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PARABÉNS PARNAÍBA!
Carlos Henriques Araujo
Cronista e memorialista
Este
foi um importante passo para criação da cidade. Mas tarde, Parnaíba tornou-se o
maior pólo de riqueza e opulência do Piauí, através das charqueadas (oficinas
de carne seca) e depois até o período áureo da cera de carnaúba, do jaborandi e
do algodão.
O
rio Igaraçu (que não é de janeiro, mas de todos os meses), embala esta “cidade
maravilhosa”. A ponte que, assim como a outra, nos leva, não a Niterói, mas à
Ilha Grande de Santa Isabel, facilitou o acesso à praia da Pedra do Sal, a mais
bonita do Piauí.
Com
uma riqueza natural invejável e um povo trabalhador; com um clima agradável e a
tranqüilidade de uma cidadezinha de interior; com seus casarões antigos,
mansões, igrejas e o Porto das Barcas, formam um acervo arquitetônico em vários
estilos, do barroco ao moderno, que encanta os visitantes e turistas.
Em comemoração ao seu aniversário,
mister se faz, para transmitir-lhe nosso carinhoso amplexo, estendê-lo a todos
os conterrâneos, relembrando algumas passagens, citando alguns lugares e
revivendo aqueles momentos que ficaram guardados na memória de todos nós.
Falar da Parnaíba do passado é um
mergulho num mar de saudades e de recordações agradáveis. É viajar no tempo, de
volta ao passado, desde a infância até a adolescência.
É andar num carrossel de um circo
armado na Guarita ou se balançar numa canoinha nas quermesses dos festejos de
São Sebastião; é comer cana cortada em rolas, espetadas num palito; é paquerar
na praça da Graça vendo as meninas passar depois da missa na matriz, ou namorar
na pérgula olhando os peixes e a cangapara do espelho d’água.
É assistir um filme do Elvis Presley
no cine Éden, na cessão das quatro, ir a
uma festa no Igara Clube ou uma tertúlia na AABB e depois comer uma ostra no
Cabana.
Tomar um cafezinho no bar Carnaúba
ou uma cuba libre no bar do Pipiu, sentindo a brisa suave da beira do rio, comer
um caranguejo no seu Cornélio, uma galinha caipira no Zé grosso, ou uma
feijoada no Hotel Parnaíba. Fazer um lanche no bar Fortaleza ou na Merenda do
Índio.
Como falar de Parnaíba sem citar
lugares, casas, bares, lojas que foram símbolo de uma época e que permanecem
guardados na lembrança: o cajueiro de Humberto de Campos; lagoa do Bebedouro;
indústrias Rosápolis; grupo escolar Miranda Osório; Ginásio Parnaibano;
Instituto São Luiz Gonzaga.
Rua Presidente Vargas, mais
conhecida como Rua Grande, apelido merecido, pois era a maior de todas.
Começando no Porto Salgado, sob o olhar altaneiro da águia sobre um monumento
rodeado de palmeiras imperiais, de frente para o Pavilhão, um misto de posto de
gasolina, bar e ponto de carro de aluguel.
Parnaíba foi palco de personagem que
se misturam com a história da cidade, verdadeiros cartões de visita e símbolo
de uma época, nas mais diversas modalidades, como: Pacamão, mestre da palavra e
do improviso; Monsenhor Antônio Sampaio, a cultura em forma de educação. E
muitos outros ilustres personagens, poetas, escritores, boêmios e figuras
folclóricas que permanecem vivos em nossa memória.
Ao
completar mais um ano de existência, Parnaíba espera que a influência e a força
de seus ilustres filhos políticos, façam renascer, com a ajuda de Nossa Senhora
das Graças, o esplendor e a fartura econômica e cultural dos tempos memoráveis.
Parabéns, Parnaíba! Os parnaibanos
te abraçam e confiam no teu futuro, com a mesma garra que tiveram, quando ainda
era uma vila. Que
Parnaíba volte a reviver os tempos áureos que tanto temos saudade.
Todos nós estamos de parabéns, pois a cidade é nossa, é
dos parnaibanos. O povo é a razão de sua existência, independente de partido,
raça, condição social e religião.
Todos somos responsáveis por seu sucesso, quer fazendo
nossa parte como servidor, quer pagando nossos impostos como contribuinte e
como eleitor escolhendo seus administradores.
Parnaíba está de parabéns
e todos que compõem o “staff” administrativo municipal que tão bem estão
conduzindo e aglutinando forças para consecução de seus objetivos.
Que Parnaíba continue sendo o orgulho de seus filhos e que as novas gerações guardem na lembrança a história do brado retumbante desse povo heróico e varonil.
Excelente crônica sobre Parnaíba, com a descrição de alguns lugares que marcaram época e que, embora não existam mais, estão gravadas na memória de seus filhos.
ResponderExcluirBen-Hur Sampaio
Fica na mem
Obrigado Ben-Hur Sampaio por suas palavras amáveis. Abraço C.H.araújo
ResponderExcluirFico feliz com a presença dos dois amigos em nosso blog.
ResponderExcluirAbraço.