sexta-feira, 28 de maio de 2010
SELETA PIAUIENSE
A SOMBRA DO DESTINO
Martins Napoleão
Sobre a minha cabeça dolorida
cai, de repente, a sombra do Destino
como uma noite sobre a minha vida:
morre, dentro de mim, quanto é divino
em meio do caminho da subida
por onde inutilmente peregrino.
Toda esperança desaparecida,
tropeço, pela treva, em desatino.
De certo, alguém me impele, alguém me arrasta,
qual uma pedra, na descida escura
desta montanha, cada vez mais vasta.
Eu sinto a sua mão, de quando em quando.
- Sísifo é o meu destino, ó criatura!
e eu sou a pedra que ele vai rolando.
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As pedras fazem parte da nossa caminhada, o grande Drumond até transformou-a em poesia,o Cristo as recebeu com obediência, nós que ainda as atiramos não compreendemos a lição dada a Sísifo. A bem da verdade a lição não está na condenação que recebeu,de ter que carregar a pedra morro acima eternamente, a lição está no trabalho que tem a realizar.Quem se ocupa verdadeiramente do trabalho não tem tempo pra atirar pedras e trazer sofrimento para si e aos seus irmãos.
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