terça-feira, 7 de junho de 2022

Elmar Carvalho, Cidadão de Oeiras

Neander Francisco (autor da proposição) e Espedito Martins (presidente da Câmara Municipal) entregam a Elmar Carvalho o diploma do Título de Cidadão Oeirense

Elmar Carvalho entrega a Sthefano Ferreira o exemplar único da edição artesanal feita pelo poeta e editor Edson Guedes de Moraes, para ser custodiado pela Biblioteca Municipal de Oeiras
Flagrante da solenidade de entrega de Título de Cidadania Oeirense a Margarete Coelho, Igor Martins e Elmar Carvalho 
Capa do livro Oeiras na Alma e no Coração, de Elmar Carvalho, que foi entregue a todos os presentes na solenidade
Os três novos oeirenses: Elmar Carvalho, Igor Martins e Margarete Coelho

 

Elmar Carvalho, Cidadão de Oeiras

   

Benjamim Santos

Dramaturgo, escritor e poeta


Hoje, 6 de junho de 2022, o poeta Elmar Carvalho recebe o título de Cidadão Oeirense, a ser concedido pela Câmara Municipal de Oeiras, a mais carregada de História das cidades do Piauí.

Ah, que título bem doado! Que título a ser bem recebido!

Que eu saiba, nenhum outro escritor e poeta, não nascido em Oeiras, demonstrou oralmente e por escrito tanta afeição por esta cidade que foi a Primeira Vila/Cidade da Província do Piauí e também a Primeira Capital do Estado. 

Esse afeto do Elmar foi uma afeição derivada do forte impacto emocional que a cidade provocou no poeta, uma afeição que também me atingiu durante os (curtos) três dias em que estive em Oeiras, quando participei do Festival Cultural, coordenado pelo secretário municipal de cultura, Stefano Ferreira, muito bem assessorado pelo historiador Pedro Junior, que logo se tornou meu amigo; três dias em que Carlos Rubem, meu afetuoso Biu, me concedeu todas as singelezas oeirenses.

Percebo agora que o que causa essa intensa emoção ao visitante de primeira viagem a Oeiras é inicialmente a impressão-sensação de estar-se inserindo numa paisagem de clima ancestral, de intenso ardor histórico, pois tudo o que há de preservado da antiga Vila e Capital é tão assinalado por sua historicidade que nos faz, como em Ouro Preto, sentir-nos penetrando num certo passado do Brasil. 

Elmar, de início, fez-se brilhante ao escrever e publicar o Noturno de Oeiras, que considero um dos mais belos poemas da Literatura Brasileira referentes a uma cidade secular e que assinala um certo parentesco com o Romanceiro da Inconfidência de Cecília, mesmo sem métrica e sem rimas.

A mim, que também afundei na noite de Oeiras, os mistérios históricos que avassalaram Elmar também me atingiram. 

Hospedado em hotel diante da Praça das Vitórias, na Praça das Vitórias mergulhei no meu noturno de Oeiras: as mesmas paragens diante dos meus olhos, os mesmos fantasmas vistos por Elmar (ou talvez fossem outros mas com os mesmos mistérios), tudo me afetou por duas noites, minhas duas únicas noites de Oeiras, guardadas em mim por estes vinte anos de século vintium.

Por isso, saúdo hoje meu amigo Elmar Carvalho por seu titulo de filho de Oeiras e, sobretudo, saúdo Oeiras por seus tantos séculos de brasilidade,  essa Oeiras do meu parnaibano bem querer, Oeiras que há vinte anos habita meu coração!   

3 comentários:

  1. Parabéns Benjamin por sua iluminada sapiência com que também traduz a grandiosidade do homenageado.

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  2. caro amigo, Elmar, repito aqui o que disse antes: Caro Benjamin Santos, que descrição linda da nossa Oeiras e da referência ao amigo Elmar Carvalho. Oeiras tem esse poder de "transpassar" seus visitantes mais sensíveis, isso porque também é fisgada por eles. Ao amigo Elmar Carvalho, como a você também, obrigada por senti-la e se permitirem ser "fisgados"por seus encantos mais singelos. PS: Chego a sentir uma brisa de ciúmes desse amor declarado no texto.

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