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ÁGUAS E PEDRAS: TRIBUTO A
LUZ I(S)LÂNDIA
Elmar Carvalho
Ao poeta e
amigo Ivanildo Di Deus
As águas que rolam
pelas lombadas do morro
(bem) vindas das cercanias
alvadias da igreja
lavam os resíduos da cidade
levam os rejeitos da saudade
e se afogam e se renovam
nas águas remansosas em
novelo
do cotovelo recurvo do
Parnaíba
bem ali onde as pedras
foram sufocadas
no manto cinzento do
cimento
que lhes decepou a beleza
bem ali onde outrora
as lavadeiras estendiam
suas brutas labutas e
canseiras
e tudo se fazia um
encantado multicor
como se as roupas fossem
belas velas arriadas
enxaguadas e secando
sobre o lombo duro das
pedras – agora
submersas na argamassa,
mas prenhes de lembranças
e saudades.
Belo poema. Uma agradável cidade na beira do Velho Monge. 🙂
ResponderExcluirMuito obrigado.
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