José Nunes Neto, Reinaldo Torres, Alfredo Nunes, Celso Carvalho e Herculano Moraes (falecido), membros da Academia Piauiense de Futebol, em foto de 2018. Fonte: Google |
DR. ALFREDO NUNES E MEU DISTINTIVO DA CBF
Elmar Carvalho
Esteve no fórum, tratando de assunto processual, o Dr.
Alfredo Nunes, ex-prefeito de Regeneração, ex-deputado estadual, em várias legislaturas,
e procurador de Justiça em inatividade. É o atual venerável da Loja Maçônica
Tabelião Manoel Isaac Teixeira. Seu pai, Gonçalo Nunes, empresário, também foi
prefeito e deputado à Assembleia Estadual. É casado com a professora Teresinha
Nunes, que foi reitora da Universidade Federal do Piauí, há 57 anos.
Segundo me foi revelado, em outra ocasião, recusou-se a ficar
recebendo proventos, como parlamentar aposentado, o que é um fato raro em nosso
meio. Também ouvi falar que, em sua época, teria sido o único prefeito a
receber honraria do Tribunal de Contas do Estado, em virtude de haver tido
todas as suas contas aprovadas. Não tive tempo de conferir essas informações.
Deixo que o leitor diligente o faça.
Foi dirigente esportivo no Piauí durante vários anos. Quando
era prefeito de sua terra natal, foi convidado pelo ministro da pasta do
Esporte a ir a Brasília, com a finalidade de assumir, interinamente, a
presidência da Confederação Brasileira de Futebol, no impedimento do titular,
Ricardo Teixeira, que estava de licença médica. Disse não ter interesse, em
virtude de seu cargo de chefe do Poder Executivo local.
O ministro insistiu, e disse tratar-se de um pedido pessoal
do presidente da República, que estava preocupado com a classificação da Seleção
Brasileira na etapa eliminatória da Copa do Mundo. Conversou com Fernando
Henrique Cardoso e terminou aceitando a missão.
Por recomendação pessoal sua ao técnico, um jogador renomado,
mas que não estava atuando bem, não foi escalado, e o certo é que em sua gestão
o Brasil terminou obtendo a classificação. Quando ele me brindou com um
distintivo da CBF, que muitas vezes tenho usado na lapela do terno, disse-me
que me ofertava o mimo em virtude de eu haver sido um bom goleiro do futebol
amador. Como não sou cabotino, não direi se concordo com o que ele disse.
Em 1957/1958, estando residindo no então povoado de Papagaio,
hoje cidade de Francinópolis, em virtude de nomeação para cargo do antigo
Departamento de Correios e Telégrafos, com raríssimo meio de transporte para
Teresina na época, meu pai “pegou” uma carona no jipe do Dr. Alfredo, que era
deputado estadual, até a localidade Estaca Zero, onde era mais fácil conseguir
transporte rodoviário para a capital.
Meu pai, que na época era guarda-fio, sozinho, no lombo de um
cavalo, percorreu, várias vezes, a solidão formidável da Chapada Grande, de
Papagaio ao Alto Sério, já no município de Regeneração, a contemplar os
soberbos pequizeiros, vergados de frutos, e as floradas luminosas dos
paus-d'arco, a balouçarem à brisa, como lustres dourados de imponentes catedrais.
24 de fevereiro de 2010
Parabéns! Paixão é Paixão.
ResponderExcluirAmigo Elmar,
ResponderExcluirParabéns por mais uma excelente crônica, que versa sobre nossa gente.
Cordialmente,
Ben-Hur Sampaio
Só resta saber, depois de tudo, se o amigo teve fama de goleraço.
ResponderExcluirDesculpe-me: texto acima de Wilton Porto
ResponderExcluirNão, caro Wilton, porque aos dezenove deixei de jogar, e vim para Parnaíba, onde pouco depois fui trabalhar nos Correios e fazer faculdade. Mas os que me viram jogar afirmam que fui um bom goleiro. E só atuei no futebol amador. Mas, cá para nós, eu fazia as minhas pontes e dava umas enfeitadas. KKKKK.
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