Fonte: Cidade Verde/Google |
PARABÉNS TERESINA!
Carlos Henriques Araújo
Memorialista e cronista
Teresina nasceu urbanisticamente moderna. Foi
uma das primeiras cidades do Brasil em que o projeto chegou antes da ocupação
do espaço urbano.
Encravada na chapada do corisco, uma
referência, não ao capanga de Lampião, mas aos relâmpagos e raios que nas
noites de chuva, no final do inverno, riscam os céus com clarões de fogo que
derrubam árvores. Assim, no seio desse estado querido, surge a Mesopotâmia do Agreste.
Do sonho de Conselheiro Saraiva, cresceu
embalada pelas águas do Poti e do Parnaíba, acariciada pelo vento nordeste que
depois das dez vem amenizar seu clima quente, conseqüência do abraço carinhoso
do sol do equador.
Teresa Cristina, para os íntimos, Teresina. Seu
nome traz a beleza de uma menina que, àquela época, dom Pedro previa um futuro
promissor. A menina cresceu e com ela cresceram seus filhos: - Os teresinenses
ilustres. São tantos que não dá para colocar o nome de todos sem esquecer algum.
Apesar das administrações que sucederam ao
longo desses anos, segue seu caminho buscando, altaneira e despretensiosamente,
ser um dos maiores centro populacional do Meio Norte, no tocante a medicina,
educação e eventos.
Permanecem vivas, em todos nós, as lembranças
da bucólica Verdecap de outrora. Que saudade das caminhadas admirando as
árvores e os pássaros na Praça da Bandeira; dos passeios de carro pela na av.
Frei Serafim; da feirinha na Praça Saraiva depois da missa aos domingos; da
peixada do Pesqueirinho sob a luz do luar; do lanche discreto no Minhocão; do
churrasco na animada Beira-Rio; das rodadas de cerveja ouvindo forró no bar
Maria Fulô; do papo agradável com os amigos no bar Escândalo; da batida gostosa
do Raízes ao som do melhor do rock e da MPB; das serestas na coroa do rio Poti;
das festas juninas no Tabajaras; dos ensaios das escolas de samba Ziriguindum e
Esquindô; do sorvete gostoso no Elefantinho; do pão de queijo do seu Cornélio; do
pão “massa grossa” gostoso da padaria Fortaleza; das noitadas no Nós e Elis; dos
embalos nas boates La Muralha e Super Star; e para encerrar a noitada com chave
de ouro, uma deliciosa mão de vaca no Cassarolinha, acompanhado pelo violão do
Silizinho.
Teresina hoje não é lembrada só pelo seu calor,
pela a cajuína, pelo troca-troca ou o cabeça-de-cuia. Ela é cantada em verso
por seus poetas e reconhecida no Brasil por ter as melhores escolas do país.
Recortada de avenidas longas e largas, Teresina
se iguala a outras capitais do nordeste como uma grande metrópole.
A reurbanização da Av. Frei Serafim, a Ponte
Estaiada, o sistema de ônibus integrado que além de embelezar a cidade, diminuiu
o congestionamento de carros e deu mais comodidade e conforto aos usuários.
O crescimento vertical de Teresina é um indicador que
traz no seu bojo as oportunidades de investimentos, de trabalho e de negócios, principalmente
nas áreas de educação, saúde e eventos.
Encontros, seminários, eventos, feiras e exposições,
cursos de especialização e mestrados se multiplicam, dando um leque de opções
para profissionais e estudantes nas mais diversas áreas.
No setor de entretenimento acontece um fenômeno comum
nas cidades que não têm praia, a vida noturna é movimentadíssima. Restaurantes,
boates, bares, botecos e casas de espetáculo lotam, estendendo-se até altas
horas.
Só faltam as autoridades e governantes
responsáveis pela segurança somarem esforços para que os teresinenses, turistas
e visitantes possam trabalhar e se divertir com mais tranqüilidade e segurança.
Juntamos nossos votos às homenagens à Teresina pela passagem de mais um aniversário, na esperança de melhores dias para todos os teresinenses que fazem desse calor (humano) seu carinho para com os visitantes, que retribuem com alegria, se tratando em seus hospitais, estudando em suas faculdades e se divertindo em seus bares, restaurantes e casa de espetáculos dessa grande metrópole do Meio Norte.
Valeu, meu grande poeta. Obrigado e um forte abraço, C.H.Araújo
ResponderExcluirA gente é que lhe agradece por sua bela crônica.
ResponderExcluirAbraço.