DIÁRIO
[A propósito ou despropósito de seios]
Elmar Carvalho
24/09/2020
Na segunda-feira, num dos grupos de WhatsApp de que faço parte, um grande amigo do peito postou uma fotografia de um belo par de formosos, volumosos e harmoniosos peitos femininos, sob o argumento de que agora as coisas estavam voltando à normalidade, evidentemente em alusão a estes tempos de pandemia, que estariam, talvez, em sua ótica, começando a chegar ao fim.
Não
consegui me conter, e postei o seguinte comentário: “Mas será se é mesmo o
chamado normal normal, ou será se é um normal turbinado a silicone?” Eu me
referia, em meu gracejo, aos esplêndidos e fartos seios. Contudo, por precaução
e senso de justiça, acrescentei: “De uma forma ou de outra, são formosos.”
Um
outro amigo, de olho na forma dos belos seios ou tendo em vista apenas o seu volume
avantajado, observou, como se fora um experimentado perito em seu mister: “Exageraram
na calibragem. A indicação era de 28 libras e colocaram 38 libras”. Ante sua cirúrgica
ou milimétrica (ou mililítrica) precisão, me senti no dever de fazer o seguinte
adendo: “Mesmo assim, em não tendo estourado a boca do balão, digo, seios, o
resultado ficou esplêndido.”
Dei
o caso por encerrado. Mas eis que senão quando outro amigo, com enfática e
exclamativa admiração, cravou o seguinte e sapiente comentário: “No meu
entendimento, são lindos. Deitar a
cabeça em cima de dois peitos desses é algo extraordinário! Inesquecível
!!!” Diante de tanto entusiasmo, numa blague em que desejei parafrasear, com
certa dose de ironia, o soneto famoso de Coelho Neto titulado Ser Mãe,
respondi: “Aí já não seria deitar; seria levitar no paraíso.”
É
que o seio, além de sua beleza plástica, sensual, além de representar a essência
da feminilidade, pode também ser o símbolo máximo do que a mulher tem de mais
sublime: a maternidade, que representa doçura, entrega, doação, cuidado, amor
puro e sem jaça, sem egoísmo, sem exigência, o amor que é o dom supremo, tal
como expresso por São Paulo, na epístola aos Coríntios I, cap. 13; vers. 1 a 13.
Assim,
o seio da mulher pode ser o símbolo máximo da beleza e da graça feminina, e do
amor mais puro e mais sublime que um ser amor humano poderia ter, o amor que é
o dom supremo ou o que mais se aproxima do amor de que nos falou São Paulo.
Meu caro poeta Elmar,
ResponderExcluirCerta vez, fui à casa de uma amiga com objetivo de entregá-la um livro, e quando a mesma abriu a porta apareceu com um vestido decotado deixando à mostra um belo par de peitos.
Dias depois encontro-me com ela na rua e disse-lhe: — olhe, o decote do seu vestido inspirou-me e eu fiz um poema baseado neles.
Então ela me disse: — eu quero ver. Perguntei-lhe se ela não iria ficar aborrecida e respondeu-me que não, até porque a mesma não é casada. Eis o Poema:
O DECOTE
Sob o vestido decotado
Vislumbro teus belos seios.
Não pude evitar, fitei-os.
Minha mente a fervilhar
Um turbilhão de anseios
Misto de paixão e de amor.
Ao ver tamanha beleza
Quedei a imaginar
Se nestes seios tão belos
Pudesse um dia beijar
Para poder saciar
Esta fome de te amar
Fiquei com uma curiosidade: os seios que lhe inspiraram seriam do nível ou quase do nível dos que ilustram o meu texto?
ResponderExcluirkkkkk mais ou menos rsrsrs
ResponderExcluirPela sua resposta concluo que até poderiam ser mais...
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