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DALILÍADA
(poema
épico inspirado na vida e na obra de Dalí)
Elmar Carvalho
XXXVII
O discóbolo do cosmo
em vigorosa e rigorosa torção
arremessa o disco do Sol
para uma outra desconhecida
dimensão.
XXXVIII
A sede de infinito foi tão
grande
que as asas dos anjos
cresceram tanto
e tanto pesaram que esses
entes alados
não mais voaram.
XXXIX
Galamante! Galamada! Galáxia!
Galáctica! Galharda! Galatéia!
Gala!
Gala! Gala!
Galante galardão de
galáxias de pérolas de
conchas bivalves
extraídas dos cornos dos
unicornes.
Triunfo de Gala(téia) de
novo mito
em teu trono de peças
justapostas
–intocáveis entre si –
te sentas nuamente recatada
– mas todavia suspensa –
em teu gesto delicado de
mulher.
XL
Evoé Baco e bacantes!
Os vinhos mais finos
emanam do bigode de Dalí
onde os relâmpagos do gênio
são paridos – onde os raios
celestes são (a)colhidos
por
Salvador Felipe Jacinto
Dalí.
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