terça-feira, 18 de janeiro de 2022

DE MÃOS DADAS



DE MÃOS DADAS


Alcione Pessoa Lima

 

Não é costume meu buscar qualquer caminho...

Não sou indiferente ao sol dourado,

Mas, o meu olhar prefere o escarlate do fim da tarde,

Mesmo fugindo da agonizante despedida...

Abraçado à flor que cumpriu sua missão: enfeitar o mundo e perfumar vidas.


O que me faz esperar até a última claridade

É a felicidade de poder guardar aquela imagem

E mesmo quando a memória me faltar, o inconsciente revelar-me.

No fundo da alma toda a beleza do fim. 


Não prevalecerá a saudade, mas o sorriso e o toque,

E o cheiro do amor espalhado...mesmo da pétala murcha...


Quando de volta, ao cair da noite, não será a escuridão o meu guia...

O brilho no olhar, o sorriso que abraça, as marcas do aconchego

Serão perenes, como o amor envolvente de mãe e filho.   

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