Último
Soneto
Almir
Fonseca (1918 - 1972)
Padecendo no leito de Procusto,
Eu sinto a vida se esvaindo aos poucos,
E às vezes tenho pesadelos loucos
Que ao lembrá-los depois inda me
assusto
Levados por espíritos de amoucos,
Num desespero crucial, injusto,
Desço, com a exiguidade do meu busto,
À escuridão das covas e cavoucos.
Mas quebrando os grilhões e os arganéus
Que me atavam às fundas sepulturas,
— Surjo singrando a vastidão dos
céus,
Como se navegasse em mansas vagas
Para alcançar as máximas alturas
Do além, buscando esplendorosas
plagas...
Meu querido avô, apesar de nao te-lo conhecido, de alguma forma sinto sua presença...
ResponderExcluirAtt: Almir de Sousa Fonseca Netto.
Esse soneto não parece ser do Dr.Almir de Sousa Fonseca.
ResponderExcluir