Soneto de amor
Cid
Teixeira de Abreu (1937 - 2004)
o
meu amor é só. como as gaivotas,
criei-o na aurora dos rochedos,
acima da impotência dos enredos,
na trilha insondável de outras rotas
meu amor é meu ser e meus segredos,
a virtude trincada de revoltas.
se não há o querer de eras remotas,
ausência também há de velhos medos...
e cibório de nervos e memória
tensa, coberta de sangue — oh granito!
dólmans brancos nas páginas da história.
o meu amor... quem sabe compreendê-lo,
se a própria alma, na angústia do infinito,
é chama e cinza, é ternura e gelo?!...
criei-o na aurora dos rochedos,
acima da impotência dos enredos,
na trilha insondável de outras rotas
meu amor é meu ser e meus segredos,
a virtude trincada de revoltas.
se não há o querer de eras remotas,
ausência também há de velhos medos...
e cibório de nervos e memória
tensa, coberta de sangue — oh granito!
dólmans brancos nas páginas da história.
o meu amor... quem sabe compreendê-lo,
se a própria alma, na angústia do infinito,
é chama e cinza, é ternura e gelo?!...
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