REALIDADE FANTÁSTICA
Elmar Carvalho
Velhas borboletas empoeiradas
saídas do fundo dos baús.
Velhas borboletas obsoletas
e de
asas
enferrujadas querendo
aprender de novo a arte de
bor- bor-
bor-
bo- bo- bo-
le- le-
le-
to-
to- to-
a- a- a-
vo- vo- vo-
ar. ar. ar.
Lâmpadas
votivas destroçadas, estrelas
cadentes geladas, luzes
apagadas pelos inimigos da
claridade.
Antigos
alfarrábios cheios
de traças e cupins
com as amarelas
páginas dissecadas
reescritos.
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