terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Carta da Suécia e dos leitores


Carta da Suécia e dos leitores

José Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com

          Crimes de lesa-pátria, corrupção epidêmica e violência assombram brasileiros. Paira no ar a sensação de desânimo, a vontade de buscar outras pátrias. O pior de tudo, porém, é não reagir, permanecer de boca fechada. Ou em italiano, Bocca Chiusa (pronúncia quiusa).

         A crônica POLÍTICOS SUECOS VERSUS POLÍTICOS BRASILEIROS provocou uma série de manifestações de leitores de diversas regiões, inclusive da Suécia. Professora Maurienne, piauiense, casada com cidadão sueco, residindo, há dez anos, naquele país, em longo texto, mostra aspectos da sociedade sueca. Resumi algumas passagens do e-mail de Maurienne, bem como de outros leitores:

         “Fui indagada por meu professor, aqui na Suécia: ‘Fala-se muito de corrupção no Brasil. Você acha que há corrupção aqui na Suécia?’ Respondi-lhe convicta: ‘Claro que sim. Há corrupção na Suécia! Ao que ele reagiu com olhos arregalados e uma suspensão de fôlego: ‘O que você está dizendo? Por que você acha isto?’ E retruquei: ‘O que vocês fazem aqui ainda é elementar, solto, quase pequeno, um monstrinho de estimação. Ao passo que, o que ocorre no Brasil, infelizmente, é orgânico, sistemático, transmissível e vicioso, um monstro gigante engolindo a nação que o alimenta! Triste e desapontada por ter eu mesma dito aquilo pra um sueco”.

         Ademir de Castro Lima escreveu: “Vou embora pra Pasárgada” Não ... Para a Escandinávia. Dinamarca, em pesquisa recente, o país menos corrupto do mundo. O Brasil me envergonha muito”.  Ângelo de Sousa: “Como sempre, algo pertinente e importante para refletir, e cada um fazer sua parte, contudo, o próprio Estado exemplifica que, infelizmente, o crime compensa”. Beto Carvalho: “Faltou leitura deste texto na reunião do conselhão, em Brasília,  realizada ontem. Bastava isto para salvar o tempo perdido ali e se iniciar um plano de sobrevivência para o Brasil”. Maria Dolores Teles: “Você escreveu o que está dentro da sua consciência e com o coração mostrando o descompasso das sociedades que vivenciam situações heterogêneas, dado o tipo de políticos que são eleitos”. Professor e doutor Jota Carlos: “Parabéns, professor, pela excelente crônica. Contrasta com a nossa situação, há primórdios tempos . Sirva de embasamento e lição para nós, brasileiros, sabermos optar por escolher nossos representantes”.  Aurélio Jaques, de Araripina-PE: “Bem lembrado, professor: tapa na cara, mesmo! Tem que haver mudança, a começar pelo voto, acredito”. Gerardo Oliveira exerceu magistratura em Brasília: “Meu filho que reside em Stockholm, há mais de cinco anos, disse que a realidade política dos representantes do povo, naquele país escandinavo, é realmente como informa o nosso cronista.  Faço apenas uma ressalva: ministros e deputados federais recebem do Estado, durante o mandato, apenas o local para morar e não recebem qualquer tipo de subsídios”.  Juiz João Batista Rios: “Tripudiamos a vida dos políticos ... Que temos feito em defesa da moralidade, ética, e "modus vivendi" daqueles que ousam nos representar em qualquer esfera politico-administrativa?”. Cincinato Leite (Mecejana-CE):    “Você está certo: Cidadãos brasileiros precisam extrair lições da Escandinávia  para eleger líderes patrióticos e éticos de qualquer confissão religiosa ou partidária”.


Manifestaram-se, ainda, Marcelf Lopes, Marcelo Aragão, Francisca Machado, jornalista Herbert Fonseca, Professor Cassy Távora (Caucaia-Ce), Antônio Carlos Sampaio, entre dezenas de leitores que curtiram a matéria nas redes sociais.  

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