quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

FALANDO SÉRIO? PARECE BRINCADEIRA

Fonte: Google


FALANDO SÉRIO? PARECE BRINCADEIRA

Antônio Francisco Sousa -  Auditor Fiscal (afcsousa01@hotmail.com)
 
                Falando sério? Admito que tive dificuldade para iniciar esta arenga. Pensei em entrar de chapa, não só comentando fato que li – apesar de tanta informação séria, ainda há, em determinados veículos de comunicação, espaço para reiterar a divulgação de mesmices –, mas sugerindo, não àquele ator americano de diversos filmes de super-heróis que, segundo ele, em vez de ficar brincando com os filhos, passou, certo dia, tratando à base de “aloe vera” as queimaduras de sol que lhe sapecaram a região; porém, à cidadã americana que, de acordo com a reportagem, seria uma “influencer” que aconselhava as pessoas a experimentarem o bronzeamento na região perineal – “perineum sunning”, no original; alertava a moça que, apesar do desconforto da posição – nu, de costas, com as pernas entreabertas em “v”, segurando, com as mãos, os pés elevados em um ângulo de mais ou menos noventa graus em relação aos costados –, é possível, sim, obter benefícios dos raios solares e, portanto, em nome da saúde, valeria a pena. A partir de este ponto, ou melhor, da exposição ao sol, nessa estranha posição, é que eu entro, de fato, na sugestão que pretendia dar-lhe: - que viesse a Teresina e se expusesse, de frente, a nosso inclemente sol por uns dez minutos, tempo suficiente para deixá-la bronzeada, ou melhor, esturricada, da testa até o solado dos pés.

                Conselho de amigo que daria aos paroquianos ou coirmãos nordestinos, que viram na sugestão da “influencer” algo aproveitável, viável ou a ser comprovado: expor-se ao nosso sol, totalmente despido, como demonstrou a moça, sem, pelo menos, as costas estarem apoiadas em objeto de temperatura amena, senão fria, seria um ato tresloucado: é possível que, ao levantar-se, parte do couro dos costados ficasse grudada na quente peça que servira de apoio.

                Outro assunto, coincidentemente, discutido em dois dos jornais lidos – inclusive no que publicou o assunto acima comentado –, foi o posicionamento de parlamentar mafrensino em relação à reforma previdenciária: quanto à emenda proposta pela equipe econômica do governo e que seria aprovada no congresso nacional, acatada pela maioria dos votantes nas duas Casas, dito cidadão mostrara-se ferrenho adversário, da gênese às votações finais. Aprovada em âmbito nacional, chegado o momento de os governos estaduais se manifestarem, enviando projeto de emenda constitucional às assembleias legislativas, propondo adequação ou submissão ao que ficara decidido em caráter nacional, aí veio a surpresa: não é que tal parlamentar, então, se mostraria favorabilíssimo à rápida adequação? Alguém poderia considerar essa mudança de posicionamento como um enorme, baita ato de incoerência; outro poderia achar que não, que o político apenas chegara à constatação de que, contra fatos, não há argumento. Tudo bem: fica o dito pelo não dito ou, contradito, e prossigamos.

                Um terceiro assunto me deixou a dúvida de por que não começar por ele este quiproquó:  a concessão de título de cidadania estadual a parlamentar federal paulista, cujo único ponto em comum com o estado, provavelmente, seja o fato de pertencer o proponente mafrensino e o homenageado ao mesmo partido político. Por essas e outras é que, vez em quando, além de tal tipo de galanteria ser dada a cidadão que não sabe, sequer onde fica, no mapa, o estado, dão-na, também, a indivíduo que, depois se descobre, não passa de escroque, farsante, bandoleiro. Em seguida, quando Inês já é morta, não raro, irritam-se seus proponentes e tentam anular a honraria. Como diria um querido amigo: assim, fica difícil!

                Por fim, não comecei por este assunto porque me decepcionei ante o mero fato de dele haver tomado conhecimento: policiais, civis e militares, bandidos, apanhados em operação – roubo de cargas, tráfico, pistolagem - feita pela Polícia Civil. Como falaria aquele narrador esportivo: vocês estão de brincadeira! A simples hipótese de, caso expulsos de suas corporações, não sendo apurados crimes suficientes para mantê-los em cárceres privados por muito tempo, tivessem que ser libertados, já me enerva. Com essa gente livre - uns até disseram, antes da operação, que já estavam com saudade de matar alguém –, quem não corre risco? Vai que ativem a milícia que, um deles declarou, não se criou antes por pura covardia?  

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