segunda-feira, 18 de julho de 2022

APRESENTAÇÃO DO LIVRO HISTÓRIA DE TERESINA

 



APRESENTAÇÃO DO LIVRO HISTÓRIA DE TERESINA


Teresina Queiroz

Historiadora e escritora

 

Nos anos 1920, os profundos revisionismos das formas até então aceitas de conhecimento sobre o mundo resultam em notável giro cultural. Esse giro dá as costas a grande parte da herança oitocentista, havendo assim um recuo de teorias consolidadas, modificações no campo da política e alterações nas crenças, no seu sentido mais amplo. Nesse conjunto de deslocamentos gestam-se as noções “novas” de organização do corpo social, bem como outros códigos de legitimação do conhecimento. As for- mas anteriores, ditas “velhas”, serão vergastadas não apenas na esfera da política, mas sobretudo nas formas de significação do mundo. Nesse cenário, as reconquistas feitas pela Igreja Católica deslocam antigos valores do catolicismo iluminista, desqualificam as práticas da religiosidade popular e silenciam cada vez mais os discursos anticlericais, assim como fustigam parte dos valores racionalistas. Ao mesmo tempo, no campo da cultura intelectual e artística, seguindo modelos das vanguardas europeias, explodem os modernismos artísticos e literários. No Brasil, com a Revolução de 1930, sacramenta-se esse desprezo pelo passado e assume-se a apologia do novo e a presença efetiva do século XX.

Os vendavais modernizadores e as inclinações modernistas do século XX produzem o apagamento da memória e o abandono de grande parte das escritas e do interesse por autores vindos do final do século XIX e início do século XX. Verifica-se aí uma cisão e um esquecimento de boa parcela do passado. As gerações da segunda metade do século XX, já distanciadas daquelas disputas e daquelas dores, sentem falta desse passado, inquietam-se com o silenciamento daquelas vozes e procuram ouvi-las. Nessa audição primeira, o estranhamento prepondera. Em paralelo às camadas de reconhecimento das experiências comuns, emergem as percepções de mundos que se perderam. Essa dialética do comungar e estranhar marca seguramente nossa relação com esses textos do passado.

Clodoaldo Freitas pertence àquelas gerações esquecidas e silencia- das. Sua extensa obra adormeceu em velhas coleções de jornais do norte do Brasil, por muitas décadas. Apenas no final dos anos 1980, ressurge o interesse por sua escrita. Essa redescoberta da obra e seu novo consumo cultural têm início com a publicação do História de Teresina (FREITAS, 1988), pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves em 1988.  Nos anos 1990, ocorrem a publicação da segunda edição do livro Em roda dos fatos (FREITAS, 1996) e a segunda edição do Vultos piauienses: apontamentos biográficos (FREITAS, 1998).

Ao tempo em que a Fundação Cultural Monsenhor Chaves editava o História de Teresina, dei início à pesquisa mais sistemática sobre a obra de Clodoaldo Freitas, que já estudava desde o ano anterior para a composição de trabalho acadêmico na Universidade de São Paulo (QUEIROZ, 1988). Os anos seguintes foram dedicados aos trabalhos de pesquisar, transcrever, datilografar, digitar e catalogar os resultados das buscas em diferentes locais, entre eles, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Entre 1987 e 1992, foram localizadas mais de 800 matérias assinadas por Clodoaldo Freitas, ora com o próprio nome, ora com o uso de pseudônimos. Entretanto, o trabalho mais intensivo com essas matérias, tendo em vista a publicação de livros impressos ocorreu a partir de 2007, no âmbito do projeto de pesquisa Escrita e Sociedade: os homens de letras e suas múltiplas produções, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). No âmbito do projeto, ocorreu a preparação dos livros de Clodoaldo Freitas originalmente publicados na imprensa sob a forma de folhetim.

A publicação da obra literária inédita de Clodoaldo Freitas teve início em 2001. A preparação dos originas de O Bequimão (FREITAS, 2001) resultou de uma solicitação do presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Jomar Moraes.  A AML preparava, em convênio com o go- verno daquele estado, parte da produção da Coleção Maranhão Sempre.

No início do milênio, as formas de recuperação, preparação e manuseio de fontes primárias já haviam passado por sua revolução tecnológica. As cópias manuscritas tornavam-se relíquias medievais e os textos datilografados já não tinham função em um acervo. Face a essas mudanças, no ano de 2000, dei início à digitação de todo o acervo de obras de Clodoaldo Freitas resultante da pesquisa para a tese Os literatos e a República (QUEIROZ, 1992). A pesquisa mais intensiva acontecera entre os anos de 1988 e 1992, ainda subordinada ao processo de cópias manuais nos arquivos físicos e teve continuidade nos anos posteriores, especialmente durante a década de 1990. Assim, o acervo fora transcrito manualmente e datilografado ao longo de mais de uma década.

Por volta de 2007, a AML preparava as festas comemorativas de seu primeiro centenário, que ocorreriam no ano de 2008. No âmbito das publicações festivas apareceu a série Fundadores, homenagem da instituição aos seus criadores. Clodoaldo Freitas foi contemplado com a primeira edição do livro O Palácio das Lágrimas (FREITAS, 2008b), que recebeu o número 7, na coleção. A preparação dos originais foi realizada no âmbito do projeto Escrita e Sociedade, socializando mais uma vez a pesquisa realizada em anos anteriores e configurando a parceria entre a AML e o referido projeto. O projeto de pesquisa Escrita e Sociedade: os homens de letras e suas múltiplas produções, tinha como objetivo, dentre outros, organizar e publicar a obra literária de Clodoaldo Freitas e apresentá-la a novos leitores e pesquisadores. Objetivo adicional era o de constituir esforço coletivo de investigação e contribuir para a formação de discentes dos cursos de Licenciatura Plena em História, Licenciatura Plena em Letras, do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil (PPGHB) e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Piauí (PPGL) como pesquisadores. Uma de suas metas era ampliar o espectro da cultura do passado, conferindo-lhe visibilidade e permitindo a exploração científica e literária de obras até então inéditas, por estudiosos de diferentes disciplinas, compreendendo o estudo das relações entre os campos da História e da Literatura. A obra literária de Clodoaldo Freitas era revisitada também com o propósito de expandir o conhecimento das conexões entre as experiências sociais e a produção intelectual da virada do século XIX para o século XX, possibilitando explorar as virtualidades da história contidas no produto literário. O Projeto contou com bolsistas dos cursos acima referidos.

Ao longo da pesquisa para a tese de doutorado já havia localizado 46 textos literários desse autor. Quarenta e três desses títulos foram seleciona- dos e compuseram oito volumes publicados entre os anos de 2008 e 2010, a saber: Memórias de um velho (FREITAS, 2008a); O Bequimão (FREITAS, 2009b), Os bandoleiros (FREITAS, 2009c), Por um sorriso (FREITAS, 2009d), Coisas da vida (FREITAS, 2009a) e Um segredo de família e outros contos (FREITAS, 2009e); O Palácio das Lágrimas (FREITAS, 2010b) e Os Burgos e outros contos (FREITAS, 2010c). Na sequência dessas publicações também editamos Biografia e crítica (FREITAS, 2010a), coletânea privilegiando biografias de literatos, crítica literária e cultura popular.

A publicação desses romances-folhetins e sua divulgação propiciou o surgimento de dezenas de artigos científicos, apresentações em eventos, monografias e dissertações sobre Clodoaldo Freitas, abordando diferentes aspectos de sua extensa obra. Tomamos como exemplos os trabalhos de Antônio Fonseca dos Santos Neto, Maria do Socorro Rios Magalhães, Pedro Vilarinho Castelo Branco, Paulo Gutemberg de Carvalho Sousa, Mara Lígia Fernandes Costa, Neusa Maria Sales Brito, Ramon de Araújo Rodrigues, Angélica Vieira Santos e Camila de Macêdo Nogueira e Martins Oliveira.

Na Academia Piauiense de Letras (APL), a partir dos anos 1900, Celso Barros Coelho é o acadêmico que mais escreve sobre Clodoaldo Freitas. Foi responsável pelo capítulo sobre ele no livro Os fundadores (COELHO, 2018, p. 83-100). Coordenou, em 2005, as comemorações dos 150 anos de Clodoaldo Freitas; publicou artigo sobre ele na Revista Presença (COELHO, 2006, p. 8-12). No âmbito da Coleção Centenário da Academia Piauiense de Letras foram publicados publicadas a terceira edição de Em roda dos fatos (FREITAS, 2011), a terceira e a quarta edição de Vultos piauienses: apontamentos biográficos (FREITAS, 2012; FREITAS, 2014), a segunda edição de Os fatores do coelhado (FREITAS, 2019b) e A Balaiada (FREITAS, 2019a).

No conjunto dos livros publicados por Clodoaldo Freitas, o História de Teresina, agora em segunda edição, é o mais documentado, no sentido de ser tributário de grande e variada pesquisa arquivística – realizada em documentos oficias como relatórios de presidentes da província, mensagens dos governadores do estado, coleções de leis e decretos, leis orçamentárias, atos de nomeação e demissão de funcionários públicos, relatórios técnicos de engenheiros e construtores e correspondências diversas de agentes ligados ao Estado Imperial e à administração da coisa pública. Verifica-se também o uso da fonte hemerográfica, evidentemente tudo permeado por modos próprios de significar essas fontes e adicioná-las às suas lembranças e sensibilidades afetivas e políticas. O livro guarda certa tensão entre o tributo às fontes escritas e os posicionamentos dos antigos liberais que persistem no âmago da memória dos seus afetos e desafeições. Verifica-se busca de equilíbrio entre o radicalismo político de marca oitocentista e alguma contemporização episódica com o poder nos tempos republicanos.

Os livros têm sua história. Com este não é diferente. No final dos anos 1980 fizemos a transcrição do folhetim diretamente dos exemplares (ainda se pesquisava manuseando os jornais físicos) do Diário do Piauí.  Feita a cópia manual, que levava dias, a depender da extensão do documento, as matérias foram inicialmente datilografadas e, seguindo a evolução tecnológica em curso, aplicada ao trabalho do historiador, o volume foi digitado, tendo em vista a publicação na forma de livro. Entretanto, verificamos que havia muitas falhas e lacunas nas cópias, tornando imperativo o retorno ao Arquivo Público do Piauí. Mudanças na política de consulta já não possibilitavam o acesso direto aos jornais. O fato de o Arquivo dispor dos microfilmes produzidos pela Biblioteca Nacional não foi suficiente, pois a instituição não dispunha das máquinas leitoras apropriadas ao uso dos rolos de microfilmes. Assim as coisas foram não acontecendo, até que outras novas tecnologias viabilizaram as correções do texto, na medida do necessário à produção de uma revisão detalhada e rigorosa.

Nesse passo do cotejo entre o material já em parte produzido e as revisões finais de que resulta esta edição, utilizamos os recursos valiosos da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Com esses recursos foi possível preencher informações, conferir a completude das cópias anteriores e estabelecer o texto com o maior grau de fidelidade possível a empreendimento dessa natureza. Esse acesso permitiu recuperar as citações na sua exatidão e indicar as fontes respectivas, descobrir e apresentar alguns equívocos do autor, ao realizar suas próprias transcrições de fontes e deixar bem remarcado para o leitor onde estão as falas documentais e as partes dos textos propriamente de autoria de Clodoaldo Freitas. Essas distinções não eram muito nítidas na leitura da fonte em seu veículo original e sob a forma folhetim. Com esse procedimento, buscamos facilitar a compreensão dos textos, desde que os leitores atuais já os consomem debaixo de convenções muito próprias, em que os regramentos, inclusive da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), constituem metalinguagem consensual no mundo acadêmico. Nas regras de estabelecimento do texto, optamos pela utilização do sistema autor-data, o que torna o livro mais aproximado da versão original e pela adição de notas explicativas, quando havia alguma dificuldade para o entendimento do texto ou o autor incorria em equívoco na indicação da fonte ou na exatidão da informação. A partir dessa etapa, o trabalho passou a ser feito em parceria com Ronyere Ferreira e todos esses procedimentos foram realizados seguindo discussões e ajustes negociados passo a passo entre os organizadores.

História de Teresina é a mais extensa produção historiográfica de Clodoaldo Freitas e também a primeira história da cidade. Com raras exceções de avanço no recorte cronológico, pode-se afirmar que trata dos primeiros 50 anos da história da segunda capital do Piauí. Nesse recorte, é seguido por outra importante história de Teresina, a de Monsenhor Chaves – Teresina: subsídios para a história do Piauí, de 1952 (CHAVES, 1952).

Clodoaldo Freitas pesquisou, redigiu e publicou o folhetim História de Teresina, em concomitância a sua gestão como primeiro diretor do Arquivo Público do Piauí, instituição criada por Anísio de Abreu, em 1909.  Ao tempo em que organizava a variada e desordenada documentação oficial, elaborava as matérias que iam sendo publicadas no jornal Diário do Piauí.

Por fim, gostaria de fazer algumas observações acerca das práticas escriturísticas nas primeiras décadas do século XX. O fascinante mundo da escrita e da leitura está muito mais próximo da efervescência da vida dos que podem supor essas décadas iniciais do século XXI, seduzidas por uma extraordinária variedade de meios de expressão e comunicação, pela pluralidade de suportes midiáticos e pela verdadeira parafernália de recursos de interação global. Esse mundo de palavras, em parte já perdidas, era um mundo que desejava apaixonadamente transformar o texto em modelador social, interferindo na esfera da política em seu sentido mais largo, em que se podem incluir os espaços mais recônditos da vida privada e o incitamento às silenciosas revoluções nos costumes. A palavra muitas vezes é delicada e sutil. Ainda mais, a palavra é punhal, fuzil e navalha. É ardil e verdade, força e persuasão, redenção e vingança. Transpõe a barreira do sagrado e imerge no profano no suspender da pena ou no ranger do prelo. Dominá-la é domar a corrente do tempo, é modelar a opinião. Palavra é poder na mais radical expressão do termo. Escrever, para muitos, é o senti- do mesmo da vida. Dessa forma, boa parcela da produção escrita dos séculos XIX e XX deve ser compreendida como uma das mais legítimas formas de expressão de uma pulsante vida social, experimentada e construída sob o signo de um imaginário já agora em parte perturbador para nós.

 

Teresina, 10 de agosto de 2020.

 

REFERÊNCIAS

 

CHAVES, Joaquim (Mons.). Teresina: subsídios para a história do Piauí. Te- resina: [s.n.], 1952.

 

COELHO, Celso Barros. Clodoaldo Freitas: homem representativo. Revista Presença, Teresina, ano 21, n. 36, p. 8-12, 2006.

 

COELHO, Celso Barros. Clodoaldo Freitas: inteligência superior. In: COSTA, Nelson Nery (Org.). Academia Piauiense de Letras: os fundadores. 2. ed. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2018. p. 83-100.

 

FREITAS, Clodoaldo. História de Teresina. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1988.

 

FREITAS, Clodoaldo. Em roda dos fatos. Prefácio de Teresinha Queiroz. 2 ed. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1996.

 

FREITAS, Clodoaldo. Vultos piauienses: apontamentos biográficos. Prefácio de Maria do Socorro Rios Magalhães. 2. ed. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1998.

 

FREITAS, Clodoaldo. O Bequimão: esquisso de um romance. Prefácio de Antônio Fonseca dos Santos Neto. São Paulo: Siciliano, 2001.

 

FREITAS, Clodoaldo. Memórias de um velho. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2008a.

 

FREITAS, Clodoaldo. O Palácio das Lágrimas. Apresentação de Jomar Moraes. São Luís: AML/EDUEMA, 2008b (Série Fundadores).

 

FREITAS, Clodoaldo. Coisas da vida. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2009a.

 

FREITAS, Clodoaldo. O Bequimão: esquisso de um romance. 2. ed. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Prefácio de Antônio Fonseca dos Santos Neto. Imperatriz: Ética, 2009b.

 

FREITAS, Clodoaldo. Os bandoleiros. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2009c.

 

FREITAS, Clodoaldo. Por um sorriso. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2009d.

 

FREITAS, Clodoaldo. Um segredo de família e outros contos. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2009e.

 

FREITAS, Clodoaldo. Biografia e crítica. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2010a.

 

FREITAS, Clodoaldo. O Palácio das Lágrimas. 2. ed. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2010b.

 

FREITAS, Clodoaldo. Os Burgos e outros contos. Pesquisa e organização de Teresinha Queiroz. Imperatriz: Ética, 2010c.

 

FREITAS, Clodoaldo. Em roda dos fatos: crônicas. 3. ed. Brasília; Teresina: Senado Federal; Academia Piauiense de Letras, 2011. (Coleção Centenário, 2).

 

FREITAS, Clodoaldo. Vultos piauienses: apontamentos biográficos. 3. ed. Teresina: Academia Piauiense de Letras/EDUFPI, 2012. (Coleção Centenário, 4).

 

FREITAS, Clodoaldo. Vultos piauienses: apontamentos biográficos. 4. ed. Teresina: Academia Piauiense de Letras/EDUFPI, 2014. (Coleção Centenário, 4).

 

FREITAS, Clodoaldo. A Balaiada. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2019a. (Coleção Centenário, 142).

 

FREITAS, Clodoaldo. Os fatores do coelhado: escorço de história. 2. ed. Te- resina: Academia Piauiense de Letras, 2019b. (Coleção Centenário, 87).

 

QUEIROZ, Teresinha de Jesus Mesquita. Os literatos e a República: Clodoaldo Freitas, Higino Cunha e as tiranias do tempo. 1992. Tese (Doutorado em História Social). São Paulo: USP, 1992.

 

QUEIROZ, Teresinha. Notas sobre o anticlericalismo na literatura piauiense. São Paulo, 1988. (Monografia inédita).

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