Em
Família
José
Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com
Grupo
de casais do Bairro São João reúne-se para estudos e debates sobre
formação cristã. Frequentemente, sou convidado a
participar do prazeroso encontro e contribuído no debate. Desta vez,
o questionário da reunião focava o tema família. Triviais
perguntas que sabemos de cor, cujas respostas nem sempre análogas às
de qualquer casal. O que parece trivial e harmônico para uns,
caracteriza motivo de conflitos, separação ou tragédia para
outros.
Numa
época de intensa valorização profissional e vocação
empreendedora, investe-se dinheiro e tempo em cursos de capacitação,
estratégias, conhecimento do mercado, seleção de clientes,
incentivos, gestão, metas e objetivos. Cobra-se bastante prudência
ao escolher uma profissão ou criar uma empresa. Qualquer tropeço
acarreta prejuízos e inconsequências pelo resto da vida.
A
constituição de uma família exige também especiais cuidados,
análogos aos do mundo de negócios e profissões. Com bastante
antecedência, é preciso planejar a futura família. Averiguar metas
e objetivos, ideais e vocação. Tudo começa ainda no período de
namoro, analisando todos os aspectos de caráter, cultura, relações
familiares, equilíbrio emocional, condutas, distúrbios de saúde,
formação profissional e filosófica de cada lado.
A
experiência sexual precoce quase sempre resvala para desenfreada
paixão, seguida de frieza emocional ou conflitos. Questões como
sexo, posição social e econômica não podem estabelecer só como
ponto de partida no amadurecimento amoroso. É na família que
se determina a maior parte do que será alguém no futuro.
Tem-se,
nos últimos tempos, afrontado a família explorando somente
infortúnios e desvios de conduta, especialmente nas novelas.
Prevalece o enredo envolvendo famílias e casais desajustados,
abutres farejando podridão. Nenhum exemplo serve de imitação.
Ainda inventam títulos mascarados de candura: Em Família; Laços de
Família. O escritor Víctor Hugo definiu a preferência pelo
desgaste da família: “Toda doutrina que visa destruir a família é
má. Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo
final não é o indivíduo, mas, sim, a família”. A classe
artística, em geral, não serve de exemplo de família feliz.
Interesses
humanos inventaram o acasalamento cartorial e jurídico; o casamento,
porém, tem origem remota na Criação, é patrimônio divino, só
Deus segura. Quem quiser receber as bênçãos de um casamento e
família felizes, deve exercitar algumas orientações cristãs: Vida
espiritual no lar. As crianças precisam crescer acompanhando os pais
e irmãos mais velhos no bom exemplo de virtudes cristãs e vida de
igreja. O lar exige ambiente de disciplina, limites, simplicidade no
uso do dinheiro, prudência no excesso de prosperidade e conforto,
valorizando sempre o esforço e mérito. Despojar-se de picuinhas,
intrigas, ódio, inveja, preguiça, palavrões, programas eletrônicos
imorais, certas novelas, espetáculos e shows de imundices musicais.
Fidelidade aos princípios e mandamentos divinos. Exemplos de
convivência saudável, diálogos, humildade, tolerância sem
agressividade verbal.
A
empresa prospera quando se praticam regras de convivência com
funcionários e clientes, além de outros cuidados. Que tal começar,
hoje, a família que se deseja construir? Uma reunião de casais até
que serve de prazerosa terapia.
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