SOCIOLOGIA
(SENTIMENTAL) DA BANCA DO LOURO
Pádua
Ramos
Quando o
véu do lusco-fusco cobre de cinza a Parnaíba
Quando a
Praça da Graça se esvazia na sua crepuscular soledade
Quando,
buscando o oceano, muito além, distante
O Igaraçu
enlaça amoroso a Cidade
Cantando-lhe,
de ninar, doce cantiga
– Eis
que a Banca do Louro se ilumina, na quietude daquele
silencioso instante
Não é
assim nas manhãs febris
Não é
assim nas tardes ensolaradas
A Banca
do Louro traz o mundo
Para
dentro de nosso pequeno mundo:
“O
sol nas bancas de revista
...
Se
reparte em crimes
Espaçonaves
guerrilhas
Em
Cardinales bonitas”
Na Banca
do Louro...
Ali se
debatem divergências
Ali se
conjugam convergências
Reflete-se
ali, da Parnaíba, a alegria e a dor
A Banca
do Louro resume a Cidade
No
crepúsculo e no esplendor
No que tem
assim de desamor
Como de
alegria e caridade
A Banca
do Louro resume a Cidade
No
crepúsculo e no esplendor
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