Aproveito o cartão de Natal acima, da autoria de Fernando di Castro, para ilustrar o poema e para estender os seus votos aos leitores do blog |
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
Não se pense o Natal maior do que é:
Um dia, uma noite, uma festa ou a recordação.
Jesus chegou dois mil anos antes
Mas veio o Papai Noel atrapalhar.
Tudo é dinheiro,
Até o tempo que sofremos,
O dia branco e a noite só,
O minuto que amamos,
A eternidade que choramos
E a morte que nos leva.
Todo dia é um dia novo,
Não depende do Natal, nem da Missa do Galo,
Não depende da mudança do calendário.
Quando nele se pensa, já mudou,
Quando se vai ao banheiro, já mudou...
O tempo nos governa em altos juros
De suor, sangue e salário.
Natal, Ano Novo passaram e ninguém não viu...
Tudo é tão veloz!
- Antes de chegar, quem sabe o que novo?
Todos os sonhos morrem no seco,
Sem chegada, sem saída, sem beco.
Teresina, 23/12/2011.
Lamentavelmente, caro poeta Chico Miguel, o período natalino tornou-se praticamente sinônimo de consumismo, de ostentações, de regabofes, de faustosos comes & bebes...
ResponderExcluirElmar,poetamigo,
ResponderExcluirObrigado por divulgar meu poema tão despretensiosamente concebido na manhã de 23 deste mês natalino.
Um rápido rascunho e logo o coloquei no computador praticamente sem emenda.
P.S. Depois foi que vi este lapso digitacional(digitação ocasional), no antepenúltimo verso:
- Antes de chegar, quem sabe o que é novo?
Como se observa, faltou o verbo: é.
Caso venha a divulgá-lo de novo nalmguma parte, ponha o é - que faz uma certa diferença para os leitores mais exigentes.
Abraços
Francisco Miguel de Moura
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