Vicente de Paula Araújo Silva “Potência”
Desde a antiguidade, em todo o mundo, existem locais de encontros das pessoas que têm alguns pontos de vistas comuns. Normalmente em dias previamente marcados ou em datas circunstanciais, esses mantenedores dos diversos clãs reúnem-se diariamente no mesmo horário em um determinado local. Esse hábito de convivência social está inserido dentro do contexto da comunicação entre pessoas, seja na praça, campo, praia, bares, escritórios, comércios ou em qualquer lugar da cidade ou interior. Em Parnaíba desde a construção da Igreja de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça, muitas foram as gerações que, durante os seus tempos de vivência aqui no planeta Terra, sempre se reuniram no antigo largo, hoje Praça da Graça, em grupos mais ou menos homogêneos nas suas condições sociais e econômicas.
Atualmente, funcionam na “PRAÇA” , a Câmara Municipal, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Empresa de Correios e Telégrafos, bares, algumas empresas comerciais, e a famosa “Banca do Louro”, sob a proteção espiritual das Nossas Senhoras, Mãe da Divina Graça e Rosário, que do alto dos campanários de suas igrejas, estão a observar com preocupação as péssimas condições físicas em que se encontra o velho Largo da Matriz.
Mas, mesmo assim, continua o velho hábito de comunicação no local. As pessoas continuam se encontrando , em grupos diversos, nos bares, bancos da praça e bancas de revistas, onde se comenta religião, futebol, política pública, política partidária e se joga conversa fora como falar da vida alheia. Também, nesse ínterim, são discutidos assuntos de relevantes interesses comunitários , que condensados formam a opinião pública da Praça da Graça, a qual, mesmo com a existência das mídias impressa, falada e eletrônica (televisiva, Blogs e portais), teem enorme influência no seio da comunidade parnaibana.
Hoje, 31 de agosto de 2011, é dia de aniversário na Parnaíba. A noite, lembrará o maior carnaval fora de época, nunca visto, em que o povo foi a praça festejar a queima dos tapumes que haviam em seu redor a desafiar a paciência e o brio da gente parnaibana, quando o gestor muncipal da época, iniciou os trabalhos de melhoramentos da praça, e não conseguiu dar continuidade aos mesmos
Estão a completar-se 32 anos daquela noite, em que, todos os seguimentos da sociedade, estiveram participando ativamente daquele evento plantado pelo jornal INOVAÇÃO. Lembro-me que até o médico Edgar Veras, em seu jeep Williams 51, participou do corso em redor dos escombros em chamas; o atual Prefeito José Hamilton, fez nove discursos no bar Fortaleza; os garotões Iuri Gomes e Gláucio Rezende, ensaiaram os primeiros passos como radialistas; o atual Juiz de Direito Elmar Carvalho, Canindé Correia, Bernardo Silva e Reginaldo Costa, na moita até iniciar-se a festa; chegaram para também comemorar; o Prof. Benedito Correia, já enfermo, disse – Deveriam ter me chamado, pois, mesmo assim doente eu teria ido arrancar pelo menos duas tábuas. Foi uma festança parnaibana.
Esses fatos ocorreram, quando o gestor municipal na época, iniciou os trabalhos e face a indisponibilidade financeira, não conseguiu dar continuidade aos mesmos, criando então, um clima de revolta na cidade , visto que, aquele logradouro - símbolo e orgulho dos parnaibanos - estava destruído.
A atual situação em que se encontra a nossa praça, exige providências inadiáveis para a sua recuperação por parte do poder público municipal, que segundo edital publicado em jornais, abriu licitação para compra do material de piso, autorizado após entendimentos técnicos com o IPHAN. Acredita-se que a partir desse feito, os serviços terão início.
Phb, 31/08/2011 – Vic.
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