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A mulher
Jônatas Batista (1885 – 1935)
Criança é o lírio, puro e nevado,
Todo orvalhado, do campo em meio;
Anjo formoso do céu roubado,
Sempre encantado, de graça cheio.
Moça é qual ave, gentil, medrosa,
Fugindo airosa do caçador;
Corando, às vezes, treme nervosa,
Se descuidosa murmura – amor.
Esposa é a imagem, perfeita e pura,
Dessa ternura que, em sonhos, vejo;
Do lar a graça, toda a ventura,
Vida e doçura de um casto beijo.
Mãe – terna¹ amiga, doce alegria,
Santa Maria, tão meiga e boa...
Anjo da guarda, canto e poesia,
Luz que irradia – Mãe² que abençoa!...
[1] Na minha fonte consta tema.
[2] Penso que, talvez, deva ser mão.
Fonte: Antologia da Academia Piauiense de Letras (2ª edição,
p. 278, APL/Coleção 100 Anos)
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