domingo, 26 de junho de 2016

SONETO DA SOLIDÃO


SONETO DA SOLIDÃO

Elmar Carvalho

Nas noites em que a lua alumia
a solidão das desertas chapadas,
soturnamente, adormece a melancolia.
Os raquíticos espinheiros, como ossadas,

quando a noite é bem sombria,
a sós com a solidão das quebradas,
contemplam, tristonhos, a nostalgia
das lúgubres noites amortalhadas ...


A araponga, se a noite desce,
solta seu grito que esmaece
na solidão, seu calvário!

Quando o dia chega ao termo,
a solidão que envolve o ermo
é como minha alma de solitário.    

2 comentários:

  1. A noite e eu
    Eu e a noite
    Ela não sabe
    O meu rumo
    Mais a lua é minha.

    Após oito meses longe de qualquer leitura ou escrita, tomo novamente a liberdade desse espaço para expor alguns versos.

    Ab. ao ilustre poeta Elmar Carvalho
    Horácio Lima (sp)

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