DEUSA
Francisco Miguel de Moura (1933)
Era uma deusa humanamente bela,
de olhos molhados a deitarem luz,
sobre perdidos corações sem cores.
Desprendia paixões nos seus encantos.
Da carne, o cheiro, a tepidez, o orvalho
eram pingos da tarde... E a noite vinha.
Mas o brilho dos olhos tão intenso
iluminava todos os caminhos.
E eu disse - “tolo”! - à blusa desdobrada
à brisa, que assanhava as mentes frias,
cheia da graça dos recantos da alma.
De repente, nas asas dos seus braços
levado vi-me e, pelos céus abertos,
caírem penas pelos meus pecados.
Lábios de arco íris
ResponderExcluirLábios coloridos
Beijos de fogo
Mulher imprevista
Tudo é silêncio
Deusa do amor
Nesse lábio ardente
Carne opulenta
Boca solferina
Messe de
Boca perfeita
Convite à lasciva
Festim ao
Pecado.
hl, sp
bom início de semana a todos.