quarta-feira, 21 de abril de 2021

Parnaíba da minha adolescência

Fonte: Google/Clima Online


Parnaíba da minha adolescência 


Paulo Couto 


Nos anos 70 e 80 Parnaíba ainda era uma cidade pequena. Existiam poucos lugares onde as pessoas podiam se divertir. Na minha adolescência tínhamos como opção, nas férias escolares de julho,  a Sorveteria Araújo, na Praça Santo Antonio. A garotada marcava presença sempre de tardezinha para o sorvete e altos papos. Dava para ver algumas pessoas bronzeadas do sol da Praia de Atalaia. Na praia existiam dois Restaurantes: O Tartaruga, do Assis e o Sereia, do Sipaúba. De noite a pedida era o Clube dos Lions sob o comando do Dr. Carlos Araken. As festas eram frequentadas pelos filhos, em boa parte, de famílias classe média. Lembro que o Clube tinha na frente um salão para danças e no fundo, um bar onde se podia beber rum com coca cola e outros aperitivos. A Banda Os Apaches, do Fernando Holanda, animava a noite até de madrugada com as músicas da época. Quem curtiu essas festas, sabe como era bom. Na beira rio as pessoas começavam a chegar às 20:00 horas e ficavam até meia noite. No Cabana tinha uma boite onde se podia dançar, ouvindo músicas de discoteca. No Igara Clube, anualmente, o Jornalista Rubem Freitas promovia a Festa dos Melhores. Nesse Clube assisti o desfile das candidatas ao Miss Suburbana e a Marta, minha esposa, foi uma das concorrentes. Na Avenida São Sebastião teve outra boite, a Barbarela. E para jantar com a família, tinha o Veleiro, do empresário  Renato Santos. No Bar Cajueiro, do meu primo Antonio José Neves,  e na boite Kamaloca, a gente encontrava a moçada pra ficar até altas horas da madrugada. Nos bairros mais distantes do centro da cidade, nas casas de famílias, faziam festinhas com o som das radiolas. O melhor das festas era poder dançar com o rosto coladinho no rosto das garotas. Tempo em que se paquerava muito, e se ouvia o melhor da MPB.    

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