O QUE
MORRE
Francisco
Miguel de Moura (1933)
Casa e
caminhos morrem desamados,
esquecidos,
na solidão do Além.
Os
segredos falecem de guardados,
e amores
morrem quando morre alguém.
O porto
morre. A onda se esvazia.
E o sonho
esvai-se quando acorrentado.
A treva
nasce do morrer do dia.
Morre o
rico, o feliz e o desgraçado.
Nada é
imortal, pois o que nasce vibra
somente um
instante para a queda enorme,
eis que
essa lei fatal tudo equilibra.
Morrem
lembranças, fruto do passado,
e o
presente e o futuro quando dorme
o homem
sem fé, sem luz, abandonado.
Elmar:
ResponderExcluirMuito obrigado pela publicação. Ele (o soneto), a partir da sua opinião, vai fazer da lista de 10 que vou submeter a 10 poetas para escolha daquele que figurará na contracapa de meu livro de Poesia in Completa (Livros 1 e 2), que já está sendo formatado pela Rosinha Pereira.
Como a capa é a parte que fica para depois, depois que eu escolher os demais sonetos, entregar-lhe-ei cópia dos ditos sonetos para a seleção. Por sua publicação e pela minha vontade, este entra na relação - é isto que quero dizer, meu carríssimo amigo/irmão/poeta Elmar.
abraços
Chico Miguel