O VAQUEIRO DO PIAUÍ
Hermínio
Castelo Branco (1851 – 1889)
Eu
sou rude sertanejo:
Só
falo a língua das selvas
Onde
impera a natureza.
Não
sei fazer epopeias,
Não
entendo de poemas,
Nem
choramingo pobreza.
Não
canto glórias da Pátria,
Nem
os feitos dos heróis,
Nem
os perdidos amores.
Nem
sei se o mundo se alonga
Além
das raias que vejo,
Nestas
campinas de flores.
Porém
quero, em tosca frase,
Com
singela liberdade,
Sem
floreios, nem mentira,
Entoar
selvagem canto,
Inspirado
na viola,
Em
vez de dourada lira.
(Trecho
do poema Um Vaqueiro)
Fonte:
Antologia dos Poetas Piauienses, de Wilson Carvalho Gonçalves
Dr. Elmar, você poderia transcrever este poema completo, ou me emprestar a lira sertaneja ou a antologia dos poetas piauienses. Obrigado.
ResponderExcluirDaniel Albuquerque
piauidaniel@gmail.com