FLAGRANTES DE BELÉM
Elmar Carvalho
(Reconstituição minimal
de um poema perdido.)
No lusco-fusco da chuva
intermitente de Belém
um guarda impaciente
envolto na capa e na
solidão
aguarda um outro
guarda que não vem
para o ato de rendição.
Um impudente
fauno de pedra de pé
mijava.
Uma imprudente
ninfa de cócoras
o cântaro emborcava:
água na água
chuva chovendo no molhado.
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