TEMPO,
MEMÓRIA E METALINGUAGEM NO ROMANCE HISTÓRIAS DE ÉVORA, DE ELMAR CARVALHO
Carlos
Evandro M. Eulálio
Histórias de
Évora é o primeiro romance do poeta, cronista e crítico literário Elmar
Carvalho, membro da Academia Piauiense de Letras. Trata-se de uma narrativa de
fundo memorialista, visto que algumas cenas narradas se aproximam de
acontecimentos vivenciados pelo próprio autor. Isso se evidencia nas primeiras
páginas do livro, ao nos advertir sobre o espaço onde se passam as ações da
narrativa:
A minha Évora
é uma cidade fictícia, uma mistura de Parnaíba e Campo Maior dos anos 70 e 80,
mas com uma pitada de outras cidades, a que sou ligado por laços sanguíneos e
sentimentais. (CARVALHO, 2017, p. 10).
A essa
advertência, segue-se um esclarecimento sobre a representação do tempo na
narrativa em vários capítulos do livro. Esse procedimento metalinguístico e ao
mesmo tempo intertextual tem sido um recurso recorrente na construção do
discurso ficcional moderno. A profa. Giacomet cita como exemplo desse modelo de
narrativa a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos,
[...] quando Paulo Honório diz ao personagem
Azevedo Gondim que não quer seu livro em “Língua de Camões” (RAMOS, 1995, p.
5), está estabelecendo uma relação intertextual de oposição a uma outra
poética, a uma linguagem literária utilizada pelo classicismo. Em
contrapartida, oferece ao leitor uma linguagem clara, despojada e concisa,
efetua assim uma opção, evidencia uma poética de reconstrução e estabelece
conexão entre o dizer e o fazer. O personagem age, então, metalinguisticamente,
desnuda e questiona o processo de escritura do romance e projeta na narrativa o
procedimento (GIACOMET, 2022, p.378).
No capítulo
III (O apelo do sexo), o narrador situa o leitor no período em que acontecem as
Histórias de Évora (décadas de 1970 e 1980). Nesse capítulo, põe em relevo a época
em que ainda predominava, principalmente no Nordeste, o tabu da virgindade e
sua preservação até antes do casamento. Refere-se ao fato de, àquela época, a mulher
nordestina manter-se virgem em tais circunstâncias, como valor moral resguardado
pelas famílias. Sabia-se que a pílula anticoncepcional já existia desde os anos
1960,
[...], mas ninguém falava, e muito
menos era usada pelas moças solteiras de então (CARVALHO,
2017, p. 31).
Para
enfatizar o que afirma, o narrador cita Reginaldo Rossi que em um de seus
grandes sucessos menciona esse tipo de rejeição, certamente aludindo ao
seguinte trecho da canção A Raposa e as Uvas, sucesso musical desse cantor, no
ano de 1982:
A pílula já existia
Mas nem se falava
Pois nos muitos conselhos
Que tua mãe te dava
Tinha um que dizia
Só depois de casar
Mais adiante,
em outro trecho, a personagem Marcos se dirige ao seu quarto [...] para ler uma antologia de poemas
brasileiros que a Fename – MEC havia publicado (CARVALHO, 2017, p. 34).
Trata-se da
Fundação Nacional de Material Escolar, órgão responsável pela política do livro
didático e pelas publicações do Ministério da Educação, por sinal, extintas no
início dos anos 1980.
São inúmeras as cenas indicadoras do tempo na
narrativa, principalmente aquelas que nos capítulos primeiros aludem à
iniciação sexual de Marcos que acontece no Quartel General ou QG, tradicional
prostíbulo de Évora, com a veterana Doralice, sem compromisso sentimental. A
exemplo de muitos jovens da classe média dos anos 1960/70, perder a virgindade
com uma prostituta também era uma forma de afirmar a própria masculinidade para
os amigos do grupo de convivência social. Esse era o costume da época, pois
sendo
[...] rito de passagem é visto como uma
necessidade de afirmação como homem diante de si e da sociedade, além de
satisfazer uma curiosidade (LAGENEST, 1960, p.9).
Diferente dos
dias atuais, quando o adolescente tem sua primeira relação sexual com a
namorada. Isso também, devido à liberdade sexual conquistada pelas mulheres nos
últimos anos. Na literatura brasileira, a iniciação sexual de crianças e
adolescentes com prostitutas tem registro em algumas obras, como nos romances
Menino de Engenho (1932), de José Lins do Rego, e Amar, Verbo Intransitivo
(1927), de Mário de Andrade.
Embora não se
mencionem na obra fatos relacionados ao período ditatorial brasileiro (1964-1985),
principalmente nos anos de chumbo (1968 a 1974), quando houve a perda dos
direitos civis e políticos e a censura prévia aos meios de comunicação em 1970,
a representação e o imaginário que se constroem no romance mostra não uma
juventude engajada nas lutas contra a ditadura, mas uma juventude distante da
realidade da época, portanto, afastada das ações políticas e partidárias:
[...] Foi nessa época que, tanto por idealismo,
como para fugir de sua melancolia, {Marcos} reuniu Mário Cunha, Fabrício Moreira, Cazuza, William Meneses e outros
amigos para criarem um jornal alternativo, opinativo e teria um espaço literário,
para publicação de crônicas, contos, poemas e artigos. Nele Mário Cunha e
outros artistas poderiam divulgar seus desenhos e caricaturas com a utilização
de estêncil (3)
adequado. Não seria vinculado a nenhum partido ou grupo político (CARVALHO,
2017, p. 79).
Noutra passagem, no capítulo III, o
narrador refere-se aos jovens sem emprego e sem dinheiro, que passeavam no
entorno dos cabarés,
[...] para espiar o movimento, enquanto ouviam os
sucessos musicais do momento, sobretudo músicas românticas, recheadas de muita
paixão, adultério e amores infelizes. Das velhas vitrolas evolavam as vozes de
Waldick Soriano, Roberto Müller, Evaldo Braga, José Ribeiro, Carmem Silva e
outros (CARVALHO, 2017, p.31).
São implícitas nesses trechos do
romance Histórias de Évora, as consequências do golpe militar de 1964 que
contribuíram para a alienação e o retrocesso de nossos jovens e da nossa
educação escolar nos âmbitos cultural e político. Acrescente-se que, além da
censurar conteúdos de história e geografia, o regime militar tratou de retirar
dos currículos escolares disciplinas que criavam hábitos de raciocínio, como
Latim, Sociologia e Filosofia, para em contrapartida introduzir as famigeradas
matérias OSPB (Organização Social e Política Brasileira) e Estudos Brasileiros,
a fim de enaltecerem os valores do regime ditatorial. Em entrevista à Teresinha
Queirós, o autor, respondendo sobre como reagia à censura durante o regime
militar, diz:
A minha
geração aflorou literariamente durante o regime militar, durante a época do
477, do AI-5, numa época em que não podia haver reuniões de estudantes nas
universidades. Isso fez com que houvesse em nossos textos uma forte carga
social, de denúncia, mas também fez com que exercitássemos a criatividade, para
driblarmos a censura. Entretanto, a pior censura é a autocensura, fruto de
nossos preconceitos, tabus, medos e mistificações (CARVALHO,
2006, p. 159).
Em Histórias
de Évora a metalinguagem também preside o ato de criação do narrador. Identificamos
no romance dois tipos: um autor-narrador em terceira pessoa (heterodiegético), que não participa
dos fatos que expõe, e um narrador-personagem
ou narrador-protagonista (autodiegético)
em primeira pessoa gramatical, sob a forma de um “eu” que vivencia suas
experiências.(1) Essa tipologia se esclarece no
capítulo XI (Música e Memória), quando o
autor-narrador, usando da estratégia metalinguística machadiana, intervém
na primeira pessoa para justificar sua
atuação:
[...] Julgo de bom alvitre, até para quebrar a
monotonia desta narrativa, em que trato, sobretudo dos anos de puberdade e da
juventude de meu protagonista, intercalar alguns trechos de suas memórias e de
suas lembranças de Évora, bem como de alguns eborenses que ficaram na história
oral da cidade. Portanto, a seguir, e em outros capítulos deste livro,
interpolarei escritos de Marcos Azevedo, elaborados, alguns, em sua madureza e,
outros, quando ele já descambava para a terceira idade. [...] Os textos,
desentranhados de Histórias de Évora, Mitologia de Évora e Memórias, serão
transcritos em itálico e entre aspas, para que não paire nenhuma dúvida sobre a
autoria, porém, sem indicação expressa de título da obra e autor” (CARVALHO,
2017, p. 61).
Estamos,
por conseguinte, diante de um narrador, cuja função, além de narrar, funde seu
papel com o de um autor-implícito, para explicar o modo de conduzir a narrativa.
Essa voz do autor-narrador, na visão de Bakchtin constitui uma segunda voz,
[...] não
a voz direta do escritor, mas um ato de apropriação refratada de uma voz social
qualquer de modo a poder ordenar um todo estético, visto que não são as ideias
do escritor que entram no objeto estético, mas sua refração (FARACO, 2005,
p.40).
Esse mesmo
narrador, muito antes, no capítulo VI (Évora e suas Histórias, p.79), esclarece
o projeto literário de Marcos: escrever três livros em bases intertextuais (2):
Histórias de Évora, Memórias e Mitologia de Évora. Segue-se então uma exposição, detalhando as
estratégias que serão utilizadas na escritura desses livros, para logo depois
informar que Mitologia de Évora foi
escrito e publicado, quando Marcos houvera completado 36 anos de idade, já
casado e com dois filhos. Assim, antecipa essa informação ao leitor sobre o
destino da personagem, que será visto adiante nos capítulos finais XXXVII (Seus
Olhos são negros, negros, p.171) e XXXVIII (Epílogo, p.177). No capítulo XXXV (Uma
História da Cera de Carnaúba), o narrador interrompe o curso da narração,
dirigindo-se ao leitor nos seguintes termos:
Vamos dar um salto na história de
Marcos Azevedo. O rapaz, após concluir o antigo científico, fez o curso de
Direito em sua cidade natal, também como aluno no Liceu Eborense. [...] Dois
anos após a conclusão superior, foi aprovado em concurso público, para o cargo
de Fiscal de Tributos Federais. Conseguiu ser lotado na Agência da Receita
Federal de Évora, em cujo prédio funcionava a Alfândega local (CARVALHO, 2017, p.161)
A partir desse
capítulo, cessa a participação do narrador-personagem
Marcos que, de certa forma, discreta e indiretamente é em algumas passagens do
romance uma espécie de alterego do autor, conforme ele próprio afirma:
Não há negar: em certos momentos
Marcos pode ser considerado como uma espécie de meu alterego, porém em outras
situações o meu protagonista é uma completa figura fictícia (CARVALHO, 2017, p. 10).
Em
certos trechos do romance, a personagem Marcos apresenta identidade de pontos
de vista com o autor. Na entrevista que concede à professora Maria do Socorro
Rios Magalhães, Elmar, além de mostrar seu interesse compulsivo pela leitura,
declara:
[...] li
a biblioteca de minha madrinha e a pequena biblioteca de meu pai. Mas lia
vários outros livros, principalmente de história e sobre literatura. De modo
que sempre fui um interessado da área de humanidades (CARVALHO, 2006,
p.170).
No romance, sabe-se
que a personagem Marcos
[...] Tinha
certo pavor à matemática, e estudava apenas o suficiente para passar de ano.
Entretanto, era um dos primeiros alunos em História, Geografia, Português,
Literatura e outras disciplinas da área de humanidades (CARVALHO, 2017, p.
27).
Na
entrevista com a professora Teresinha Queiroz, solicitado a falar sobre sua
vivência parnaibana de juventude, de cultura e de jornal, Elmar alude a respeito
de sua participação em jornais desde os 16 anos. Cita como foi sua atuação
[...] no
jornal Inovação que congregou um grupo muito atuante e muito questionador de
pessoas inteligentes que cultivavam a leitura e eram bem informados
(CARVALHO, 2006, p. 156).
Em Histórias de
Évora, Marcos e mais cinco colegas do Liceu, quando cursava o terceiro ano
ginasial,
[...] idealizaram
um jornal mural que tinha colunas com notícias, informações sociais artigos,
crônicas e poemas. Eventualmente publicava seus textos. [...] O Arauto, assim
se chamava o jornal estudantil. [...] em Évora, vez ou outra, publicava
contos e crônicas no jornal tipográfico A Batalha (CARVALHO, 2017, p. 27).
Esses e outros
traços do autor em comum com os do protagonista do romance estão presentes em
quase todos os seus capítulos. Ressalte-se, porém, que essa semelhança entre
autor e personagem acontece como forma de potencializar a verossimilhança (4)
no romance. Para Antônio Cândido,
A personagem
é um ser fictício, expressão que soa como paradoxo. De fato, como pode uma
ficção ser? Como pode existir o que não existe? No entanto, a criação literária
repousa sobre este paradoxo e o problema da verossimilhança no romance depende
desta possibilidade de um ser fictício, isto é, algo que, sendo uma criação da
fantasia, comunica a impressão da mais lídima verdade existencial. Podemos
dizer, portanto, que o romance se baseia antes de mais nada, num certo tipo de
relação entre o ser vivo e o ser fictício, manifestada através da personagem,
que é a concretização deste (CANDIDO,
1976, p. 55).
Portanto, na
visão de Antônio Cândido as personagens fictícias de um romance têm por base ou
fonte de inspiração essa relação entre a pessoa e o ser vivo, a partir de cujos
traços físicos, psicológicos e comportamentais os escritores as constroem.
O romance
Histórias de Évora compõe-se de 38 capítulos, que se concentram não apenas na
trajetória de Marcos da adolescência à fase adulta, mas também na história de
outras personagens do ponto de vista do protagonista. Estas se desenvolvem
paralelamente às demais. São textos autônomos entre si, à semelhança de contos
dispostos em capítulos que poderiam ser lidos em separado. Eis alguns exemplos:
Capítulos XII e XIII - Confissões (1 e
2), sobre as decepções e frustrações amorosas e sexuais de Pedro Pinto Pereira;
Capítulos XXII e XXIII - A serra encantada (1 e 2), acerca do desaparecimento
de João Galdino em caçadas com amigos na Serra do Cachimbo e de seus possíveis contatos com seres extraterrestres,
sugerindo a hipótese do fantástico; Capítulo XXV - A Matrona de Évora, focado
na história de Ângela Fontenele que aos 15 anos é instada pelos pais a casar-se
contra sua vontade com Constantino, muito mais velho que ela; Capítulo XXVII -
O voo do Pardal, sobre a aventura de Eugênio Dantas, o Ícaro Eborense, que
constrói uma Asa Delta, sendo por ela vitimado, e o Capítulo XXXIV - O Segredo de Matilde, mulher imponente e
enigmática, sobre cuja virgindade, mesmo depois de casada e divorciada ainda
persiste dúvida.
Além dos
capítulos mencionados, após o Epílogo (capítulo XXXIII), desfecho da trama
principal, em suas páginas finais o romance inclui um ANEXO, com o subtítulo Outras Histórias de Évora. O anexo reúne
15 crônicas ou minicontos memorialistas que
Marcos publicou aos 62 anos de idade, sobre tipos humanos da vida social de
Évora:
[...] Eram
textos curtos, densos, que a crítica e os doutos não souberam classificar ao certo
se seriam crônicas memorialistas, contos ou apenas simples “causos” anedóticos
(CARVALHO, 2017, p.183).
Histórias de
Évora é um romance de época, que se constrói a partir de textos de vários
gêneros, uma tendência da narrativa de ficção contemporânea. Trata-se, conforme
mencionamos, de um romance desmontável,
conceito concebido por Rubem Braga, na análise que faz do livro Vidas Secas de
Graciliano Ramos, cujos capítulos possuem certa independência e, por isso,
podem ser lidos separadamente. Como vimos, Histórias de Évora é um romance que
traz inovações por incorporar em sua estrutura híbrida elementos
metalinguísticos e intertextuais que sem dúvida ampliarão o repertório de
informações do leitor e por abordar temas do cotidiano, numa linguagem clara,
concisa e sedutora.
NOTAS
1.
No admirável ensaio Histórias de Évora,
uma ficção do erotismo, amor e saudade, o escritor Cunha e Silva Filho,
focaliza a questão do narrador, identificando o narrador 1, que relata os fatos
relacionados ao protagonista e o narrador 2, na condição de escritor, que “tem
um caráter de complementaridade no conjunto do enredo do narrador 1.
2. Intertexto, na definição de Júlia Kristeva, refere-se a “(...)
todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e
transformação de um outro texto (...)” (2005: 68). O escritor Umberto Eco,
citado por Wender Marcell Leite Souza
(UFMT), ao falar sobre o seu romance O Nome da Rosa aponta a importância
de outros livros na construção do seu, “Descobri o que os escritores sempre
souberam (e nos disseram muitas e muitas vezes): os livros sempre falam sobre
outros livros, e toda estória conta uma estória que já foi contada” (apud
HUTCHEON, 1991: 167).
3.
Estêncil: Folha de papel fino especial que recebe gravações na forma de pequenas
perfurações obtidas com o uso de máquina de escrever e estilete, para servir de
matriz para a impressão por mimeógrafo.
4. Verossimilhança: O substantivo verossimilhança e o adjetivo verossímil contêm dois radicais: vero, que significa verdadeiro e símil, semelhante, parecido. Portanto, verossímil é aquilo que parece ser verdadeiro, que é semelhante à verdade, que pode acontecer na realidade. O verossímil, como se vê, é um simulacro da verdade, na medida em que é verdadeiro apenas na aparência. Referência: Blogue do prof. Ernâni Terra
https://www.ernaniterra.com.br/verossimilhanca, acessado em 1º/12/2022.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Ramom. O romance desmontável como experiência radical da narrativa contemporânea.
https://leiturascontemporaneas.org/2020/07/02/o-omance-desmontavel-como-experiencia-radical-da-narrativa-contemporanea. Acessado em 1º/12/2022.
CANDIDO,
Antônio et al. A personagem de ficção. São Paulo, Editora Perspectiva, 1991.
CARVALHO, Elmar. Histórias de Évora. Teresina: Academia Piauiense
de Letras, 2017. (Coleção Século XXI, 15).
CARVALHO, Elmar. Lira dos Cinquentanos. Teresina: FUNDAPI, 2006.
CARVALHO, Elmar. Histórias de Évora, op. cit. p.13/23.
DUARTE, Alessandra, citada por Gabriela Naiara de Souza Candeu,
Paula Ferreira Vermeersch in A Ditadura Militar e suas consequências na
consciência da educação como política. Universidade Estadual Paulista – UNESP.
FARACO, Carlos Alberto. Autor e Autoria in BRAIT, Beth (org).
Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.
GENETTE, Gérard. Discurso da narrativa. Lisboa: Edições 70, 1972.
GIACOMET, Michele. Metalinguagem: a meta do discurso romanesco
moderno, In Revista Acadêmica Educação e Cultura em Debate, V. 8, N. 1,
jan./dez. 2022, p. 378/386, acessado
em 20/11/2022
LAGENEST, Barruel. Lenocínio e Prostituição no Brasil. Rio de
Janeiro: Agir, 1975, citado em https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/37393/37393_6.PDF.
ROSSI, Reginaldo. As raposas e as uvas. https://www.letras.mus.br/reginaldo-rossi,
acessado em 20/11/2022.
SILVA FILHO, Cunha e. Histórias
de Évora, uma ficção do erotismo, amor e saudade in
SOUSA, Wender Marcell Leite. A
literatura como diálogo: Um percurso
histórico do intertexto.pdf – Adobe Acrobat Reader DC, acessado em 20/11/2022.