O bicentenário da Independência
Carlos Rubem
Nesta sábado (06.02.2021), pela manhã, comuniquei a tia Amália, professora, solteira, 97 anos, a chegada de mais um membro da nossa família Nogueira Campos, o Pedro André, filho da Ana Maria e Rômulo Feitosa.
Estava dando seu “expediente” em sua biblioteca onde ler livros, revistas, escreve suas cartas e cortões para parentes e amigos, diariamente.
Desta feita estava vidrada na reprodução de uma tela pictórica constante de um livro que folheava.
A cada evento cívico ou religioso, ela procura ler, com antecedência, apontamentos acerca da temática correspondente.
Já interessada com as comemorações do bicentenário da emancipação política do nosso país que ocorrerá no ano vindouro, iniciou a releitura de uma coleção de 05 volumes intitulada “História da Independência do Brasil”.
Ao notar a minha presença, foi logo me abençoando. Ficou satisfeita com a alvissareira notícia que lhe trouxe.
Em seguida, demonstrou preocupação se as autoridades educacionais e instituições culturais já estão se preparando para festejar aquela efeméride em grande estilo.
Pedi que me prestasse um depoimento em vídeo acerca dos seus propósitos cívicos há pouco revelados. Refluiu. Recatada, me disse que sua fala sobre este assunto poderia ser mal interpretada, ferir suscetibilidades. Por fim, segundo ela, não está bem articulando seu pensamento.
Quis forçar a barra. Continuou irredutível. Em dado momento, ficou imaginativa... Em seguida passou a cantarolar o Hino do Descobrimento do Brasil. Quando soube que eu gravei a sua performance, vaidosa que é e alegando que o timbre de sua voz está prejudicado, me proibiu a divulgação do que captei pelo celular.
Claro que estou contrariando o seu desejo!
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