Pela primeira vez, neste sábado, dia 29, das 10 às 11 horas,
participei de uma reunião virtual ou telerreunião. Desde a segunda quinzena de
março, quando começou em Teresina a quarentena da covid-19, que não nos
reunimos na sede da APL, conforme ficou deliberado em Assembleia dos
acadêmicos. No sábado, dia 13, foi a primeira reunião online, da qual não
participei. Ao receber hoje, por WhatsApp, uma foto de minha atuação na
Assembleia, enviada pelo Zózimo Tavares, respondi-lhe que me sentira um galã da
velha guarda.
Todos os
confrades acharam a telerreunião um fato histórico importante de nossa
Academia, e todos se sentiram honrados e gratificados de participarem dela.
Estiveram presentes na telessala os seguintes confrades: Paulo Nunes, Celso
Barros Coelho, Jônathas Nunes, Felipe Mendes, Reginaldo Miranda, Dílson Lages
Monteiro, Oton Lustosa, Plínio Macedo, Ribamar Garcia, Itamar Abreu Costa,
Francisco Miguel de Moura, Moisés Reis, Socorro Rios Magalhães, Hugo Napoleão,
este diarista e o presidente Zózimo Tavares. Ribamar Garcia e Hugo Napoleão
puderam participar, respectivamente, do Rio de Janeiro e de Brasília, onde
residem.
Zózimo
Tavares, após suas considerações iniciais, explicou como a Assembleia virtual
se processaria. Cada acadêmico teria, de início, direito a um minuto para
cumprimentar os colegas, e, numa segunda rodada de participações, teria mais
três, para abordar os assuntos que mais lhe interessassem. Foi pedido que todos
os colegas mantivessem os microfones de seus dispositivos desligados, exceto o
que estivesse com a palavra, para evitar ruídos que pudessem prejudicar a boa
audição de cada discurso.
Falou
inicialmente o confrade Fonseca Neto, que, na qualidade de 1º secretário, leu a
ata da seção anterior e apresentou as efemérides, com a citação dos nomes de
aniversariantes, alusão a centenários de morte ou nascimento de acadêmicos, bem
como referência a fatos históricos importantes de nossa Academia.
Em seguida todos os colegas falaram
com fluência e desenvoltura, sendo que alguns ressaltaram eventuais
dificuldades técnicas que teríamos, no período inicial da implantação de nossas
reuniões à distância. Foi levantada a possibilidade de que, mesmo após o fim da
quarentena covidiana, fizéssemos uma reunião online por mês para que os colegas
que residem em outras cidades pudessem participar de nossa vida acadêmica.
O acadêmico Moisés Reis, com força e
entusiasmo, reiterou ao presidente que estava ainda mais disposto a prestar sua
colaboração para que fosse colocado em Oeiras um busto ou estátua do nunca
assaz exaltado O. G. Rego de Carvalho, logo cessasse o atual período de
distanciamento social.
O confrade Francisco Miguel de Moura
se referiu a sua importante Antologia Poemas e Poetas Mais Amados (ensaios,
poesias e biobibliografias), editada no final da gestão de Nelson Nery Costa, e
ainda não lançada, em virtude da pandemia, em que as aglomerações foram
proibidas pelo poder público. Tenho certeza de que, tão logo passe o pandemônio
da pandemia, o nosso dinâmico presidente Zózimo Tavares fará o seu lançamento
com toda a pompa e circunstâncias que a seleta merece.
Como o nome e o subtítulo estão a
sugerir, a obra contém uma seleção de poemas de autores estrangeiros, nacionais
e piauienses (portanto, poetas internacionais, federais, estaduais e municipais),
ensaios sobre a gênese poética, sobre inspiração e transpiração (ou trabalho), sobre
a arte de fazer versos, em que discorre sobre ritmos, rimas, métricas, figuras
de estilo, sonoridades, além de outros truques, dicas e recursos, e a antologia
propriamente dita, que é organizada em várias partes, com denominações próprias;
no final, encontra-se a síntese biográfica de cada poeta, com a enumeração de
suas principais obras.
Em minha fala inicial de um minuto, após
cumprimentar e abraçar virtualmente os confrades, e falar da importância
histórica da implantação da sistemática de reunião virtual, justifiquei minha
ausência à primeira experiência, ocorrida no dia 13, sábado, em virtude de não
ter recebido a comunicação em tempo hábil. Aduzi que, atendendo recomendação do
presidente Zózimo, havia retirado de meu “cenário” uma rede, para que não
pairasse sobre mim um clima sugestivo de preguiça e inércia.
Quando usei da palavra, na sequência
de três minutos, disse que, apesar do confinamento em que me encontro, imposto
pela covid-19, ainda mais por fazer parte de quatro grupos de risco, vinha me
mantendo bem ativo em termos literários, pois havia publicado vários livros de
minha autoria no formato virtual ou e-book, tanto na Amazon/KDP como no
importante site cultural Entretextos, cujo titular é o confrade Dílson Lages
Monteiro.
Esclareci que na publicação
independente na Amazon publiquei livros tanto na modalidade virtual como na impressa.
Exibi quatro dentre os que publicara na segunda versão, quais sejam: Poemas
Escolhidos, Amar Amarante, Na Toca do Velho Monge e outros textos ambientais e
meu romance Histórias de Évora.
Comentei que havia tido a satisfação
de haver recebido exemplares de meu livro História e Vida Literária: as Atas da
APL, integrante da Coleção Centenário, editado no final da gestão de Nelson
Nery Costa, mas ainda não lançado, em virtude do isolamento provocado pela
pandemia. Trata-se de um livro de 750 páginas, que reúne as atas dos 10 anos em
que estiveram na presidência da Academia os acadêmicos Reginaldo Miranda (duas
gestões) e Nelson Nery Costa (três mandatos). As atas, em sua maioria, foram
lavradas por mim, em razão de haver exercido nesse período o cargo de 1º
secretário.
Para esse livro escrevi um longo
estudo introdutório, um verdadeiro livro dentro do livro, em que discorri sobre
nossas reuniões, comentei fatos marcantes de nossa vida acadêmica e da história
da APL, em que me referi aos nossos principais eventos e publicações, além de
me ter referido a episódios anedóticos de nossa convivência literária.
Na Introdução prestei homenagem aos
acadêmicos que mais contribuíram para a História da Literatura Piauiense e de
nossa agremiação literária, bem como aos que mais escreveram sobre nossas obras
literárias e sobre a memória de nossos acadêmicos, seja em trabalhos de
história ou de crítica literária.
Tenho certeza de que o aguerrido
presidente Zózimo Tavares, logo retornemos à normalidade de fato normal (e não
à chamada nova normalidade) fará o seu lançamento festivo, uma vez que ele
conta, pelo menos é o que acho, muito da história de nossa academia e de nossos
confrades, assim como de nossa convivência fraterna, cordial e entusiasmada.
Por fim, sugeri ao presidente retomássemos
a realização de nossa Oficina Literária, com uma palestra de Fonseca Neto, já
anteriormente agendada, sobre a instituição e instalação da Universidade
Federal do Piauí – UFPI, no período em que se comemora o seu meio século de
fundação, e a possibilidade de que as nossas reuniões online sejam postadas no
You Tube, para a posteridade, ou, como se diz no velho jargão, ad perpetuam
rei memoriam.
Quem sabe esta última sugestão não
possa ser o passo inicial para a criação de nosso Museu da Imagem e do Som?!...
Gostei de sua ata, parece mais uma crônista. E você um grandes cronista. Sabe contar histórias reais como se fossem inventadas. Então, suas crônicas vaiem pela o estilo ático, sério, mas gostoso de ler e valem pela verdade momentânea que não deixa de ser história, aqui, agora e depois.
ResponderExcluirfrancisco miguel de moura.
Caro Chico, gostei de suas palavras, que valem por uma pílula revigorante e estimulante, porque são motivadoras. Além disso, você é um crítico arguto, que sabe observar os pontos fulcrais, os pontos que realmente devem ser observados.
ResponderExcluirAbraço,
Elmar