ENIGMA
Elmar Carvalho
entre
o som
o
sono
o
sonho
a
sombra e a sobra
eu
me decomponho
em
escombros
em
farpas e agulhas
escarpas
e fagulhas
desfeito enfim
em fogos de artifício
feito estrelas de mim
esfinge
autoantropofágica que
não
se decifrou e que a si
mesma se devorou
mesma se devorou
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