Lírio Branco (*)
Para
a senhorita Amália Pinheiro
Alcides Freitas (1890 – 1913)
Nas seis asas em flor destes
pétalos canta
Doce e branca mudez das carícias
de um ninho...
Lírio! Geme e sorri... Neste
mistério quanta
Macieza de colo em plumoso carinho...
Hástia branca a pender sob o
candor que encanta...
Alvo e cetíneo seio às quenturas
do linho,
Faça de neve o luar, tua magia é
tanta
Como se em ti do amor vibrasse o
láteo vinho...
Oh! Perfumada boca! Oh! Lírio em
boca! Oh! Flor!
Em ânsias sacudindo os pistilos
nervosos,
Como lábios a arder em lúbrico
pudor...
As estrelas nos Céus – lençóis de
lírios cirgem...
As lagrimas de Mãe – são lírios
luminosos
Lírios brancos de sons – os beijos
de uma Virgem...
(*) Fiz a atualização, porém mantive as palavras em sua flexão original, tal como estão em Litericultura - Teresina - julho/1912.
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