25 de julho Diário Incontínuo
AS MENSAGENS DE HOMERO
Elmar Carvalho
O amigo e ex-deputado Homero Castelo Branco, por
determinação própria, ainda não sucumbiu inteiramente ao fascínio
da internet e das redes sociais. Cultiva ainda o hábito de mandar
cartas e cartões, com belas mensagens, especialmente na época do
Natal e por ocasião do Dia do Amigo. Cultiva, cativa e cultua o
apreço de seus amigos, e sobretudo é um mestre na arte da amizade.
Além da mensagem afetiva e espiritual, às vezes ele manda junto um
texto de caráter utilitário, prático.
Além dessa virtude, a do cultivo da amizade, é ele um
escritor de mérito, com livros que se sustentam pelo conteúdo e
pelo estilo. Sua linguagem é escorreita e clara, porém fluida e
solta. Disseca os seus assuntos em profundidade, analisando as causas
e consequências dos atos e fatos que interpreta. Não adota postura
sectária, porque procura abordar as várias vertentes e nuanças de
sua temática.
Com isso, escapa do convencional e do pueril. Muita
vezes destila um fino humor, que é, aliás, uma das caraterísticas
de sua rica personalidade. Já tive a oportunidade de me pronunciar
sobre o seu livro Ecos de Amarante, que é um excelente amálgama de
história, de romance, de sociologia e de antropologia, além de
história da cultura e da literatura amarantinas. Amarante é a sua
amada terra natal. Barras é o berço de seus ancestrais e é a sua
pátria afetiva. Ambas, terras de políticos, poetas e artistas.
Quando retornei de Parnaíba, encontrei o seu belo
cartão, postado no dia 16 deste. Traz uma ilustração alegre,
festiva, em que um palhaço ou um mago abre os braços, como que nos
dando um abraço, ao lado da qual lemos: “Quem encontra um amigo,
encontra um tesouro”. Isto bem atesta a alta conta em que ele
coloca o valor de uma amizade verdadeira, já que, internamente,
ratifica: “Ter um amigo como você vale mais que possuir todos os
tesouros do mundo. Deus o abençoe hoje e sempre”. Na mesma
intensidade, retribuo o caro Homero com as suas mesmas e sábias
palavras.
Na parte prática, de caráter utilitário a que me
referi, lembra ele que ao completarmos 60 anos, ficamos apenas com
pouco mais de 50 % de água, e que isso faz parte do processo do
envelhecimento. Para piorar as coisas, já que as desgraças muitas
vezes não vêm em dose única, a nossa capacidade de percepção da
necessidade de água diminui, de modo que o idoso passa a ingerir
menos líquido, o que gera um verdadeiro círculo vicioso.
O bom Homero nos alerta para que criemos o hábito de,
mesmo sem sede, passarmos a ingerir mais líquido, a cada duas horas.
Por líquido devemos entender não apenas a velha, boa, insípida e
inodora água, mas também suco, chá, água de coco, leite, sopa,
gelatina, e frutas ricas em água, tais como melão, melancia,
abacaxi, laranja, tangerina etc. A seguir adverte os familiares para
que ofereçam líquidos aos seus idosos, estimulando-os a tomarem
líquido com mais frequência, mesmo sem o sintoma benéfico da sede.
Valeu, mestre Homero Castelo Branco. Que Deus o cubra com suas
bênçãos e proteção!
Caro Elmar Carvalho:
ResponderExcluirO exercício da escrtia se lhe tornou uma segunda natureza, sobretudo agora que está em tão boas relações de qualidade e de intensidade com a crônica, o diário, o conto, pequenas anotações. Pode-se dizer, que você , como todo cronista que se preza, atento está a tudo, aos mínmos lnaces da vida, sobretudo naquilo que esta oferece de bom aos corações dos homens, i.e., nada lhe passa, na medida do possível, ou do mais do que o possível, ao largo. Tudo que lhe possa ser identificado como digno de anotação ou de um comentário curto ou alongado, como é o caso desse "Cartão de Amizade" enviado( inclusive pra mim) por este este escritor , que é o Homero Castelo Branco, pessoa distintíssima, talentosa, de bem com a vida, homem de sentimentos e de talento como tem dado exemplos em obras que vêm publicando no silêncio e com apuro de bom prosador. Os críticos estã em dívida com ele.
Um abrçao do
Cunha e Silva Filho