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O Parnaíba
Oliveira Neto (19057– 1983)
Águas turvas, imenso, vagaroso,
O Parnaíba desce para o mar.
Qual um molusco, lerdo,
preguiçoso,
parece sem vontade de chegar!
Sereno, vai andando, majestoso,
o aguaceiro barrento a
deslizar...
E nas margens um bando vaporoso
de garças cor de neve a
esvoaçar...
Ó velho Parnaíba dos poetas!
O progresso mudou o teu destino
e te deu novas e importantes
metas!
És portador de um mundo de
esperanças
E o povo do Nordeste canta o hino
do sonhado futuro de bonanças...
Fonte: Jornal de Poesia
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