Carta da Suécia e dos leitores
José Maria Vasconcelos
Cronista,
josemaria001@hotmail.com
Crimes de lesa-pátria, corrupção epidêmica e violência assombram
brasileiros. Paira no ar a sensação de desânimo, a vontade de buscar outras
pátrias. O pior de tudo, porém, é não reagir, permanecer de boca fechada. Ou em
italiano, Bocca Chiusa (pronúncia quiusa).
A crônica POLÍTICOS SUECOS VERSUS
POLÍTICOS BRASILEIROS provocou uma série de manifestações de leitores de
diversas regiões, inclusive da Suécia. Professora Maurienne, piauiense, casada
com cidadão sueco, residindo, há dez anos, naquele país, em longo texto, mostra
aspectos da sociedade sueca. Resumi algumas passagens do e-mail de Maurienne,
bem como de outros leitores:
“Fui indagada por meu professor, aqui
na Suécia: ‘Fala-se muito de corrupção no Brasil. Você acha que há corrupção
aqui na Suécia?’ Respondi-lhe convicta: ‘Claro que sim. Há corrupção na Suécia!
Ao que ele reagiu com olhos arregalados e uma suspensão de fôlego: ‘O que você
está dizendo? Por que você acha isto?’ E retruquei: ‘O que vocês fazem aqui
ainda é elementar, solto, quase pequeno, um monstrinho de estimação. Ao passo
que, o que ocorre no Brasil, infelizmente, é orgânico, sistemático,
transmissível e vicioso, um monstro gigante engolindo a nação que o alimenta!
Triste e desapontada por ter eu mesma dito aquilo pra um sueco”.
Ademir de Castro Lima escreveu: “Vou
embora pra Pasárgada” Não ... Para a Escandinávia. Dinamarca, em pesquisa
recente, o país menos corrupto do mundo. O Brasil me envergonha muito”. Ângelo de Sousa: “Como sempre, algo pertinente
e importante para refletir, e cada um fazer sua parte, contudo, o próprio
Estado exemplifica que, infelizmente, o crime compensa”. Beto Carvalho: “Faltou
leitura deste texto na reunião do conselhão, em Brasília, realizada ontem. Bastava isto para salvar o
tempo perdido ali e se iniciar um plano de sobrevivência para o Brasil”. Maria
Dolores Teles: “Você escreveu o que está dentro da sua consciência e com o
coração mostrando o descompasso das sociedades que vivenciam situações
heterogêneas, dado o tipo de políticos que são eleitos”. Professor e doutor
Jota Carlos: “Parabéns, professor, pela excelente crônica. Contrasta com a
nossa situação, há primórdios tempos . Sirva de embasamento e lição para nós,
brasileiros, sabermos optar por escolher nossos representantes”. Aurélio Jaques, de Araripina-PE: “Bem
lembrado, professor: tapa na cara, mesmo! Tem que haver mudança, a começar pelo
voto, acredito”. Gerardo Oliveira exerceu magistratura em Brasília: “Meu filho que
reside em Stockholm, há mais de cinco anos, disse que a realidade política dos
representantes do povo, naquele país escandinavo, é realmente como informa o
nosso cronista. Faço apenas uma
ressalva: ministros e deputados federais recebem do Estado, durante o mandato,
apenas o local para morar e não recebem qualquer tipo de subsídios”. Juiz João Batista Rios: “Tripudiamos a vida
dos políticos ... Que temos feito em defesa da moralidade, ética, e "modus
vivendi" daqueles que ousam nos representar em qualquer esfera
politico-administrativa?”. Cincinato Leite (Mecejana-CE): “Você está certo: Cidadãos brasileiros
precisam extrair lições da Escandinávia
para eleger líderes patrióticos e éticos de qualquer confissão religiosa
ou partidária”.
Manifestaram-se, ainda, Marcelf
Lopes, Marcelo Aragão, Francisca Machado, jornalista Herbert Fonseca, Professor
Cassy Távora (Caucaia-Ce), Antônio Carlos Sampaio, entre dezenas de leitores
que curtiram a matéria nas redes sociais.
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