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FALANDO SÉRIO? PARECE BRINCADEIRA
Antônio Francisco Sousa - Auditor Fiscal (afcsousa01@hotmail.com)
Falando
sério? Admito que tive dificuldade para iniciar esta arenga. Pensei em entrar
de chapa, não só comentando fato que li – apesar de tanta informação séria,
ainda há, em determinados veículos de comunicação, espaço para reiterar a divulgação
de mesmices –, mas sugerindo, não àquele ator americano de diversos filmes de
super-heróis que, segundo ele, em vez de ficar brincando com os filhos, passou,
certo dia, tratando à base de “aloe vera” as queimaduras de sol que lhe
sapecaram a região; porém, à cidadã americana que, de acordo com a reportagem,
seria uma “influencer” que aconselhava as pessoas a experimentarem o
bronzeamento na região perineal – “perineum sunning”, no original; alertava a
moça que, apesar do desconforto da posição – nu, de costas, com as pernas
entreabertas em “v”, segurando, com as mãos, os pés elevados em um ângulo de
mais ou menos noventa graus em relação aos costados –, é possível, sim, obter
benefícios dos raios solares e, portanto, em nome da saúde, valeria a pena. A
partir de este ponto, ou melhor, da exposição ao sol, nessa estranha posição, é
que eu entro, de fato, na sugestão que pretendia dar-lhe: - que viesse a
Teresina e se expusesse, de frente, a nosso inclemente sol por uns dez minutos,
tempo suficiente para deixá-la bronzeada, ou melhor, esturricada, da testa até
o solado dos pés.
Conselho
de amigo que daria aos paroquianos ou coirmãos nordestinos, que viram na
sugestão da “influencer” algo aproveitável, viável ou a ser comprovado:
expor-se ao nosso sol, totalmente despido, como demonstrou a moça, sem, pelo
menos, as costas estarem apoiadas em objeto de temperatura amena, senão fria,
seria um ato tresloucado: é possível que, ao levantar-se, parte do couro dos
costados ficasse grudada na quente peça que servira de apoio.
Outro
assunto, coincidentemente, discutido em dois dos jornais lidos – inclusive no
que publicou o assunto acima comentado –, foi o posicionamento de parlamentar
mafrensino em relação à reforma previdenciária: quanto à emenda proposta pela
equipe econômica do governo e que seria aprovada no congresso nacional, acatada
pela maioria dos votantes nas duas Casas, dito cidadão mostrara-se ferrenho
adversário, da gênese às votações finais. Aprovada em âmbito nacional, chegado
o momento de os governos estaduais se manifestarem, enviando projeto de emenda
constitucional às assembleias legislativas, propondo adequação ou submissão ao
que ficara decidido em caráter nacional, aí veio a surpresa: não é que tal
parlamentar, então, se mostraria favorabilíssimo à rápida adequação? Alguém
poderia considerar essa mudança de posicionamento como um enorme, baita ato de
incoerência; outro poderia achar que não, que o político apenas chegara à
constatação de que, contra fatos, não há argumento. Tudo bem: fica o dito pelo
não dito ou, contradito, e prossigamos.
Um
terceiro assunto me deixou a dúvida de por que não começar por ele este
quiproquó: a concessão de título de
cidadania estadual a parlamentar federal paulista, cujo único ponto em comum
com o estado, provavelmente, seja o fato de pertencer o proponente mafrensino e
o homenageado ao mesmo partido político. Por essas e outras é que, vez em
quando, além de tal tipo de galanteria ser dada a cidadão que não sabe, sequer
onde fica, no mapa, o estado, dão-na, também, a indivíduo que, depois se
descobre, não passa de escroque, farsante, bandoleiro. Em seguida, quando Inês
já é morta, não raro, irritam-se seus proponentes e tentam anular a honraria.
Como diria um querido amigo: assim, fica difícil!
Por
fim, não comecei por este assunto porque me decepcionei ante o mero fato de
dele haver tomado conhecimento: policiais, civis e militares, bandidos,
apanhados em operação – roubo de cargas, tráfico, pistolagem - feita pela
Polícia Civil. Como falaria aquele narrador esportivo: vocês estão de
brincadeira! A simples hipótese de, caso expulsos de suas corporações, não
sendo apurados crimes suficientes para mantê-los em cárceres privados por muito
tempo, tivessem que ser libertados, já me enerva. Com essa gente livre - uns
até disseram, antes da operação, que já estavam com saudade de matar alguém –,
quem não corre risco? Vai que ativem a milícia que, um deles declarou, não se
criou antes por pura covardia?
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