O mal do peito
Adail Coelho Maia (1909 – 1962)
Estou enfraquecendo, estou murchando,
Rumo ao termo final dessa existência
Para o mal que em meu peito está minando
Não posso mais dispor de resistência.
Só confiado, pois, na Onipotência,
Fico a esperar e não sei mesmo quando,
Acharei, nos recurso da Ciência,
Alívio ao mal que está me torturando.
Dentro de mim alguma coisa dói
É o mal do peito que me está roendo
É o mal do peito que em meu peito rói!
Sofrendo assim de um mal, que não tem jeito,
Contrito, lentamente irei morrendo,
Com o “mal do peito” dentro do meu peito.
Fonte: O Lira do Sertão – Sonetos, Coleção Centenário, APL, 2ª ed., 2019.
Triste
ResponderExcluirDe quando será essa poesia ?
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