branco (n. 16.3. 1903); 1.11) Ignez Castelo
Branco (nascida em 1904, foi casada em 19.2.1925, com João de Deus Parentes
Fortes, filho de Luiz Meneses Fortes e Leonídia Parentes Fortes, residentes em
Teresina); e, 1.12) Maria Diva Castelo Branco (n. 27.9.1907), todas nascidas na
referida fazenda Alagoa da Mata;
2. Raymundo da Cunha Castelo Branco;
3. Narcisa da Cunha Castelo Branco, nascida em 1870,
falecida vítima de tuberculose pulmonar no lugar Alagoa da Mata, onde residia,
da freguesia de Nossa Senhora do Amparo, termo de Teresina, em 2 de fevereiro
de 1905, solteira, com 35 anos de idade;
4. Antônia Leonor do Nascimento Elvas, falecida juntamente
com a mãe no mesmo dia do nascimento, em 15 de outubro de 1872.
Com a morte desta, casou-se com mais duas irmãs, sendo a
segunda vez em 1873, com Antônia Elvas Castelo Branco, falecida em 11 do mês de
fevereiro de 1877, com apenas 26 anos de idade, em Campo Maior. Deste consórcio
nasceram três filhos, ficando inclusive um recém-nascido:
5. Maria Augusta Castelo Branco, nascida em 1874, residente
no sítio Alagoa da Mata, do termo de Teresina, onde faleceu vítima de
impaludismo crônico, em 11.2.1901, no estado de solteira;
6. Lucilla da Cunha Castelo Branco, nascida em 1875,
falecida no lugar Alagoa da Mata, onde residia, da freguesia de Nossa Senhora
do Amparo, termo de Teresina, em 10 de maio de 1900, solteira, com 25 anos de
idade (Diário do Maranhão, 1.3.1877);
7. Maria Amélia Castelo Branco, nascida em 1875, residente
na fazenda Boqueirão, de José de Freitas, casou-se em 15 de novembro de 1905,
com o primo Alfredo da Cunha Elvas, filho de Manoel Pereira do Nascimento Elvas
e Olímpia da Cunha Araripe;
8. Capitão Antônio João Castelo Branco, nascido em 1876, no
termo de Teresina; em 9 de maio de 1906, na cidade de Campo Maior, casou-se com
sua parenta Benedita Teixeira Lobo (depois do matrimônio, Benedita Lobo Castelo
Branco), nascida em 1898, residente no lugar Sete Buritis, do termo de Campo
Maior, filha do capitão Jacob Canuto Lobo e de dona Henriqueta Teixeira Lobo;
filho, entre outros: 8.1) Augusto Castelo Branco (Campo Maior: 1910 –
28.1.1994), mecânico e servidor público
estadual, fora casado com Antonina Lima Castelo Branco, residente em
Campo Maior, filha de Vicente Lima Ibiapina e de Raimunda de Melo Lima, de cujo consórcio deixou oito
filhos, entre os quais: 8.1.1) Carlos Augusto Castelo Branco, encanador,
nascido em 24.8.1946, residente em Campo Maior, casado na cidade de Barras, em
27.1.1968, com Maria da Conceição Castelo Branco, filha de João Cardoso de
Macedo e Raimunda Ribeiro Cardoso; filha (entre outros): 8.1.1.1) Antonina Lima
Castelo Branco Neta, nascida em 28.5.1969, casada em 22.10.1988, na cidade de
Campo Maior, com Raimundo Nonato de Araújo Abreu, filho de Humberto Pereira de
Abreu e Francisca de Araújo Abreu; 8.1.2)
Renato Lima Castelo Branco, nascido em 17.10.1947, na cidade de Campo
Maior; 8.1.3) Francisco Antônio Castelo Branco, nascido em 6.7.1949, na cidade
de Campo Maior, motorista, casou-se em 25.12.1973, na cidade de Capitão de
Campos, com Maria das Graças Pereira, natural de Campo Maior; 8.1.4) Maria das
Graças Castelo Branco, professora,
nascida em 20.2.1951, na cidade de Campo
Maior, onde casou-se em 22.7.1972, com Raimundo Nonato Rodrigues de Sousa,
servidor público federal, natural da cidade de Pedro II(PI); 8.1.5) José
Antônio Castelo Branco, nascido em 10.2.1953, foi casado em 31.7.1978, com
Maria Magnólia Rocha Lima, de quem divorciou-se em 2003; 8.1.5) Carlos
Augusto Castelo Branco, servidor
público autárquico, residente em Campo Maior, casado com Maria da
Conceição Castelo Branco, filha de João Cardoso Macedo e Raimunda Ribeiro
Cardoso; filho(entre outros): 8.1.5.1) Antonina Lima Castelo Branco, nascida em
28.5.1969, na Maternidade Sigefredo
Pacheco, cidade de Campo Maior; 8.1.5.2) Augusto Castelo Branco Neto, nascido
em 12.3.1970, na Maternidade Sigefredo
Pacheco, cidade de Campo Maior; 8.1.6) Evaldo Lima Castelo Branco, nascido em 1.2.1954;
8.1.7. Leonel Lima Castelo Branco, comerciário, nascido em 18.10.1962, na
cidade de Campo Maior, casado em 4.7.1986, na cidade de Capitão de Campos, com
Maria do Desterro Oliveira dos Santos, nascida em Campo Maior, filha de Jorge
Lopes dos Santos e Luiza Oliveira da Silva; 8.2) João Canuto Castelo Branco,
ferreiro, residente em Teresina, à Rua 16 de Novembro, 980, casado em São Pedro do Piauí, com Esmerinda
Lima Castelo Branco; filha: 8.2.1) Maria das Graças Castelo Branco Lima,
nascida em 9.8.1950, no povoado Morrinhos, do termo de Teresina, hoje cidade de
Demerval Lobão.
Pela terceira vez, em 1877, Augusto da Cunha Castelo Branco
casou-se com Francisca Elvas Castelo Branco, irmã das precedentes, falecida em
1894. Entre os filhos do casal, conta:
9. Aristolgiton da Cunha Castelo Branco, residente em
Teresina, foi casado com Maria José Castelo Branco (n. 22.4.1916), foram pais
de Maria Castelo Branco Leitão, que casou-se em 9 de janeiro de 1941, com o
primo Antônio das Chagas Leitão;
10. Luzia Cunha Castelo Branco da Silva (aparece também no
registro de alguns netos, Luzia Soares Castelo Branco), nascida em 1888,
residente no lugar Santa Úrsula, do termo de Teresina, onde casou-se em
27.9.1918, com Ovídio Soares da Silva, de 44 anos de idade, piauiense,
lavrador, filho de José Vicente Soares da Silva e Manoela Soares da Silva,
ambos residentes no mesmo lugar; o matrimônio foi celebrado pelo parente
Fenelon Castelo Branco, juiz de casamentos de Teresina; filho (entre outros):
10.1) Augusto Soares Castelo Branco (Altos, 26.11.1911 – Campo Maior, 22.12.1966), comerciante, residente em
Teresina, na Rua Anísio de Abreu, 1053 e depois no lugar São Francisco, do
termo de Campo Maior, casado em 8.5.1954
com Maria de Lourdes Costa Castelo
Branco, filha de Vidal Ferreira da Costa e Francisca Gomes da Costa; filhos desse casal: 10.1.1) Vera Lúcia da Costa Castelo Branco, nascida
em 29.7.1955, na cidade de Teresina; em
31.3.1973, na cidade de Campo Maior, casou-se com Alan Leôncio Rio Lima,
natural de Fortaleza; 10.1.2) Luzia Herlene da Costa Castelo Branco, nascida em
15.7.1957, na cidade de Campo Maior; 10.1.3) Gilberto Vidal Castelo Branco,
nascido em 5.7.1958, em Campo Maior; 10.1.4) Maria da Conceição da Costa
Castelo Branco, nascida em 21.9.1959; 10.1.5) Augusto Castelo Branco Filho,
nascido em 6.9.1960, na cidade de Campo Maior; 10.1.6) Maria Cristina da Costa Castelo Branco, nascida em
3.1.1962, na cidade de Campo Maior; 10.1.7) Wanderlita da Costa Castelo Branco,
nascida em 13.3.1963, na cidade de Campo Maior; 10.1.8) Elizabeth Costa Castelo
Branco, nascida em 10.7.1964, na cidade de Campo Maior; 10.1.9) Ferdinand da
Costa Castelo Branco, nascido em 22.7.1965, na cidade de Campo Maior; em
26.12.1985, na cidade de Teresina, casou-se com Auricélia Gomes Sousa, filha de
Francisco Silva e Sousa e Aneci Gomes Sousa, residentes em Parnarama(MA); 10.1.10) Carlos Henrique da
Costa Castelo Branco, nascido em 31.7.1966, na cidade de Campo Maior, onde
casou-se a 6.11.1987, com Maria Valdirene Rodrigues, natural de Picos(PI)
(Antes do matrimônio, Augusto Soares Castelo Branco, teve uma filha natural por
ele reconhecida, com Rosa Ferreira de Sousa, por nome Zilmar Ferreira de Sousa,
nascida em 23.12.1946, na cidade de Teresina); 10.2. Maria Augusta Saraiva
Castelo Branco Soares, nascida em 1.3.1910, na cidade de Altos, residente em
Teresina, conjunto Primavera I, onde faleceu com cem anos de idade, em
29.11.2010, foi casada em 4.2.1942, com Areolino de Abreu Saraiva, servidor
público, filho de José Antônio Saraiva e Maria Amália de Abreu Saraiva; sendo a
causa mortisinsuficiência cardíaca senilidade, e o óbito declarado pela neta
Rosângela Amália Saraiva Riotinto; filha (entre outros): 10.2.1. Maria de
Fátima Castelo Branco Saraiva, nascida em 21.10.1953, na cidade de Teresina.
11. Maria Castelo Branco, nascida em 3.6.1888, no lugar
Boqueirão, do termo de José de Freitas, depois passando a residir naquela
cidade, onde faleceu em 30.6.1967, inválida, solteira, com 79 anos deidade;
12. Argemira da Cunha Castelo Branco, residente no lugar
Coroatá, do Município de Teresina;
13. Benedita da Cunha Castelo Branco (nome de casada:
Benedita Castelo Branco Leitão), nascida em 10 de dezembro de 1884, no sítio
Boqueirão, onde casou-se em 3 de julho de 1908, com Manoel das Chagas Leitão,
nascido em 20 de abril de 1877, no Estado do Ceará, residente no lugar Triunfo,
do Município de José de Freitas, filho de Francisco das Chagas Leitão e Ana
Rodrigues Soares, falecendo ele em 8 de julho de 1942 e ela em 3 de novembro de
1958, vítima de hipertensão arterial; foi filho desse casal, Antônio das Chagas
Leitão (n. 8.6.1908), que casou-se com a prima Maria Castelo Branco Leitão;
14. Antônia Castelo Branco, nascida em 1884, residente na
cidade de José de Freitas, à Rua Barão do Rio Branco, onde faleceu em 20 de
julho de 1970, com 86 anos de idade, solteira, inválida;
No ano seguinte ao óbito da terceira esposa, Augusto da
Cunha Castelo Branco contraiu quartas núpcias com Filomena Sampaio, falecida em
1897, sem genealogia.
Com essas notas registramos os traços biográficos de Augusto
da Cunha Castelo Branco, Barão de Campo Maior, um trabalhador infatigável,
político intemerato e benfeitor de nossa sociedade. Ao longo da vida, conheceu
grandezas e misérias, transitando pelo poder, a riqueza e a pobreza, porém, deixando
um nome honrado e grande descendência* em nossa terra. Merece nossa homenagem e
nossa consideração.
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* No presente texto demos preferência à descendência
pesquisada em fonte primária, julgando relevante a publicação desses dados dada
à falta de informações sobre os mesmos nos livros de genealogia da família
Castelo Branco. No entanto, existem alguns outros descendentes elencados no
livro A mística do parentesco – uma genealogia inacabada. Os Castello Branco e
seus entrelaçamentos familiares no Piauí e no Maranhão, 3ª Edição Revisada e
Ampliada, de Edgardo Pires Ferreira (São Paulo – SP, ABC Editorial, 2013).
Esses dados genealógicos devem ser lidos em sintonia com aqueles.
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REGINALDO MIRANDA, autor de diversos livros e artigos, é
membro efetivo da Academia Piauiense de Letras, do Instituto Histórico e
Geográfico do Piauí e do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI. Atual
presidente da Associação de Advogados Previdenciaristas do Piauí. Contato:
reginaldomiranda2005@ig.com.br